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02/01/2007 - 19h19

Governo italiano retoma debate sobre pena de morte perante a ONU

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da Folha Online

A decisão do governo italiano de pedir hoje à presidência de turno do Conselho de Segurança da ONU a retomada do debate pela moratória da pena de morte agradou o Vaticano.

"É uma notícia que verdadeiramente causa prazer", disse o cardeal Giovanni Cheli, observador permanente na ONU nos anos 80, presidente emérito do Pontifício Conselho para os Emigrantes.

"Tudo o que favorece uma ação neste sentido é positivo", afirmou o bispo Tommaso Valentinetti, presidente nacional da Pax Christi (movimento católico para a paz).

O anúncio do governo italiano, e o posterior pedido perante o Conselho de Segurança da ONU também causou satisfação na Comunidade de San Egidio, uma associação relacionada à Igreja que recolheu 5 milhões de assinaturas nestes dias contra a pena de morte.

"É somente um instrumento bárbaro do passado que associa a morte a outra já ocorrida e que não restitui nunca a vida das vítimas", disse o porta-voz da entidade, Mario Marazziti.

Fontes diplomáticas do Vaticano consultadas esta noite expressaram uma opinião favorável à iniciativa da Itália, apoiada pela União Européia, ainda que tenham destacado que dentro da ONU existem países contrários a uma moratória, como Estados Unidos e China.

"A pena de morte é cruel e desnecessária, e isso vale também para aqueles que fizeram muito mal", disse João Paulo 2º em 1999, em um de seus vários discursos contra a pena de morte.

Jornal

O jornal do Vaticano "L'Osservatore Romano", afirmou hoje que a execução do ex-presidente iraquiano Saddam Hussein foi uma violação dos direitos humanos.

"No panorama dos tristes episódios aos quais a recente história do Iraque infelizmente acostumou a opinião pública mundial, a execução de Saddam Hussein representa, pelo modo como aconteceu e pela repercussão midiática que lhe foi atribuída, mais um exemplo de violação dos mais elementares direitos humanos", afirma o jornal oficial do Vaticano.

Para o "L'Ossevatore", mais do que de gestos de prepotência, são necessárias "decisões corajosas que saibam marcar um ponto de descontinuidade em relação ao passado, também do relacionado à ditadura de Saddam, e que possam promover a reconciliação e a paz".

Com agências internacionais

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