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26/12/2006 - 22h39

Ministro italiano rejeita pena de morte contra Saddam Hussein

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da France Presse
da Ansa

O ministro italiano das Relações Exteriores, Massimo D'Alema, manifestou a oposição "incondicional" da Itália à execução de Saddam Hussein, após um tribunal iraquiano confirmar nesta terça-feira a pena de morte contra o ex-ditador, segundo a imprensa local.

"Como já tinha feito após o veredicto em primeira instância, o ministro italiano destacou a necessidade de total verdade e Justiça" no Iraque, expressando sua "preocupação com a repercussão de uma eventual execução no difícil processo de reconciliação nacional no Iraque".
Pouco antes, D'Alema declarou em Santiago do Chile, onde realiza uma visita oficial, que "espera que a sentença [contra Saddam Hussein] não seja cumprida".

"Somos contra a pena de morte, como italianos e como europeus", disse D'Alema.

América Latina

Massimo D'Alema, assinalou hoje no Chile que seu país "quer relançar a política latino-americana".

Ao iniciar em Santiago uma viagem que o levará ao Brasil e ao Peru, D'Alema manteve uma prolongada reunião com a presidente chilena, Michelle Bachelet, no Palácio de La Moneda, e depois um almoço de trabalho ao que se juntaram o subsecretário de Relações Exteriores italiano, Donato di Santo, seu colega chileno, Alberto Van Klaveren e o presidente da Câmara de Deputados, Antonio Leal.

"Não queremos competir com a Espanha e Portugal, queremos colaborar porque estamos convencidos de que a Itália deve fazer mais para ser uma ponte entre a América Latina e a Europa", afirmou o chanceler.

Além disso, o chanceler disse que com Bachelet "existe uma visão comum sobre as grandes questões internacionais".

"Temos falado muito sobre o futuro da América Latina sobre a qual nós sustentamos que os processos de integração regional são a condição para que a América Latina possa ter um peso maior no cenário mundial", explicou D'Alema.

Além disso, o chanceler disse que visitará a Argentina em uma próxima ocasião. "Hoje estou aqui pelo convite que recebi para a tomada de posse do presidente Lula", explicou.

"O Chile e o Brasil são dois pontos de referência muito importantes: Chile, pela força e tradição da política, por sua abertura como um país latino-americano que tem um melhor acordo com a Europa, e o Brasil porque é um grande país cuja orientação é fundamental para todo o continente", sustentou.

"Existe uma relação muito forte entre a Itália democrática e o Chile, que nasce também de vínculos de natureza política, cultural e humana", acrescentou, fazendo referência á amizade que o une a autoridades e dirigentes políticos chilenos que viveram seu exílio na Itália.

Além disso, o chanceler apresentou um convite a Michelle Bachelet para que visite a Itália . "Queremos que ela seja hóspede de honra na conferência nacional sobre a América Latina que faremos em setembro deste ano."

D'Alema é a primeira autoridade internacional que visita o Chile depois da morte do ditador Augusto Pinochet, fato que foi comentado com o chanceler quando saia do palácio de La Moneda.

"A morte do general Pinochet, a morte de um homem, merece respeito. Não se fala da morte, o importante para nós é a democracia existente no Chile e a Justiça. Nem todos os chilenos mortos durante a ditadura obtiveram justiça, porém finalmente no Chile existe uma democracia forte, o que é importante para nós", comentou.

A viagem de D'Alema continuará agora em direção ao Brasil, onde irá se reunir com o presidente Lula e depois irá ao Peru onde será recebido pelo presidente Alan García.

Especial
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