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17/01/2007
-
09h00
da Folha Online
O secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, afirmou nesta quarta-feira que os comandantes americanos no Afeganistão recomendaram o envio de mais soldados ao país, como parte dos esforços para combater ataques da milícia rebelde Taleban.
A possibilidade de mandar mais soldados ao Afeganistão ocorre ao mesmo tempo em que o presidente americano, George W. Bush, anunciou o envio de 21.500 soldados adicionais ao Iraque, causando questionamentos a respeito da habilidade americana em lidar com o conflito.
Atualmente, 24 mil soldados dos EUA estão em serviço no Afeganistão --o número mais alto desde o início da guerra, em outubro de 2001. Os EUA também contam com mais 31 mil homens da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) --dos quais 11 mil são americanos.
Para Gates, ao recente crescimento de ataques de Talebans contra forças americanas e aliadas, exige que os EUA "tomem uma atitude" para impedir que a milícia se reorganize.
O general Peter Pace, líder da cúpula das Forças Armadas americanas, não mencionou diretamente um aumento das tropas, mas disse que um "reforço" é necessário a curto prazo.
De acordo com Gates, a proposta seria analisada primeiramente pelo cúpula das Forças Armadas, que decidirão o que deve ser recomendado ao presidente George W. Bush.
Fronteira
Segundo o secretário, uma rota próxima da fronteira do Afeganistão com o Paquistão tornou-se um caminho para a infiltração de membros do Taleban.
"A região da fronteira é um problema", disse Gates nesta terça-feira após reunir-se com o presidente afegão, Hamid Karzai. "Há mais ataques vindo pela fronteira, há células da Al Qaeda operando do lado paquistanês. E essas são questões que dizem respeito ao Paquistão", disse.
Segundo ele, o governo de Bush considera o Paquistão um "aliado importante" na luta global contra o terrorismo. No entanto, autoridades militares dos EUA afirmam ter provas de que o Paquistão "fechou os olhos" para essa movimentação na fronteira com o Afeganistão.
Segundo os EUA, foi isso que permitiu com que o Taleban ampliasse os ataques contra alvos americanos, da Otan e do Exército afegão, principalmente no leste e no sul do país.
O número de ações insurgentes subiu mais de 300% desde setembro de 2006, quando o governo paquistanês fez um acordo de paz com líderes tribais do Waziristão (norte), ao longo da fronteira leste do Afeganistão, segundo dados militares dos EUA.
Prisões
Nesta quarta-feira, a Otan anunciou em um comunicado a prisão de um importante líder Taleban no distrito de Gereshk, na Província de Helmand. A identidade do preso não foi divulgada.
Segundo a Otan, ele seria o líder dos insurgentes no distrito de Panjwayi, da Província vizinha de Candahar, onde a Otan realizou recentemente a maior ofensiva terrestre de sua história.
A prisão ocorre um dia depois que soldados afegãos prenderam Mohammad Hanif, suposto porta-voz Taleban, perto da fronteira com o Paquistão.
Durante o ano passado, a milícia rebelde realizou um número recorde de ataques, matando cerca de 4.000 pessoas, segundo dados da Otan.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Afeganistão
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Após reforço no Iraque, EUA querem mais tropas no Afeganistão
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O secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, afirmou nesta quarta-feira que os comandantes americanos no Afeganistão recomendaram o envio de mais soldados ao país, como parte dos esforços para combater ataques da milícia rebelde Taleban.
A possibilidade de mandar mais soldados ao Afeganistão ocorre ao mesmo tempo em que o presidente americano, George W. Bush, anunciou o envio de 21.500 soldados adicionais ao Iraque, causando questionamentos a respeito da habilidade americana em lidar com o conflito.
Atualmente, 24 mil soldados dos EUA estão em serviço no Afeganistão --o número mais alto desde o início da guerra, em outubro de 2001. Os EUA também contam com mais 31 mil homens da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) --dos quais 11 mil são americanos.
Para Gates, ao recente crescimento de ataques de Talebans contra forças americanas e aliadas, exige que os EUA "tomem uma atitude" para impedir que a milícia se reorganize.
O general Peter Pace, líder da cúpula das Forças Armadas americanas, não mencionou diretamente um aumento das tropas, mas disse que um "reforço" é necessário a curto prazo.
De acordo com Gates, a proposta seria analisada primeiramente pelo cúpula das Forças Armadas, que decidirão o que deve ser recomendado ao presidente George W. Bush.
Fronteira
Segundo o secretário, uma rota próxima da fronteira do Afeganistão com o Paquistão tornou-se um caminho para a infiltração de membros do Taleban.
"A região da fronteira é um problema", disse Gates nesta terça-feira após reunir-se com o presidente afegão, Hamid Karzai. "Há mais ataques vindo pela fronteira, há células da Al Qaeda operando do lado paquistanês. E essas são questões que dizem respeito ao Paquistão", disse.
Segundo ele, o governo de Bush considera o Paquistão um "aliado importante" na luta global contra o terrorismo. No entanto, autoridades militares dos EUA afirmam ter provas de que o Paquistão "fechou os olhos" para essa movimentação na fronteira com o Afeganistão.
Segundo os EUA, foi isso que permitiu com que o Taleban ampliasse os ataques contra alvos americanos, da Otan e do Exército afegão, principalmente no leste e no sul do país.
O número de ações insurgentes subiu mais de 300% desde setembro de 2006, quando o governo paquistanês fez um acordo de paz com líderes tribais do Waziristão (norte), ao longo da fronteira leste do Afeganistão, segundo dados militares dos EUA.
Prisões
Nesta quarta-feira, a Otan anunciou em um comunicado a prisão de um importante líder Taleban no distrito de Gereshk, na Província de Helmand. A identidade do preso não foi divulgada.
Segundo a Otan, ele seria o líder dos insurgentes no distrito de Panjwayi, da Província vizinha de Candahar, onde a Otan realizou recentemente a maior ofensiva terrestre de sua história.
A prisão ocorre um dia depois que soldados afegãos prenderam Mohammad Hanif, suposto porta-voz Taleban, perto da fronteira com o Paquistão.
Durante o ano passado, a milícia rebelde realizou um número recorde de ataques, matando cerca de 4.000 pessoas, segundo dados da Otan.
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