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15/12/2006
-
13h27
da Efe, em Moscou
Quase a metade dos jornalistas assassinados nos últimos 15 anos em todo o mundo eram de países ex-soviéticos, afirmou nesta sexta-feira o presidente da Confederação Internacional de Jornalistas, Ashot Jazoyan.
"Nos 15 últimos anos, 589 jornalistas morreram de forma violenta", disse Jazoyan em um ato fúnebre realizado na Casa do Jornalista de Moscou em memória dos jornalistas que morreram em exercício da profissão.
Jazoyan acrescentou que 265 das vítimas "eram representantes do espaço pós-soviético que morreram em cumprimento de seu dever profissional, que deram a vida pela verdade e pela informação".
"As baixas nas fileiras dos informadores aumentaram nos últimos anos. No que se refere à liberdade de palavra, o placar, por enquanto, não está a nosso favor, mas esta liberdade é de importância vital", enfatizou o presidente da confederação.
Os centenas de participantes do ato de solidariedade, entre eles familiares de jornalistas mortos, fizeram um minuto de silêncio em memória das vítimas.
"O pior de tudo é que os assassinatos de jornalistas continuarão. A única dúvida é quem será o próximo", disse Pavel Gusev, diretor do jornal "Moskovski Komsomolets".
Gusev lembrou que um repórter de seu jornal, Dmitri Kholodov, foi assassinado com uma bomba há 12 anos quando investigava a corrupção na cúpula do Exército. Os assassinos ainda estão em liberdade. "Enquanto existir nosso jornal, continuaremos buscando os assassinos e tentando fazer com que sejam julgados", afirmou.
O presidente da União de Jornalistas da Rússia, Vsevolod Bogdanov, afirmou que neste ano foram assassinados nove profissionais da imprensa no país. Desde 1992, o número de jornalistas mortos se aproxima de 260.
Os presentes à reunião prestaram homenagem a Anna Politkovskaya, jornalista e defensora dos direitos humanos russa assassinada a tiros na porta de sua casa em 7 de outubro. A jornalista estava preparando um artigo sobre as torturas na Tchetchênia.
Fontes militares russas revelaram que Christoph Wanner, correspondente da emissora de rádio e televisão alemã Deutsche Welle, foi detido nesta sexta-feira na Tchetchênia por "entrar sem permissão e fazer filmagens em uma área de operação antiterrorista".
As autoridades de Moscou proibiram uma manifestação em memória dos jornalistas mortos convocada para o próximo domingo (24). Os organizadores convocaram um comício de solidariedade na praça Pushkin, no centro da capital russa.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre morte de jornalistas
Leia o que já foi publicado sobre morte da jornalista russa Anna Politkovskaya
Quase metade dos jornalistas mortos em 15 anos eram da ex-URSS
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Quase a metade dos jornalistas assassinados nos últimos 15 anos em todo o mundo eram de países ex-soviéticos, afirmou nesta sexta-feira o presidente da Confederação Internacional de Jornalistas, Ashot Jazoyan.
"Nos 15 últimos anos, 589 jornalistas morreram de forma violenta", disse Jazoyan em um ato fúnebre realizado na Casa do Jornalista de Moscou em memória dos jornalistas que morreram em exercício da profissão.
Jazoyan acrescentou que 265 das vítimas "eram representantes do espaço pós-soviético que morreram em cumprimento de seu dever profissional, que deram a vida pela verdade e pela informação".
"As baixas nas fileiras dos informadores aumentaram nos últimos anos. No que se refere à liberdade de palavra, o placar, por enquanto, não está a nosso favor, mas esta liberdade é de importância vital", enfatizou o presidente da confederação.
Os centenas de participantes do ato de solidariedade, entre eles familiares de jornalistas mortos, fizeram um minuto de silêncio em memória das vítimas.
"O pior de tudo é que os assassinatos de jornalistas continuarão. A única dúvida é quem será o próximo", disse Pavel Gusev, diretor do jornal "Moskovski Komsomolets".
Gusev lembrou que um repórter de seu jornal, Dmitri Kholodov, foi assassinado com uma bomba há 12 anos quando investigava a corrupção na cúpula do Exército. Os assassinos ainda estão em liberdade. "Enquanto existir nosso jornal, continuaremos buscando os assassinos e tentando fazer com que sejam julgados", afirmou.
O presidente da União de Jornalistas da Rússia, Vsevolod Bogdanov, afirmou que neste ano foram assassinados nove profissionais da imprensa no país. Desde 1992, o número de jornalistas mortos se aproxima de 260.
Os presentes à reunião prestaram homenagem a Anna Politkovskaya, jornalista e defensora dos direitos humanos russa assassinada a tiros na porta de sua casa em 7 de outubro. A jornalista estava preparando um artigo sobre as torturas na Tchetchênia.
Fontes militares russas revelaram que Christoph Wanner, correspondente da emissora de rádio e televisão alemã Deutsche Welle, foi detido nesta sexta-feira na Tchetchênia por "entrar sem permissão e fazer filmagens em uma área de operação antiterrorista".
As autoridades de Moscou proibiram uma manifestação em memória dos jornalistas mortos convocada para o próximo domingo (24). Os organizadores convocaram um comício de solidariedade na praça Pushkin, no centro da capital russa.
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