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10/01/2007
-
15h23
da Folha Online
O líder do Hamas [grupo terrorista e partido político] em Damasco (Síria), Khaled Meshal, admitiu nesta quarta-feira a existência do Estado de Israel, dizendo que ele é uma "realidade".
"A questão não é a existência de Israel, mas a falha em estabelecer um Estado para os palestinos", afirmou Meshal, cujo partido lidera o Parlamento palestino. O reconhecimento do Estado de Israel só será aceito pelo Hamas uma vez que um Estado palestino for estabelecido, segundo o líder do grupo em Damasco.
Membros do Hamas já deram declarações similares anteriormente, dizendo que a existência de Israel era uma "realidade inegável", mas é a primeira vez que tais colocações partem de líderes do grupo na Síria. Esta também é a primeira vez que um membro do Hamas levanta a possibilidade do reconhecimento total e oficial de Israel no futuro.
Os governos de Israel e de países ocidentais impuseram sanções econômicas ao governo palestino liderado pelo Hamas pela recusa em reconhecer Israel, renunciar à violência e aceitar os acordos de paz. O Egito também aumentou a pressão para que o Hamas reconheça Israel.
O Hamas quer instituir um Estado palestino que inclua Gaza, a Cisjordânia e o leste de Jerusalém, e quer garantir o direito dos refugiados de retornar às suas casas perdidas em 1967. "Nós, palestinos, exigimos um Estado árabe que respeite as fronteiras de 1967".
O premiê palestino, Ismail Haniyeh, pediu nesta quarta-feira que os palestinos evitem se envolver em confrontos internos que possam resultar em um conflito civil.
"Nós ressaltamos a necessidade de que o povo palestino se afaste de qualquer tipo de confronto, fique longe das armas e se foque no diálogo para resolver as divergências internas", disse Haniyeh após uma reunião. "Elas existem, mas não serão resolvidas pela violência".
Violência
A violência entre os dois grupos políticos se agravou no último mês devido a um anúncio do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, de que convocará eleições antecipadas se o Hamas não aceitar a formação de um governo de união nacional.
Abbas espera, com a formação de um novo governo, superar a crise econômica que atinge a Cisjordânia e Gaza desde março de 2006.
Os confrontos se intensificaram na semana passada, devido à morte de um coronel vinculado às forças do Fatah e à assinatura de um decreto por Abbas no qual desintegra a chamada Força Auxiliar de Segurança, criada pelo governo do Hamas.
O corpo de segurança recebe ordens do ministro do Interior, Salam Sayad, ao contrário dos outras forças oficiais da ANP, dependentes do presidente.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Hamas
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Leia o que já foi publicado sobre a crise no governo palestino
Hamas admite que Estado de Israel é "realidade"
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O líder do Hamas [grupo terrorista e partido político] em Damasco (Síria), Khaled Meshal, admitiu nesta quarta-feira a existência do Estado de Israel, dizendo que ele é uma "realidade".
"A questão não é a existência de Israel, mas a falha em estabelecer um Estado para os palestinos", afirmou Meshal, cujo partido lidera o Parlamento palestino. O reconhecimento do Estado de Israel só será aceito pelo Hamas uma vez que um Estado palestino for estabelecido, segundo o líder do grupo em Damasco.
Membros do Hamas já deram declarações similares anteriormente, dizendo que a existência de Israel era uma "realidade inegável", mas é a primeira vez que tais colocações partem de líderes do grupo na Síria. Esta também é a primeira vez que um membro do Hamas levanta a possibilidade do reconhecimento total e oficial de Israel no futuro.
Os governos de Israel e de países ocidentais impuseram sanções econômicas ao governo palestino liderado pelo Hamas pela recusa em reconhecer Israel, renunciar à violência e aceitar os acordos de paz. O Egito também aumentou a pressão para que o Hamas reconheça Israel.
O Hamas quer instituir um Estado palestino que inclua Gaza, a Cisjordânia e o leste de Jerusalém, e quer garantir o direito dos refugiados de retornar às suas casas perdidas em 1967. "Nós, palestinos, exigimos um Estado árabe que respeite as fronteiras de 1967".
O premiê palestino, Ismail Haniyeh, pediu nesta quarta-feira que os palestinos evitem se envolver em confrontos internos que possam resultar em um conflito civil.
"Nós ressaltamos a necessidade de que o povo palestino se afaste de qualquer tipo de confronto, fique longe das armas e se foque no diálogo para resolver as divergências internas", disse Haniyeh após uma reunião. "Elas existem, mas não serão resolvidas pela violência".
Violência
A violência entre os dois grupos políticos se agravou no último mês devido a um anúncio do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, de que convocará eleições antecipadas se o Hamas não aceitar a formação de um governo de união nacional.
Abbas espera, com a formação de um novo governo, superar a crise econômica que atinge a Cisjordânia e Gaza desde março de 2006.
Os confrontos se intensificaram na semana passada, devido à morte de um coronel vinculado às forças do Fatah e à assinatura de um decreto por Abbas no qual desintegra a chamada Força Auxiliar de Segurança, criada pelo governo do Hamas.
O corpo de segurança recebe ordens do ministro do Interior, Salam Sayad, ao contrário dos outras forças oficiais da ANP, dependentes do presidente.
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