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19/12/2006 - 20h50

Relatório sobre Beslan será publicado antes do final do ano

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da Efe, em Moscou

O relatório da comissão de investigação interparlamentar sobre o massacre de Beslan será publicado antes do final do ano, anunciou nesta terça-feira o presidente da Duma (Câmara Baixa da Rússia), Boris Gryzlov.

Após vários meses de atrasos e adiamentos, o relatório será debatido no final desta semana ou na próxima pelo Conselho da Federação (Câmara Alta do Parlamento russo) e, depois, será publicado nos principais meios de comunicação russos e na internet.

Gryzlov adiantou que a Duma estudará o relatório e emitirá uma resolução com as opiniões dos deputados, informou a agência oficial de notícias Itar-Tass.

O conteúdo do relatório deveria ter sido divulgado em setembro, mas sua publicação foi adiada porque um dos membros da comissão, o deputado Yuri Saveliev, apresentou um relatório alternativo sobre o massacre.

Saveliev, que continua a acusar os outros membros da comissão de fazer vista grossa aos testemunhos das vítimas, ofereceu dados que contradiziam a versão oficial, como no referente à participação de quase 70 terroristas no seqüestro.

Documento

Segundo o relatório alternativo de 700 páginas, a polícia da Tchetchênia sabia dos planos da guerrilha de seqüestrar uma escola na Ossétia do Norte com três horas de antecipação, mas não alertaram as autoridades da república vizinha.

Além de Saveliev, especialistas em explosivos afirmam que um grande número de reféns morreu por causa dos projéteis disparados pelas forças de segurança russas, enquanto outros cem morreram no fogo cruzado ao sair do ginásio da escola.

Os familiares das vítimas --alguns dos quais acusam as autoridades de "crime de Estado"-- consideram que o relatório de Saveliev é o que está mais perto da verdade.

Em 1º de setembro de 2004, na abertura do ano letivo, um comando terrorista tchetcheno tomou a escola número 1 de Beslan e fez 1.128 reféns, na maioria mulheres e estudantes.

Após 52 horas de seqüestro, uma explosão dentro da escola --acidental, segundo a versão oficial-- desencadeou uma confusa operação de resgate na qual morreram 317 reféns, três socorristas e dez agentes do Serviço Federal de Segurança (FSB, antigo KGB).

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