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10/01/2007 - 18h11

Israel sugere Estado palestino em 30 meses; palestinos são presos

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da Efe, em
da Folha Online

O ministro da Defesa de Israel, Amir Peretz, líder do Partido Trabalhista, voltou a falar nesta quarta-feira sobre seu novo plano de paz para a questão israelo-palestina para pôr fim ao conflito com os palestinos, que podem obter sua independência nacional dentro de dois anos e meio.

Peretz deu mais detalhes sobre seu plano de paz antecipado ontem e disse, na base militar de Tseelim, que sua proposta descarta os planos do governo do ex-primeiro-ministro Ariel Sharon, de estabelecer "um Estado palestino provisório" em Gaza e áreas da Cisjordânia, com suas futuras fronteiras ainda por negociar.

Essa proposta nunca prosperou e o conflito se intensificou depois que o Hamas [partido político que possui braço armado radical), representado pelo primeiro-ministro Ismail Haniyeh, chegou ao poder em março do ano passado.

Segundo a iniciativa, o plano de paz teria três períodos diferentes que culminariam com a criação do Estado palestino.

Fases

No primeiro momento, a prioridade será o "fortalecimento econômico (nos territórios palestinos) e o surgimento de dirigentes com quem negociar", disse Peretz.

O segundo passo será "determinar os princípios para negociar um tratado definitivo de paz e a transferência de territórios (ocupados da Cisjordânia) da zona B para a zona A", controlada pela Autoridade Nacional Palestina (ANP), segundo o acordo de autonomia de 1995, em troca de desmantelar a infra-estrutura e desarmar a resistência.

Embora o ministro israelense não tenha esclarecido, acredita-se que seu plano prevê negociações com o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, e não com o governo do primeiro-ministro Haniyeh, cujo movimento não reconhece o Estado de Israel.

"A terceira etapa será a aplicação dos princípios estipulados para negociar a paz até o estabelecimento do Estado palestino", disse Peretz, que não se referiu à questão das fronteiras.

Fontes próximas a Peretz supõem que o ministro, disposto a transferir à ANP e a seu presidente Mahmoud Abbas grande parte dos 5.400 quilômetros da Cisjordânia, quer manter os principais e mais povoados assentamentos judaicos sob domínio israelense.

O Exército israelense se retirou em setembro de 2005 da faixa de Gaza, agora sob controle da ANP.

Quarteto

Peretz, cujo plano se inspira no plano do Quarteto [formado por EUA, Rússia, Rússia e União Européia] e em uma iniciativa de paz da Arábia Saudita que data do ano 2002, também não se referiu ao problema dos refugiados palestinos.

Segundo dados da ONU, os refugiados da primeira guerra árabe-israelense de 1948-1949 e os deslocados da guerra de 1967, são aproximadamente 4 milhões e a maioria deles vive em 28 campos em Gaza, na Cisjordânia, no Líbano, na Jordânia e na Síria.

Por enquanto, a posição oficial israelense é de que os refugiados poderão retornar, se desejarem, "ao futuro Estado palestino, e não a suas antigas terras no território de Israel".

Peretz se propõe a apresentar em breve o novo plano de paz a ministros e legisladores do Partido Trabalhista, um dos mais importantes da coalizão do governo de Ehud Olmert, premiê de Israel e líder do Partido Kadima.

O plano de paz do Quarteto, que data de 2003, é um programa de obrigações mútuas para israelenses e palestinos e visava a impulsionar a retomada das negociações de paz estagnadas e a criação de um Estado palestino ao lado do de Israel".

Prisão

Na madrugada desta quarta-feira, forças do Exército israelense detiveram 29 palestinos supostamente procurados pelos órgãos de segurança em diferentes pontos da Cisjordânia.

Entre os detidos estão dois supostos militantes do braço armado do Fatah [que também é um partido político] e 17 do Hamas, todos capturados em Belém.

Outros três membros do Hamas foram detidos nas imediações de Nablus, três supostos ativistas do grupo radical Jihad Islâmico nas imediações de Jenin e dois perto de Jericó, acrescentaram as fontes.

Um membro do Hamas foi detido em Ramallah e outro nas proximidades de Hebron.

Todos estão à disposição dos órgãos de segurança de Israel para interrogatório.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre a criação do Estado palestino
  • Leia o que já foi publicado sobre Amir Peretz
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  • Leia o que já foi publicado sobre o Fatah
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