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15/01/2007
-
08h22
da Efe
O meio-irmão de Saddam Hussein, Barzan al Tikriti, e o chefe da Corte Revolucionária, Awad al-Bandar, foram enforcados nesta segunda-feira, dois meses após suas condenações à pena capital junto com o ex-ditador iraquiano, que morreu na forca em 30 de dezembro.
Saddam esperou dois anos desde que foi detido, em 13 de dezembro de 2003, para ser julgado por um tribunal especial, que, após um longo processo, decidiu por sua morte na forca junto a esses dois de seus principais colaboradores.
Veja cronologia do julgamento de Saddam e de seus ex-colaboradores:
2003
- 13 de dezembro: Saddam Hussein é capturado em uma fazenda nas proximidades de Tikrit, sua cidade natal.
2004
- 1º de janeiro: O Pentágono reconhece Saddam como "prisioneiro de guerra".
- 30 de junho: O Pentágono trespassa sua custódia judicial ao Governo provisório iraquiano.
2005
- 19 de outubro: Começa o primeiro julgamento de Saddam e sete de seus colaboradores pelo massacre de 148 xiitas, em 1982, na localidade de Dujail, após uma suposto tentativa de atentado contra o ditador. A audiência é adiada até 28 de novembro, após a alegação da defesa, que alega não ter conseguido se reunir com os acusados.
- 21 de outubro: Assassinado em Bagdá o advogado de defesa Saadun Ansar Nazif al Yenabi.
- 8 de novembro: Segundo assassinato, em menos de um mês, de um advogado de defesa. A vítima, Adel Mohammed Abbas, defendia o meio-irmão de Saddam, Barzan al Tikriti.
- 28 de novembro: A defesa alega falta de segurança no reatamento do julgamento.
- 7 de dezembro: Saddam Hussein se nega a comparecer à audiência, após qualificar o julgamento de "farsa inventada pelos Estados Unidos".
- 21-22 de dezembro: O ditador comparece ao tribunal para denunciar que foi torturado durante seu cativeiro.
2006
- 24 de janeiro: O juiz Rauf Rashid Abdel Rahman substitui o magistrado Rizgar Mohammed Amin, afastado do julgamento por ser muito condescendente com o ex-ditador
- 2 de fevereiro: Nova sessão, com a ausência de todos os acusados, e nova equipe de defesa, designada pelo magistrado após o boicote da anterior.
- 12 de fevereiro: Saddam inicia uma greve de fome que durará onze dias.
- 27 de fevereiro: A defesa denuncia na sede da ONU, em Genebra, a parcialidade do processo.
- 1º de março: Saddam admite sua responsabilidade nos fatos de Dujail.
- 15 de março: O ex-ditador se proclama presidente do Iraque e pede aos iraquianos que resistam.
- 19 de abril: Peritos caligráficos confirmam a autenticidade da assinatura de Saddam em vários documentos relacionados com as execuções de Dujail.
- 15 de maio: O tribunal acusa formalmente Saddam por crimes contra a humanidade, torturas e detenções em massa.
- 19 de junho: O promotor pede a pena de morte para o deposto presidente e três de seus colaboradores mais próximos.
- 21 de junho: Khamis al Obaidi, um dos advogados de defesa, é assassinado em Bagdá. Este é o terceiro advogado morto durante o processo.
- 7 de julho: Nova greve de fome de Saddam para exigir a proteção da equipe da defesa.
- 23 de julho: Saddam Hussein é hospitalizado após a deterioração de sua saúde.
- 26 de julho: O ex-ditador comparece "obrigado" à sala e pede para ser executado por fuzilamento em vez da forca caso seja condenado à morte.
- 27 de julho: Boicotado pela defesa, o tribunal adia o julgamento de Dujail até 16 de outubro.
- 21 de agosto: Começa o segundo julgamento de Saddam Hussein, relativo à denominada Operação Anfal, lançada em 1987 e 1988 contra a população curda do norte do Iraque. Neste processo, também são julgados seis dos colaboradores do ditador.
- 11 de setembro: Saddam volta a proclamar que é o "presidente legítimo" do país.
- 19 de setembro: O governo do Iraque destitui o presidente do Tribunal que julga o genocídio curdo, que afirmou cinco dias antes que Saddam "não era um ditador". A defesa responde com o boicote indefinido ao processo.
- 19 de setembro: O juiz Mohammed Orebei Khalifa substitui o magistrado destituído.
- 28 de setembro: A defesa pede a intervenção mundial para deter o processo.
- 16 de outubro: Assassinado um irmão do promotor chefe do julgamento.
- 5 de novembro: Saddam é condenado a morrer na forca. O tribunal condena também à morte dois de seus mais próximos colaboradores --seu meio-irmão Barzan al Tikriti e o ex-juiz Awad al Bandar-, assim como a 22 anos de prisão três altos cargos do partido Baath pelo caso Dujail.
O presidente dos EUA, George W. Bush, qualifica a sentença de "importante conquista".
- 7 de novembro: Saddam reaparece tranqüilo ao tribunal que o julga pela Operação Anfal.
- 21 de dezembro: Adiado o julgamento pelo caso Anfal até 8 de janeiro.
- 26 de dezembro: O tribunal de cassação iraquiana ratifica a sentença à morte do deposto presidente para que seja enforcado em menos de 30 dias.
