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08/01/2007 - 09h10

Após execução de Saddam, Iraque retira acusação contra ex-ditador

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da Folha Online

O julgamento do ex-ditador Saddam Hussein pelas mortes de 180 mil curdos durante uma campanha militar realizada na década de 80 foi retomado nesta segunda-feira com a cadeira do ex-ditador vazia, nove dias após sua execução.

A primeira ordem da corte após a abertura da sessão foi a retirada das acusações contra Saddam. Outros seis réus continuam a ser acusados de crimes de guerra e contra a humanidade por sua participação na campanha, que ficou conhecida como Operação Anfal.

O juiz que preside a corte, Mohammed Oreibi al Khalifa, afirmou que o júri decidiu suspender a ação legal contra o ex-ditador, já que "a morte do réu Saddam Hussein foi confirmada".

Saddam foi enforcado em 30 de dezembro, em uma execução que causou críticas de vários países. Um vídeo ilegal divulgado na internet mostrou que ele foi insultado antes de morrer.

Ontem, na mais recente crítica internacional ao processo, o premiê britânico, Tony Blair, disse por meio de um comunicado que a forma como Saddam foi executado foi "totalmente errada".

O meio-irmão de Saddam e ex-chefe da inteligência, Barzan Ibrahim, e o ex-chefe da Corte Revolucionária Iraquiana, Awad Hamed al Bandar, também foram condenados à morte e deveriam ser executados pelo envolvimento nas mortes de 148 xiitas em Dujail, após uma suposta tentativa de assassinato contra Saddam.

Eles seriam enforcados no mesmo dia que o ex-ditador, mas suas execuções foram adiadas.

A expectativa é que elas aconteçam nos próximos dias, mas o chefe da promotoria do caso de Dujail, Jaafar al Mousawi, disse que da data deverá ser "determinada pelo governo".

"Inocentes"

Todos os sete réus do caso Anfal, inclusive Saddam, afirmavam ser inocentes das acusações de crimes de guerra e contra a humanidade.

Saddam e um segundo réu também se declararam inocentes pelo crime de genocídio.

Os outros seis réus --membros do antigo regime de Saddam-- incluem seu primo Ali Hassan al Majid, conhecido como "Ali, o Químico", acusado de fabricar armas usadas contra curdos.

Enquanto o julgamento prossegue, a violência continuou a atingir o Iraque, com nove pessoas mortas em uma emboscada perto do aeroporto de Bagdá. Na ação, homens armados atacaram a tiros um ônibus cheio de trabalhadores a caminho do aeroporto.

Ao menos outras 11 pessoas ficaram feridas no ataque, segundo fontes médicas. A maior parte das vítimas eram xiitas que moravam na região de Sadr City.

Também hoje, a explosão de uma bomba feriu três policiais na região sul da capital.

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