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26/12/2006
-
04h06
da France Presse, em Jerusalém
O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, determinou nesta segunda-feira uma "redução imediata das restrições" impostas pelo governo do país à população palestina da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, informou seu escritório.
"O primeiro-ministro ordenou uma redução imediata das restrições aos palestinos para reforçar os elementos moderados no governo palestino, conforme os acordos alcançados durante sua reunião com o presidente palestino, Mahmud Abbas no sábado", informa o boletim de rádio divulgado ontem.
Olmert e o presidente da Autoridade Palestina concordaram, no encontro, sobre a importância de fazer "avançar o processo de paz" israelo-palestino, em seu primeiro encontro oficial.
Segundo a rádio estatal israelense, a primeira fase das medidas prevê a redução da idade mínima dos palestinos que serão autorizados a entrar no Estado hebreu e a agilização dos controles sobre mercadorias.
Outra medida anunciada é a reabertura da estrada do Vale do Jordão aos palestinos e a simplificação nas formalidades para que ajuda humanitária e certos funcionários passem pelos controles rodoviários em torno de Jerusalém. O terminal de Karni, ponto de passagem de mercadorias entre Israel e a Faixa de Gaza, será modernizado e permanecerá mais tempo aberto.
Na segunda fase do programa israelense, 27 dos 400 controles do exército nas estradas da Cisjordânia serão retirados, segundo o boletim.
O ministro da Defesa israelense, Amir Peretz, havia anunciado anteriormente a adoção de medidas "imediatas" a favor dos palestinos da Cisjordânia.
"Preparamos um plano aplicável imediatamente, que consiste em facilitar a circulação e a movimentação dos palestinos e aumentar o número de palestinos autorizados a trabalhar em Israel", declarou Amir Peretz à imprensa depois de uma reunião da comissão de Relações Exteriores e da Defesa do Knesset, o Parlamento israelense, realizada ontem.
Peretz disse que Israel "desmantelará 59 postos de controle nas estradas da Cisjordânia em duas etapas, num primeiro momento 24 postos e depois o resto".
Por outro lado, o ministro da Defesa indicou que prisioneiros palestinos serão libertados por ocasião da festa muçulmana de Aid el Adha -- entre 31 de dezembro e 2 de janeiro -- e do Natal.
"Todos os anos há libertações de caráter humanitário de prisioneiros para o Aid el Adha e o Natal", declarou Peretz.
"Esses gestos humanitários não adiarão a libertação de Gilad Shalit, um soldado israelense capturado no dia 25 de junho por palestinos armados. Ao contrário, espero que antecipem sua libertação", acrescentou.
"Representantes da administração penitenciária e do Shin Beth (segurança interior) elaborarão uma lista dos prisioneiros que podem ser libertados, sobretudo mulheres e menores", disse um funcionário da segurança que não quis se identificar.
Olmert exigia a libertação de Gilad Shalit como condição prévia para a libertação de alguns dos cerca de 10 mil palestinos presos em Israel, 65 dos quais antes da assinatura dos acordos de Oslo, em 1993.
O general Yair Naveh --comandante da região militar centro, que cobre a Cisjordânia -- protestou contra o plano de Peretz. "Retirar os postos de controle significa impedir minha luta contra o terrorismo (...). Essas barreiras limitam e impedem a liberdade de movimentos de pessoas procuradas", afirmou em declarações publicadas pelo jornal "Haaretz".
A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, chegará ao Oriente Médio no início de janeiro para tentar retomar as negociações de paz entre Israel e Palestina.
Por outro lado, dois foguetes palestinos foram disparados na direção do território israelense a partir da Faixa de Gaza, sem deixar feridos. Os disparos foram reivindicados pela Jihad Islâmica. Em 26 de novembro um cessar-fogo havia sido acordado entre Israel e os grupos armados palestinos desta região.
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Olmert determina "redução imediata" das restrições a palestinos
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O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, determinou nesta segunda-feira uma "redução imediata das restrições" impostas pelo governo do país à população palestina da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, informou seu escritório.
"O primeiro-ministro ordenou uma redução imediata das restrições aos palestinos para reforçar os elementos moderados no governo palestino, conforme os acordos alcançados durante sua reunião com o presidente palestino, Mahmud Abbas no sábado", informa o boletim de rádio divulgado ontem.
Olmert e o presidente da Autoridade Palestina concordaram, no encontro, sobre a importância de fazer "avançar o processo de paz" israelo-palestino, em seu primeiro encontro oficial.
Segundo a rádio estatal israelense, a primeira fase das medidas prevê a redução da idade mínima dos palestinos que serão autorizados a entrar no Estado hebreu e a agilização dos controles sobre mercadorias.
Outra medida anunciada é a reabertura da estrada do Vale do Jordão aos palestinos e a simplificação nas formalidades para que ajuda humanitária e certos funcionários passem pelos controles rodoviários em torno de Jerusalém. O terminal de Karni, ponto de passagem de mercadorias entre Israel e a Faixa de Gaza, será modernizado e permanecerá mais tempo aberto.
Na segunda fase do programa israelense, 27 dos 400 controles do exército nas estradas da Cisjordânia serão retirados, segundo o boletim.
O ministro da Defesa israelense, Amir Peretz, havia anunciado anteriormente a adoção de medidas "imediatas" a favor dos palestinos da Cisjordânia.
"Preparamos um plano aplicável imediatamente, que consiste em facilitar a circulação e a movimentação dos palestinos e aumentar o número de palestinos autorizados a trabalhar em Israel", declarou Amir Peretz à imprensa depois de uma reunião da comissão de Relações Exteriores e da Defesa do Knesset, o Parlamento israelense, realizada ontem.
Peretz disse que Israel "desmantelará 59 postos de controle nas estradas da Cisjordânia em duas etapas, num primeiro momento 24 postos e depois o resto".
Por outro lado, o ministro da Defesa indicou que prisioneiros palestinos serão libertados por ocasião da festa muçulmana de Aid el Adha -- entre 31 de dezembro e 2 de janeiro -- e do Natal.
"Todos os anos há libertações de caráter humanitário de prisioneiros para o Aid el Adha e o Natal", declarou Peretz.
"Esses gestos humanitários não adiarão a libertação de Gilad Shalit, um soldado israelense capturado no dia 25 de junho por palestinos armados. Ao contrário, espero que antecipem sua libertação", acrescentou.
"Representantes da administração penitenciária e do Shin Beth (segurança interior) elaborarão uma lista dos prisioneiros que podem ser libertados, sobretudo mulheres e menores", disse um funcionário da segurança que não quis se identificar.
Olmert exigia a libertação de Gilad Shalit como condição prévia para a libertação de alguns dos cerca de 10 mil palestinos presos em Israel, 65 dos quais antes da assinatura dos acordos de Oslo, em 1993.
O general Yair Naveh --comandante da região militar centro, que cobre a Cisjordânia -- protestou contra o plano de Peretz. "Retirar os postos de controle significa impedir minha luta contra o terrorismo (...). Essas barreiras limitam e impedem a liberdade de movimentos de pessoas procuradas", afirmou em declarações publicadas pelo jornal "Haaretz".
A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, chegará ao Oriente Médio no início de janeiro para tentar retomar as negociações de paz entre Israel e Palestina.
Por outro lado, dois foguetes palestinos foram disparados na direção do território israelense a partir da Faixa de Gaza, sem deixar feridos. Os disparos foram reivindicados pela Jihad Islâmica. Em 26 de novembro um cessar-fogo havia sido acordado entre Israel e os grupos armados palestinos desta região.
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