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13/10/2000
-
19h04
da Reuters
em Dubai
Comentaristas dos Estados árabes do Golfo Pérsico afirmaram hoje que o premiê israelense Ehud Barak virtualmente selou o fim do processo de paz no Oriente Médio ao ordenar os ataques aéreos a instalações palestinas na Cisjordânia e Faixa de Gaza.
Alguns jornais fizeram críticas contundentes ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan, acusando-o de fechar os olhos para a matança de palestinos e, ao mesmo tempo, condenar os ataques a soldados israelenses. Outros compararam o comportamento de Barak ao de neonazistas.
``Israel bateu todos menos o último prego no caixão do processo de paz quando seus aviões de guerra bombardearam o quartel-general da liderança palestina em Ramallah e Gaza'', disse o jornal al-Bayan, dos Emirados Árabes Unidos, em editorial.
A crise no Oriente Médio se intensificou muito ontem, quando helicópteros de guerra israelenses bombardearam alvos próximos aos escritórios do presidente palestino, Yasser Arafat, em Ramallah e Gaza, depois de uma multidão de palestinos atacar e matar dois soldados israelenses detidos.
Quase 100 pessoas, em sua maioria palestinos ou árabes israelenses, já morreram em duas semanas de choques entre as forças de segurança israelenses e árabes lançando pedras ou fazendo disparos.
``Nas últimas duas semanas, com seus ataques aéreos às regiões palestinas liberadas, Barak matou e enterrou tudo que diz respeito aos acordos de paz'', disse o diário al-Khaleej, dos EUA.
Em editorial intitulado ``O sangue árabe não custa pouco'', o jornal aconselhou os árabes a usar seu poderio econômico e militar contra Israel e criticou fortemente os EUA e Kofi Annan, a quem acusou de papaguear as posições israelenses.
Disse que Annan ``ficou abalado com a morte de um assassino israelense, mas não se comoveu com as mortes de mais de 100 pessoas martirizadas pelos disparos de Ehud Barak, seus generais e colonos''.
``É nosso dever nacional brandir nossas armas econômicas, políticas e militares porque se permitirmos que Barak derrame sangue árabe na Palestina em pouco tempo estará derramando em outras partes do mundo árabe.''
O diário saudita al-Riyadh disse: ``Pelos comentários do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, tem-se a impressão de que ele aprova o que vem sendo cometido por soldados israelenses.
``O silêncio de Annan quanto à morte de crianças palestinas e práticas israelenses bárbaras nos leva a nos indagar o que ele está fazendo na região'', escreveu o jornal, referindo-se à visita do secretário-geral da ONU a Israel.
O editor do diário Akhbar al-Khaleej, do Barein, acusou os líderes israelenses de agirem como neonazistas.
``A última onda de crimes israelenses mostra que o Estado judaico não abrirá mão da mentalidade de agressão, opressão, dominação e expansão enquanto puder contar com o apoio norte-americano absoluto'', escreveu o editor.
Leia mais sobre o conflito no Oriente Médio
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Comentaristas do Golfo dizem que Barak acabou com a paz
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Comentaristas dos Estados árabes do Golfo Pérsico afirmaram hoje que o premiê israelense Ehud Barak virtualmente selou o fim do processo de paz no Oriente Médio ao ordenar os ataques aéreos a instalações palestinas na Cisjordânia e Faixa de Gaza.
Alguns jornais fizeram críticas contundentes ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan, acusando-o de fechar os olhos para a matança de palestinos e, ao mesmo tempo, condenar os ataques a soldados israelenses. Outros compararam o comportamento de Barak ao de neonazistas.
``Israel bateu todos menos o último prego no caixão do processo de paz quando seus aviões de guerra bombardearam o quartel-general da liderança palestina em Ramallah e Gaza'', disse o jornal al-Bayan, dos Emirados Árabes Unidos, em editorial.
A crise no Oriente Médio se intensificou muito ontem, quando helicópteros de guerra israelenses bombardearam alvos próximos aos escritórios do presidente palestino, Yasser Arafat, em Ramallah e Gaza, depois de uma multidão de palestinos atacar e matar dois soldados israelenses detidos.
Quase 100 pessoas, em sua maioria palestinos ou árabes israelenses, já morreram em duas semanas de choques entre as forças de segurança israelenses e árabes lançando pedras ou fazendo disparos.
``Nas últimas duas semanas, com seus ataques aéreos às regiões palestinas liberadas, Barak matou e enterrou tudo que diz respeito aos acordos de paz'', disse o diário al-Khaleej, dos EUA.
Em editorial intitulado ``O sangue árabe não custa pouco'', o jornal aconselhou os árabes a usar seu poderio econômico e militar contra Israel e criticou fortemente os EUA e Kofi Annan, a quem acusou de papaguear as posições israelenses.
Disse que Annan ``ficou abalado com a morte de um assassino israelense, mas não se comoveu com as mortes de mais de 100 pessoas martirizadas pelos disparos de Ehud Barak, seus generais e colonos''.
``É nosso dever nacional brandir nossas armas econômicas, políticas e militares porque se permitirmos que Barak derrame sangue árabe na Palestina em pouco tempo estará derramando em outras partes do mundo árabe.''
O diário saudita al-Riyadh disse: ``Pelos comentários do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, tem-se a impressão de que ele aprova o que vem sendo cometido por soldados israelenses.
``O silêncio de Annan quanto à morte de crianças palestinas e práticas israelenses bárbaras nos leva a nos indagar o que ele está fazendo na região'', escreveu o jornal, referindo-se à visita do secretário-geral da ONU a Israel.
O editor do diário Akhbar al-Khaleej, do Barein, acusou os líderes israelenses de agirem como neonazistas.
``A última onda de crimes israelenses mostra que o Estado judaico não abrirá mão da mentalidade de agressão, opressão, dominação e expansão enquanto puder contar com o apoio norte-americano absoluto'', escreveu o editor.
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