- 30 de dezembro: Saddam Hussein é enforcado.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Saddam Hussein
Leia o que já foi publicado sobre Barzan Ibrahim al Tikriti
Leia o que já foi publicado sobre Awad Ahmed al Bandar
Leia cobertura completa sobre o Iraque sob tutela
Leia a cobertura completa do julgamento de Saddam Hussein
Veja cronologia do julgamento de Saddam no Iraque
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O meio-irmão de Saddam Hussein, Barzan al Tikriti, e o chefe da Corte Revolucionária, Awad al-Bandar, foram enforcados nesta segunda-feira, dois meses após suas condenações à pena capital junto com o ex-ditador iraquiano, que morreu na forca em 30 de dezembro.
Saddam esperou dois anos desde que foi detido, em 13 de dezembro de 2003, para ser julgado por um tribunal especial, que, após um longo processo, decidiu por sua morte na forca junto a esses dois de seus principais colaboradores.
Veja cronologia do julgamento de Saddam e de seus ex-colaboradores:
2003
- 13 de dezembro: Saddam Hussein é capturado em uma fazenda nas proximidades de Tikrit, sua cidade natal.
2004
- 1º de janeiro: O Pentágono reconhece Saddam como "prisioneiro de guerra".
- 30 de junho: O Pentágono trespassa sua custódia judicial ao Governo provisório iraquiano.
2005
- 19 de outubro: Começa o primeiro julgamento de Saddam e sete de seus colaboradores pelo massacre de 148 xiitas, em 1982, na localidade de Dujail, após uma suposto tentativa de atentado contra o ditador. A audiência é adiada até 28 de novembro, após a alegação da defesa, que alega não ter conseguido se reunir com os acusados.
- 21 de outubro: Assassinado em Bagdá o advogado de defesa Saadun Ansar Nazif al Yenabi.
- 8 de novembro: Segundo assassinato, em menos de um mês, de um advogado de defesa. A vítima, Adel Mohammed Abbas, defendia o meio-irmão de Saddam, Barzan al Tikriti.
- 28 de novembro: A defesa alega falta de segurança no reatamento do julgamento.
- 7 de dezembro: Saddam Hussein se nega a comparecer à audiência, após qualificar o julgamento de "farsa inventada pelos Estados Unidos".
- 21-22 de dezembro: O ditador comparece ao tribunal para denunciar que foi torturado durante seu cativeiro.
2006
- 24 de janeiro: O juiz Rauf Rashid Abdel Rahman substitui o magistrado Rizgar Mohammed Amin, afastado do julgamento por ser muito condescendente com o ex-ditador
- 2 de fevereiro: Nova sessão, com a ausência de todos os acusados, e nova equipe de defesa, designada pelo magistrado após o boicote da anterior.
- 12 de fevereiro: Saddam inicia uma greve de fome que durará onze dias.
- 27 de fevereiro: A defesa denuncia na sede da ONU, em Genebra, a parcialidade do processo.
- 1º de março: Saddam admite sua responsabilidade nos fatos de Dujail.
- 15 de março: O ex-ditador se proclama presidente do Iraque e pede aos iraquianos que resistam.
- 19 de abril: Peritos caligráficos confirmam a autenticidade da assinatura de Saddam em vários documentos relacionados com as execuções de Dujail.
- 15 de maio: O tribunal acusa formalmente Saddam por crimes contra a humanidade, torturas e detenções em massa.
- 19 de junho: O promotor pede a pena de morte para o deposto presidente e três de seus colaboradores mais próximos.
- 21 de junho: Khamis al Obaidi, um dos advogados de defesa, é assassinado em Bagdá. Este é o terceiro advogado morto durante o processo.
- 7 de julho: Nova greve de fome de Saddam para exigir a proteção da equipe da defesa.
- 23 de julho: Saddam Hussein é hospitalizado após a deterioração de sua saúde.
- 26 de julho: O ex-ditador comparece "obrigado" à sala e pede para ser executado por fuzilamento em vez da forca caso seja condenado à morte.
- 27 de julho: Boicotado pela defesa, o tribunal adia o julgamento de Dujail até 16 de outubro.
- 21 de agosto: Começa o segundo julgamento de Saddam Hussein, relativo à denominada Operação Anfal, lançada em 1987 e 1988 contra a população curda do norte do Iraque. Neste processo, também são julgados seis dos colaboradores do ditador.
- 11 de setembro: Saddam volta a proclamar que é o "presidente legítimo" do país.
- 19 de setembro: O governo do Iraque destitui o presidente do Tribunal que julga o genocídio curdo, que afirmou cinco dias antes que Saddam "não era um ditador". A defesa responde com o boicote indefinido ao processo.
- 19 de setembro: O juiz Mohammed Orebei Khalifa substitui o magistrado destituído.
- 28 de setembro: A defesa pede a intervenção mundial para deter o processo.
- 16 de outubro: Assassinado um irmão do promotor chefe do julgamento.
- 5 de novembro: Saddam é condenado a morrer na forca. O tribunal condena também à morte dois de seus mais próximos colaboradores --seu meio-irmão Barzan al Tikriti e o ex-juiz Awad al Bandar-, assim como a 22 anos de prisão três altos cargos do partido Baath pelo caso Dujail.
O presidente dos EUA, George W. Bush, qualifica a sentença de "importante conquista".
- 7 de novembro: Saddam reaparece tranqüilo ao tribunal que o julga pela Operação Anfal.
- 21 de dezembro: Adiado o julgamento pelo caso Anfal até 8 de janeiro.
- 26 de dezembro: O tribunal de cassação iraquiana ratifica a sentença à morte do deposto presidente para que seja enforcado em menos de 30 dias.
- 30 de dezembro: Saddam Hussein é enforcado.
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