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20/12/2006
-
17h42
da France Presse, em Nova York
O conflito no Iraque matou, em 2006, 32 jornalistas --número mais alto de repórteres mortos em um ano de conflito registrado pelo Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) em seus 25 anos--, segundo uma divulgação antecipada de seu balanço anual.
No total, 55 jornalistas morreram neste ano em todo o mundo, mas o os mortos no Iraque superam os registrados em 12 meses de conflito em qualquer outro lugar, elevando para 92 o balanço total de repórteres mortos no país desde a invasão dos EUA, em março de 2003.
O número representa outro recorde, segundo a organização sediada em Nova York. Em três anos e meio desde o início do conflito, morreram mais jornalistas no Iraque que nos três anos da guerra civil na Argélia (1993-1996, 58 mortos), nos 20 anos de conflito na Colômbia (54 mortos entre 1986 e 2006) e nos quatro da guerra nos Bálcãs (36 mortos entre 1991 e 1995).
"As mortes deste ano no Iraque refletem a total deterioração do tradicional estatuto da imprensa como observadora neutra em tempos de guerra", disse Joel Simon, diretor-executivo do CPJ.
"Quando o conflito começou, há mais de três anos e meio, muitos jornalistas morreram em incidentes relacionados com o combate. Agora, os insurgentes têm os jornalistas como alvos por suas supostas afiliações políticas, sectárias ou (pró-) ocidentais", acrescentou.
"Trata-se de uma tendência alarmante porque à terrível perda de vidas deve-se agregar que se está limitando a possibilidade de informar no Iraque e, por sua vez, nossa capacidade de compreensão de uma história importante", concluiu.
Vítimas
Trinta dos 32 jornalistas mortos eram iraquianos. Os outros dois eram os britânicos James Brolan e Paul Douglas, que trabalhavam para a emissora de televisão americana CBS.
O número de mortes de membros da imprensa no mundo quase dobrou em 2006, aumentando para 55 em comparação com as 22 de 2005.
No que diz respeito à América Latina, dois países com uma longa história de violência contra jornalistas, México e Colômbia, voltaram à lista de países mais perigosos em 2006.
Na Colômbia, dois jornalistas locais conhecidos por suas críticas aos paramilitares foram assassinados.
No México, o CPJ investiga a morte de cinco jornalistas para esclarecer se teve ligação com seu trabalho, um recurso extremo confirmado no caso de um repórter local morto em Veracruz e no do jornalista americano Bradley Rolando Will, morto durante os protestos em Oaxaca.
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Iraque é o pior do mundo para o trabalho da imprensa em 25 anos
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O conflito no Iraque matou, em 2006, 32 jornalistas --número mais alto de repórteres mortos em um ano de conflito registrado pelo Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) em seus 25 anos--, segundo uma divulgação antecipada de seu balanço anual.
No total, 55 jornalistas morreram neste ano em todo o mundo, mas o os mortos no Iraque superam os registrados em 12 meses de conflito em qualquer outro lugar, elevando para 92 o balanço total de repórteres mortos no país desde a invasão dos EUA, em março de 2003.
O número representa outro recorde, segundo a organização sediada em Nova York. Em três anos e meio desde o início do conflito, morreram mais jornalistas no Iraque que nos três anos da guerra civil na Argélia (1993-1996, 58 mortos), nos 20 anos de conflito na Colômbia (54 mortos entre 1986 e 2006) e nos quatro da guerra nos Bálcãs (36 mortos entre 1991 e 1995).
"As mortes deste ano no Iraque refletem a total deterioração do tradicional estatuto da imprensa como observadora neutra em tempos de guerra", disse Joel Simon, diretor-executivo do CPJ.
"Quando o conflito começou, há mais de três anos e meio, muitos jornalistas morreram em incidentes relacionados com o combate. Agora, os insurgentes têm os jornalistas como alvos por suas supostas afiliações políticas, sectárias ou (pró-) ocidentais", acrescentou.
"Trata-se de uma tendência alarmante porque à terrível perda de vidas deve-se agregar que se está limitando a possibilidade de informar no Iraque e, por sua vez, nossa capacidade de compreensão de uma história importante", concluiu.
Vítimas
Trinta dos 32 jornalistas mortos eram iraquianos. Os outros dois eram os britânicos James Brolan e Paul Douglas, que trabalhavam para a emissora de televisão americana CBS.
O número de mortes de membros da imprensa no mundo quase dobrou em 2006, aumentando para 55 em comparação com as 22 de 2005.
No que diz respeito à América Latina, dois países com uma longa história de violência contra jornalistas, México e Colômbia, voltaram à lista de países mais perigosos em 2006.
Na Colômbia, dois jornalistas locais conhecidos por suas críticas aos paramilitares foram assassinados.
No México, o CPJ investiga a morte de cinco jornalistas para esclarecer se teve ligação com seu trabalho, um recurso extremo confirmado no caso de um repórter local morto em Veracruz e no do jornalista americano Bradley Rolando Will, morto durante os protestos em Oaxaca.
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