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15/01/2007
-
15h15
da Folha Online
Um vídeo oficial da execução de dois ex-assessores de Saddam Hussein, exibido pelo governo iraquiano a jornalistas nesta segunda-feira, mostra o meio-irmão de Saddam, Barzan Ibrahim al Tikriti, sendo decapitado durante a morte na forca--incidente raro durante execuções deste tipo.
A gravação mostra Al Tikriti na forca ao lado de Awad Hamed al Bandar, ex-chefe da Corte Revolucionária. Ambos vestiam uniformes vermelhos. Cinco homens mascarados os cercavam.
Ambos foram enforcados simultaneamente, às 3h (22h de ontem de Brasília), no mesmo local da morte de Saddam em 30 de dezembro, um quartel militar em Jadimiya, bairro xiita de Bagdá.
Al Bandar pode ser visto pendurado na forca. O corpo de Al Tikriti aparece caído no chão, enquanto sua cabeça foi atirada a vários metros de distância.
Segundo o porta-voz do governo iraquiano, Ali al Dabbagh, o procedimento seguiu o padrão exigido pelas organizações de direitos humanos. O vídeo não será exibido publicamente.
"Não divulgaremos a gravação, mas queremos mostrar a verdade", afirmou. "O governo iraquiano agiu de maneira neutra".
Segundo Al Dabbagh, as execuções dos dois ex-assessores de Saddam ocorreram "de acordo com a constituição e a lei iraquiana". Foi pedido aos presentes que "respeitassem as regras da aplicação da condenação e a disciplina" e eles foram obrigados a assinar compromissos que garantiam que não haveria "palavras de ordem, insultos ou violações da lei", segundo ele.
Saddam foi condenado à morte ao lado de Al Tikriti e Al Bandar em 5 de novembro de 2006, pelo massacre de 148 xiitas na aldeia de Dujail, ao norte de Bagdá. A ação --um fuzilamento em massa ocorrido em 1982-- teria sido uma represália do governo iraquiano contra uma tentativa frustrada de assassinato do ditador.
EUA
As novas execuções foram saudadas pelo governo norte-americano como uma "aplicação da justiça", segundo o porta-voz adjunto da Casa Branca Scott Stanzel.
"O Iraque é um governo soberano que aplica seu sistema judicial contra os culpados de crimes brutais contra a humanidade", afirmou.
Em visita ao Oriente Médio, a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, afirmou que a execução de Saddam deveria ter sido conduzida "com dignidade", e que espera que os responsáveis pelas ofensas sofridas pelo ditador "sejam punidos".
"Sem dúvida [a execução] deveria ter sido realizada com dignidade, e espero que os responsáveis sejam punidos", disse Rice.
Segundo a secretária de Estado, a decisão de executar Saddam e seus dois ex-colaboradores foi tomada "de acordo com o processo judicial e com a lei iraquiana".
A execução de Saddam recebeu duras críticas de outros países, especialmente depois que um vídeo pirata divulgado na internet mostrou o ditador sunita sendo xingado em seus momentos finais, já com a corda no pescoço. O premiê iraquiano, Nouri al Maliki, ordenou que o Ministério do Interior investigue a gravação clandestina, e prendeu pessoas suspeitas de a realizarem.
Especial
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Iraque executa ex-assessores de Saddam; vídeo registra mortes
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Um vídeo oficial da execução de dois ex-assessores de Saddam Hussein, exibido pelo governo iraquiano a jornalistas nesta segunda-feira, mostra o meio-irmão de Saddam, Barzan Ibrahim al Tikriti, sendo decapitado durante a morte na forca--incidente raro durante execuções deste tipo.
A gravação mostra Al Tikriti na forca ao lado de Awad Hamed al Bandar, ex-chefe da Corte Revolucionária. Ambos vestiam uniformes vermelhos. Cinco homens mascarados os cercavam.
Ambos foram enforcados simultaneamente, às 3h (22h de ontem de Brasília), no mesmo local da morte de Saddam em 30 de dezembro, um quartel militar em Jadimiya, bairro xiita de Bagdá.
12.jun.2006/EFE |
Awad al Bandar (à esq.) e Barzan al Tikriti durante audiência de julgamento no Iraque |
Segundo o porta-voz do governo iraquiano, Ali al Dabbagh, o procedimento seguiu o padrão exigido pelas organizações de direitos humanos. O vídeo não será exibido publicamente.
"Não divulgaremos a gravação, mas queremos mostrar a verdade", afirmou. "O governo iraquiano agiu de maneira neutra".
Segundo Al Dabbagh, as execuções dos dois ex-assessores de Saddam ocorreram "de acordo com a constituição e a lei iraquiana". Foi pedido aos presentes que "respeitassem as regras da aplicação da condenação e a disciplina" e eles foram obrigados a assinar compromissos que garantiam que não haveria "palavras de ordem, insultos ou violações da lei", segundo ele.
Saddam foi condenado à morte ao lado de Al Tikriti e Al Bandar em 5 de novembro de 2006, pelo massacre de 148 xiitas na aldeia de Dujail, ao norte de Bagdá. A ação --um fuzilamento em massa ocorrido em 1982-- teria sido uma represália do governo iraquiano contra uma tentativa frustrada de assassinato do ditador.
EUA
As novas execuções foram saudadas pelo governo norte-americano como uma "aplicação da justiça", segundo o porta-voz adjunto da Casa Branca Scott Stanzel.
"O Iraque é um governo soberano que aplica seu sistema judicial contra os culpados de crimes brutais contra a humanidade", afirmou.
Em visita ao Oriente Médio, a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, afirmou que a execução de Saddam deveria ter sido conduzida "com dignidade", e que espera que os responsáveis pelas ofensas sofridas pelo ditador "sejam punidos".
"Sem dúvida [a execução] deveria ter sido realizada com dignidade, e espero que os responsáveis sejam punidos", disse Rice.
Segundo a secretária de Estado, a decisão de executar Saddam e seus dois ex-colaboradores foi tomada "de acordo com o processo judicial e com a lei iraquiana".
A execução de Saddam recebeu duras críticas de outros países, especialmente depois que um vídeo pirata divulgado na internet mostrou o ditador sunita sendo xingado em seus momentos finais, já com a corda no pescoço. O premiê iraquiano, Nouri al Maliki, ordenou que o Ministério do Interior investigue a gravação clandestina, e prendeu pessoas suspeitas de a realizarem.
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