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08/01/2007
-
15h50
da Folha Online
Enquanto enfrenta desafios internos à sua posição como líder do Partido Trabalhista de Israel, o ministro da Defesa israelense, Amir Peretz, apresentou nesta segunda-feira um plano de paz entre seu país e os palestinos, no qual está previsto um acordo final no prazo de dois anos.
Em um comunicado hoje, Peretz afirmou que seu plano é um novo "Mapa do Caminho", alterando um plano já existente e apoiado pela comunidade internacional que é negociado desde 2003 mas nunca foi implementado.
Assim como o "Mapa do Caminho" original ("Road Map", uma proposta feita por Estados Unidos, União Européia, Rússia e ONU para a paz entre Israel e os palestinos), o plano de Peretz tem três estágios.
Três estágios
O primeiro estágio evita as questões mais difíceis para a paz, de forma similar a outro plano proposto recentemente pela ministra das Relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni. Ele é focado apenas em um período de seis meses de "criação e estabilização de uma nova segurança e uma nova economia".
Ao se desviar de questões polêmicas no primeiro estágio, o plano de Peretz tenta evitar o fracasso do "Mapa do Caminho" original, que não teve seguimento porque nem israelenses nem palestinos implementaram as propostas da primeira fase.
Por isso, Peretz não exigiu que os palestinos acabassem com a violência nem desarmassem os grupos armados e milícias, e também não exigiu que os israelenses derrubassem dúzias de colônias não-autorizadas na Cisjordânia ou interrompessem totalmente a construção de assentamentos na primeira fase.
O segundo estágio do plano do ministro também seria tratado durante um período de seis meses, usados para negociar os princípios iniciais de um tratado de paz definitivo e para aumentar a soberania dos palestinos em grandes territórios da Cisjordânia.
O terceiro e último estágio seria feito em um período mais longo, de um ano e meio, durante o qual seria finalmente elaborado um tratado de paz final entre as partes.
Peretz quer negociar as mudanças com palestinos moderados, como o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, e afirma que seu plano oferece uma "opção diplomática" para os conflitos entre palestinos e israelenses.
Desafios internos
Tanto Amir Peretz quanto Tipzi Livni apresentaram seus planos em um momento de fragilidade interna em seus próprios partidos. Peretz já enfrenta uma grave queda de popularidade desde que Israel empreendeu uma guerra contra o Hizbollah [grupo extremista islâmico libanês que recebe apoio sírio e iraniano], em julho e agosto de 2006, e agora aguarda com ansiedade as eleições primárias do Partido Trabalhista, marcadas para maio.
Neste domingo, o ex-premiê de Israel Ehud Barak, ex comandante do Exército, anunciou seu retorno à política e sua candidatura ao posto atualmente ocupado por Peretz nas eleições primárias dos trabalhistas. Outro adversário pela liderança do partido é Ami Ayalon, também ex-general.
Já Livni está tentando se distanciar do premiê Ehud Olmert, líder de seu partido, o Kadima, que também perdeu parte considerável do apoio popular após a guerra com o Hizbollah.
A apresentação de planos de paz neste momento é tida como parte das campanhas de Livni e Peretz para as lideranças de seus respectivos partidos.
Com Associated Press
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Ministro da Defesa de Israel propõe acordo de paz para palestinos
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Enquanto enfrenta desafios internos à sua posição como líder do Partido Trabalhista de Israel, o ministro da Defesa israelense, Amir Peretz, apresentou nesta segunda-feira um plano de paz entre seu país e os palestinos, no qual está previsto um acordo final no prazo de dois anos.
Em um comunicado hoje, Peretz afirmou que seu plano é um novo "Mapa do Caminho", alterando um plano já existente e apoiado pela comunidade internacional que é negociado desde 2003 mas nunca foi implementado.
Assim como o "Mapa do Caminho" original ("Road Map", uma proposta feita por Estados Unidos, União Européia, Rússia e ONU para a paz entre Israel e os palestinos), o plano de Peretz tem três estágios.
Três estágios
O primeiro estágio evita as questões mais difíceis para a paz, de forma similar a outro plano proposto recentemente pela ministra das Relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni. Ele é focado apenas em um período de seis meses de "criação e estabilização de uma nova segurança e uma nova economia".
21.nov.2005/Reuters |
Amir Peretz frente a foto do premiê Yitzhak Rabin, morto em 1995 |
Por isso, Peretz não exigiu que os palestinos acabassem com a violência nem desarmassem os grupos armados e milícias, e também não exigiu que os israelenses derrubassem dúzias de colônias não-autorizadas na Cisjordânia ou interrompessem totalmente a construção de assentamentos na primeira fase.
O segundo estágio do plano do ministro também seria tratado durante um período de seis meses, usados para negociar os princípios iniciais de um tratado de paz definitivo e para aumentar a soberania dos palestinos em grandes territórios da Cisjordânia.
O terceiro e último estágio seria feito em um período mais longo, de um ano e meio, durante o qual seria finalmente elaborado um tratado de paz final entre as partes.
Peretz quer negociar as mudanças com palestinos moderados, como o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, e afirma que seu plano oferece uma "opção diplomática" para os conflitos entre palestinos e israelenses.
Desafios internos
Tanto Amir Peretz quanto Tipzi Livni apresentaram seus planos em um momento de fragilidade interna em seus próprios partidos. Peretz já enfrenta uma grave queda de popularidade desde que Israel empreendeu uma guerra contra o Hizbollah [grupo extremista islâmico libanês que recebe apoio sírio e iraniano], em julho e agosto de 2006, e agora aguarda com ansiedade as eleições primárias do Partido Trabalhista, marcadas para maio.
Neste domingo, o ex-premiê de Israel Ehud Barak, ex comandante do Exército, anunciou seu retorno à política e sua candidatura ao posto atualmente ocupado por Peretz nas eleições primárias dos trabalhistas. Outro adversário pela liderança do partido é Ami Ayalon, também ex-general.
Já Livni está tentando se distanciar do premiê Ehud Olmert, líder de seu partido, o Kadima, que também perdeu parte considerável do apoio popular após a guerra com o Hizbollah.
A apresentação de planos de paz neste momento é tida como parte das campanhas de Livni e Peretz para as lideranças de seus respectivos partidos.
Com Associated Press
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