Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
09/01/2007 - 18h42

Saiba mais sobre o grupo separatista e terrorista basco ETA

Publicidade

da France Presse

Estatísticas espanholas apontam que o ETA (Euskadi Ta Askatasuna, ou Pátria Basca e Liberdade --grupo terrorista e separatista que luta pela independência da região basca) foi responsável, em 38 anos de luta armada contra o Estado espanhol pela independência do País Basco, pela morte de 819 pessoas.

O grupo separatista figura desde 2001 em listas de organizações terroristas da União Européia e dos Estados Unidos.

O objetivo da luta do grupo é a independência de Euskal Herria, o que seria o Grande País Basco. A região basca na Europa, tradicionalmente, vai desde a região rio Adour, na França, até a bacia do rio Ebro, na Espanha, incluindo as regiões autônomas espanholas do País Basco e Navarra, assim com a região basca na França, no sudoeste do país vizinho.

Desde seu primeiro atentado, em 7 de junho de 1968, o ETA matou cerca de 850 pessoas, segundo o Ministério do Interior da Espanha. Cerca de 200 ativistas do grupo também morreram, de acordo com o ETA.

Dados da agência de notícias France Presse apontam que mais de 90% das vítimas do ETA foram assassinadas após a morte do ditador Francisco Franco (1892-1975) e o restabelecimento da democracia na Espanha.

A polícia e o Exército foram os alvos preferidos da organização armada, que é acusada também pelo assassinato de políticos ilustres como o almirante Luis Carrero Blanco, em 1973, que havia sido escolhido como presidente por Franco.

Os métodos mais utilizados nos atentados do ETA são os carros-bomba, a violência urbana e os assassinatos seletivos, mas não são incomuns as vítimas civis de suas ações.

Ainda assim, o grupo não realizou atentados considerados de grande porte e sua ação que provocou mais vítimas, um ataque a supermercado em Barcelona em 1987 que deixou 21 mortos, foi atribuído a um erro de coordenação logística.

Política

Os objetivos do ETA eram defendidos no âmbito político pela coalizão radical Batasuna, pela antecessora deste, Herri Batasuna (HB), e pelo mais moderado Euskal Heritarrok (EH).

O Batasuna, no entanto, que é considerado o verdadeiro braço político do ETA, foi declarado ilegal em março de 2003 pelo Tribunal Supremo espanhol.

O ETA foi fundado em 31 de julho de 1959 por estudantes nacionalistas que se rebelaram contra o "imobilismo" do Partido Nacionalista Basco (PNV) ante ao franquismo.

O PNV foi criado no fim do século 19 sobre uma base étnica, antiespanhola e ultracatólica, e o ETA uniu a esta ideologia as idéias do marxismo-leninismo.

O ETA declarou um cessar-fogo em setembro de 1998 que durou 14 meses, e até o atentado de 30 dezembro último em Madri, estava sob um outro cessar-fogo, declarado em março de 2006 --que afirma agora desejar manter.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre a Espanha
  • Leia o que já foi publicado sobre o ETA
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página