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08/01/2007 - 20h02

Julgamento de ex-assessores de Saddam continuará dia 11

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da Efe
da Folha Online

O juiz iraquiano Mohammed Oreibi al Khalifa decidiu nesta segunda-feira continuar na próxima quinta-feira (11) o julgamento de seis antigos colaboradores de Saddam Hussein no "caso Anfal" -- o genocídio contra o povo curdo no norte do Iraque.

Ao abrir a sessão, Oreibi anunciou que o Tribunal Penal Supremo "abandona todos os procedimentos legais contra o acusado Saddam Hussein, em conformidade com o artigo 304 da Lei Iraquiana de Justiça Penal".

Saddam era acusado no julgamento de vários delitos, entre eles os de genocídio e violações de direitos humanos. O ditador foi executado no dia 30 de dezembro de 2006 após ser considerado culpado em outro julgamento, que tratou da morte de xiitas na aldeia de Dujail no final dos anos 80.

Réus

Entre os acusados está o primo de Saddam, Ali Hassan al Mayid, apelidado de Ali, o químico, que poderá ser condenado à pena de morte caso seja considerado culpado por genocídio contra os curdos.

O tribunal iraquiano também julga o ex-diretor da espionagem militar iraquiana Abdelaziz al Douri, acusado de ser um dos principais defensores da operação de Al Anfal.

No banco dos réus também estiveram hoje o governador de Mossul durante a campanha de Al Anfal, Tawfiq al Ani, e o Sultão Hashim Ahmed, ex-ministro da Defesa, que recebia ordens diretas de Mayid.

Provas

Na sessão de hoje, a 34ª desde o começo do processo em agosto de 2006, o promotor Munqidh Faraon apresentou como provas algumas cartas trocadas entre Mayid e Ani, nas quais estes falam sobre o destino de dez presos do Partido da União Patriótica do Curdistão, o mesmo do atual presidente iraquiano, Jalal Talabani.

Nos documentos, que têm as assinaturas de Mayid e de Ani, está especificado que "o primo de Saddam não se opõe a cortar as cabeças dos traidores", em referência aos dez militantes curdos presos em 1987.

Ani negou as acusações e os documentos com sua assinatura. Ele disse que não sabe nada sobre o documento e que as assinaturas não são suas.

O promotor também apresentou um vídeo no qual se vê o bombardeio de uma aldeia e a aparição de uma fumaça amarela, assim como outras seqüências nas quais aparecem pessoas com atavios curdos jogadas no chão, ao lado de crianças e mulheres.

A promotoria insistiu que estas são provas do uso de armas químicas por parte do antigo regime.

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