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20/12/2006 - 18h40

Explosões matam ao menos 23 no Iraque; polícia acha 76 corpos

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da Folha Online

Ao menos 23 pessoas morreram nesta quarta-feira em vários ataques ocorridos no Iraque. Pela manhã, um suicida detonou um carro-bomba repleto de explosivos no bairro de Al Jadriya, perto da Universidade de Bagdá, segundo fontes dos serviços de segurança.

O ataque deixou 11 mortos e 30 feridos, que foram encaminhados para os hospitais de Yarmuk e Ibn Nafis, segundo fontes médicas. Três policiais estariam entre os mortos no atentado.

O veículo carregado com explosivos estava estacionado perto do Departamento de Nacionalidade e Passaportes, quando explodiu. A maioria das vítimas tinha vínculo com as forças Maghauir, corpo de elite do Ministério do Interior.

As vítimas civis eram estudantes que seguiam para a universidade. A explosão ocorreu em uma das principais avenidas da cidade. Pouco depois, ao menos quatro pessoas morreram e outras sete se feriram em uma explosão de carro-bomba perto de um prédio do governo em Adhamiya (norte de Bagdá). Outras explosões foram ouvidas na capital durante a manhã.

Ao menos outras oito pessoas morreram em ataques no país, segundo fontes da segurança.

Com atentados a bomba, carros-bomba, ataques com morteiros, combates entre grupos armados e seqüestros, a capital iraquiana é cenário freqüente de atos de violência, em sua maioria cometidos por razões religiosas entre milícias armadas xiitas e insurgentes sunitas.

Na semana passada, 70 pessoas morreram e 236 ficaram feridas em um ataque contra xiitas no centro de Bagdá. Soldados americanos e funcionários de empresas de segurança estrangeiras são alvos freqüentes de ataques a tiros, emboscadas ou atentados a bomba em Bagdá.

Corpos

A polícia iraquiana encontrou hoje 76 corpos com marcas de tiros e sinais de tortura em Bagdá.

Segundo fontes do Ministério do Interior, algumas das vítimas estavam com os olhos vendados e as mãos amarradas. De acordo com autoridades médicas iraquianas, apenas no mês de novembro foram achados 1.200 corpos na capital iraquiana.

No domingo (17), cerca de 30 pessoas foram seqüestradas em um edifício do Crescente Vermelho (FICR), das quais apenas metade foi libertada.

A onda de violência que assola o país e que ameaça se transformar em uma guerra civil eclodiu em 22 de fevereiro, após um atentado contra um templo xiita em Samarra, a 125 quilômetros ao norte de Bagdá.

Prisão

Também nesta quarta-feira, o Exército americano anunciou a detenção de um "importante líder" do braço iraquiano da rede terrorista Al Qaeda no Iraque, acusado do assassinato de dezenas de pessoas, entre elas crianças e mulheres.

Um comunicado do comando militar americano não menciona o nome do detido, mas confia em que sua detenção prejudicará as atividades da Al Qaeda no Iraque e estreitará o cerco das forças da coalizão sobre o líder da organização no Iraque, Abu Ayyub al Masri.

O líder da Al Qaeda foi detido com outros seis supostos terroristas, na cidade de Mossul, 400 quilômetros ao norte de Bagdá, explica a nota, sem informar a data da detenção.

O Exército afirmou que ele era o "emir da ala militar" da Al Qaeda em Mossul em 2005 e depois foi transferido para a região de Al Karj (Bagdá), onde organizou vários seqüestros e atentados com carros-bomba.

O comunicado o acusa também de ter planejado um ataque para derrubar um helicóptero militar da coalizão no bairro de Al Adhamiya, em Bagdá, em maio de 2006, e de ter facilitado a presença de "terroristas estrangeiros" no Iraque.

Especial
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