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25/12/2006
-
09h38
da Efe, em Jerusalém
O ministro da Defesa de Israel, Amir Peretz, anunciou nesta segunda-feira no Parlamento (Knesset) que o Exército retirará 59 das cerca de 400 barreiras militares levantadas em rotas e estradas da Cisjordânia.
Peretz, também líder do Partido Trabalhista, indicou aos legisladores que esta será uma das medidas que o Poder Executivo adotará após a reunião do primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, neste sábado em Jerusalém.
A retirada desses obstáculos que afetam a liberdade de movimento de cerca de 2 milhões de palestinos na Cisjordânia é vista com receio pelas autoridades militares, que têm duas semanas para expressar sua opinião ao Poder Executivo.
Entre os críticos está o general Yair Naveh, chefe da Região Militar do Centro de Israel, com jurisdição sobre a Cisjordânia.
"Pedem-me para levantar as barreiras, mas isso afetará minha capacidade para frustrar ataques terroristas", disse Naveh a Peretz ontem, durante um debate do governo, alegando que as barreiras, permitem ao Exército prevenir o movimento de militantes palestinos procurados.
Antes da revelação de Peretz na Comissão Parlamentar para Assuntos de Segurança e de Relações Exteriores do Knesset, fontes governamentais informavam sobre a eliminação de 27 dessas barreiras e controles militares, cujo objetivo, com freqüência, é proteger a vida de dezenas de milhares de colonos judeus assentados na Cisjordânia.
O deputado Yuval Steinitz, do partido opositor Likud e ex-presidente da Comissão para Assuntos de Segurança e de Relações Exteriores, rejeitou plenamente a intenção oficial de remover essas barreiras como parte do levantamento de restrições aos palestinos, segundo Olmert prometeu a Abbas.
"Não posso crer no que meus ouvidos escutam. Isto é a cegueira total. Se as barreiras não são necessárias para garantir a segurança, por que foram levantadas? E, se são necessárias, por que querem retirá-las?", questionou Steinitz. "Se essa é a lógica do ministro da Defesa, também é preciso derrubar o "muro de proteção" (na Cisjordânia) e a cerca fronteiriça que rodeia a faixa de Gaza", acrescentou.
O deputado Ran Cohen, da frente pacifista Meretz-Yahad, disse que "o fator que promove o terrorismo, mais que os palestinos, são essas barreiras, que geram amargura, sofrimento e opressão terríveis".
"Não há dúvida de que quem deve atravessar essas barreiras começa a pensar no terrorismo. No entanto, quantos mais desses obstáculos desnecessários forem retirados, na minha opinião, será melhor", disse o coronel da reserva Cohen.
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Israel vai retirar 59 das 400 barreiras militares da Cisjordânia
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O ministro da Defesa de Israel, Amir Peretz, anunciou nesta segunda-feira no Parlamento (Knesset) que o Exército retirará 59 das cerca de 400 barreiras militares levantadas em rotas e estradas da Cisjordânia.
Peretz, também líder do Partido Trabalhista, indicou aos legisladores que esta será uma das medidas que o Poder Executivo adotará após a reunião do primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, neste sábado em Jerusalém.
A retirada desses obstáculos que afetam a liberdade de movimento de cerca de 2 milhões de palestinos na Cisjordânia é vista com receio pelas autoridades militares, que têm duas semanas para expressar sua opinião ao Poder Executivo.
Entre os críticos está o general Yair Naveh, chefe da Região Militar do Centro de Israel, com jurisdição sobre a Cisjordânia.
"Pedem-me para levantar as barreiras, mas isso afetará minha capacidade para frustrar ataques terroristas", disse Naveh a Peretz ontem, durante um debate do governo, alegando que as barreiras, permitem ao Exército prevenir o movimento de militantes palestinos procurados.
Antes da revelação de Peretz na Comissão Parlamentar para Assuntos de Segurança e de Relações Exteriores do Knesset, fontes governamentais informavam sobre a eliminação de 27 dessas barreiras e controles militares, cujo objetivo, com freqüência, é proteger a vida de dezenas de milhares de colonos judeus assentados na Cisjordânia.
O deputado Yuval Steinitz, do partido opositor Likud e ex-presidente da Comissão para Assuntos de Segurança e de Relações Exteriores, rejeitou plenamente a intenção oficial de remover essas barreiras como parte do levantamento de restrições aos palestinos, segundo Olmert prometeu a Abbas.
"Não posso crer no que meus ouvidos escutam. Isto é a cegueira total. Se as barreiras não são necessárias para garantir a segurança, por que foram levantadas? E, se são necessárias, por que querem retirá-las?", questionou Steinitz. "Se essa é a lógica do ministro da Defesa, também é preciso derrubar o "muro de proteção" (na Cisjordânia) e a cerca fronteiriça que rodeia a faixa de Gaza", acrescentou.
O deputado Ran Cohen, da frente pacifista Meretz-Yahad, disse que "o fator que promove o terrorismo, mais que os palestinos, são essas barreiras, que geram amargura, sofrimento e opressão terríveis".
"Não há dúvida de que quem deve atravessar essas barreiras começa a pensar no terrorismo. No entanto, quantos mais desses obstáculos desnecessários forem retirados, na minha opinião, será melhor", disse o coronel da reserva Cohen.
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