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25/12/2006 - 10h07

Bento 16 pede fim de conflitos mundiais

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da Folha Online

O papa Bento 16 pediu nesta segunda-feira, na mensagem Urbi et Orbi (para a cidade e para o mundo), uma solução para os conflitos mundiais atualmente em curso, em particular os que ocorrem na África e no Oriente Médio.

"Com profunda apreensão penso, neste dia festivo, no Oriente Médio, marcado por tantos conflitos e tantas crises graves, e expresso minha esperança de que um caminho se abrirá para uma paz justa e duradoura", disse o papa, na praça São Pedro, no Vaticano.

"Ponho nas mãos do divino Filho de Belém as indicações de um início de diálogo entre israelenses e palestinos, que testemunhamos nos últimos dias, a esperança de novos desenvolvimentos encorajadores", acrescentou o sumo-pontífice.

Bento 16 destacou também a ocorrência de violência no Líbano, Iraque, Sri Lanka, Darfur e na África como um todo, lembrando os ataques aéreos das forças militares da Etiópia contra aeroportos na Somália.

"Faço um apelo para os que têm em suas mãos o destino do Iraque, para que cesse a violência feroz que ensangüenta o país e se assegure uma existência normal a todos os seus habitantes", disse.

"Invoco Deus para que no Sri Lanka, nas partes em luta, se ouça o apelo das populações de um futuro de fraternidade e solidariedade; para que em Darfur e em toda a África se ponha um fim aos conflitos fratricidas, cicatrizem logo as feridas abertas na carne deste continente e se consolidem os processos de reconciliação, democracia e desenvolvimento", acrescentou.

"Salvador"

O papa disse que o homem da "sociedade pós-moderna" precisa mais do que nunca de "um Salvador". "Nesta era pós-moderna, talvez ele precise ainda mais de um Salvador, desde que a sociedade em que vive se tornou mais complexa e as ameaças à sua integridade moral e pessoal se tornaram mais insidiosas."

"Esta humanidade do século 21 parece senhora segura e auto-suficiente de seu próprio destino (...) Pareceria, mas não é o caso. As pessoas continuam a morrer de fome e de sede, de doenças e pobreza, nesta era de consumismo farto e desenfreado."

Bento 16 mencionou aqueles subjugados à escravidão e à exploração, vítimas de ódio racional, religioso e de discriminação, terrorismo e outras violências "em um tempo em que todo mundo invoca e proclama o progresso, a solidariedade e a paz para todos".

"E quanto aqueles que, destituídos de esperança, são forçados a deixar suas casas e países para encontrar condições de vida humanas em outro lugar?", questionou.

"Apesar dos muitos avanços da humanidade, o homem tem sido sempre o mesmo: a liberdade equilibrada entre o bem e o mal, entre a vida e a morte. É ali, no mais profundo do seu ser, que o homem sempre precisa ser 'salvo'."

Especial
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