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19/01/2007
-
08h45
da Folha Online
Israel confirmou nesta sexta-feira a transferência de US$ 100 milhões recolhidos em impostos para o governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP), informou o jornal israelense "Haaretz", que cita o escritório do premiê, Ehud Olmert.
"O dinheiro foi transferido", disse um porta-voz, que falou ao "Haaretz" em condição de anonimato. "Os fundos são referentes aos impostos arrecadados que são repassados à ANP, o que está previsto nos acordos de paz".
A transferência, realizada na noite de ontem, é o primeiro pagamento de Israel à ANP desde que o grupo extremista Hamas assumiu o controle do Parlamento palestino, em março de 2006.
Após a vitória do Hamas, o governo de Olmert decidiu suspender as transferências de recursos, estimados em US$ 50 milhões por mês.
Segundo o escritório de Olmert, a quantia será enviada diretamente ao presidente da ANP, Mahmoud Abbas, para ser empregada em ajuda humanitária e para reforçar as forças de segurança leais ao Fatah.
De acordo com Saeb Erekat, assessor de Abbas, os recursos serão encaminhados para projetos humanitários e para o setor privado. Ele não confirmou se os fundos serão utilizados também para implementar as tropas de segurança leais a Abbas.
Israel, os Estados Unidos e a União Européia (UE) consideram o Hamas um grupo terrorista, e exigem que o grupo reconheça Israel, abandone as armas e respeite os acordos de paz.
Boicote
O Hamas obteve o controle do governo após alcançar a maioria no Parlamento nas eleições de 25 de janeiro. Desde então, a União Européia (UE) e os EUA impuseram um boicote econômico ao governo palestino, por temer que recursos fossem desviados para ações terroristas.
Com o corte de fundos vindos do Ocidente e de Israel, o governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP) ficou impossibilitado de pagar os salários de cerca de 165 mil funcionários, gerando ondas de greves e protestos.
A crise financeira veio acompanhada por uma crise interna pela disputa entre Hamas e Fatah pelo controle do governo, que resultou em freqüentes confrontos armados nas ruas de Gaza.
A violência entre os dois grupos políticos se agravou no último mês devido a um anúncio de Abbas, de que convocará eleições antecipadas se o Hamas não aceitar a formação de um governo de união nacional.
Abbas defende a paz e o diálogo com Israel, enquanto o Hamas rejeita a existência do Estado judeu. O presidente da ANP tentou unir as duas facções em um governo moderado de coalizão, mas as negociações em torno do assunto fracassaram em novembro último.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Israel
Leia o que já foi publicado sobre o Hamas
Leia o que já foi publicado sobre o Fatah
Leia o que já foi publicado sobre Mahmoud Abbas
Leia o que já foi publicado sobre a crise no governo palestino
Israel confirma envio de US$ 100 milhões a governo palestino
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Israel confirmou nesta sexta-feira a transferência de US$ 100 milhões recolhidos em impostos para o governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP), informou o jornal israelense "Haaretz", que cita o escritório do premiê, Ehud Olmert.
"O dinheiro foi transferido", disse um porta-voz, que falou ao "Haaretz" em condição de anonimato. "Os fundos são referentes aos impostos arrecadados que são repassados à ANP, o que está previsto nos acordos de paz".
A transferência, realizada na noite de ontem, é o primeiro pagamento de Israel à ANP desde que o grupo extremista Hamas assumiu o controle do Parlamento palestino, em março de 2006.
Após a vitória do Hamas, o governo de Olmert decidiu suspender as transferências de recursos, estimados em US$ 50 milhões por mês.
Segundo o escritório de Olmert, a quantia será enviada diretamente ao presidente da ANP, Mahmoud Abbas, para ser empregada em ajuda humanitária e para reforçar as forças de segurança leais ao Fatah.
De acordo com Saeb Erekat, assessor de Abbas, os recursos serão encaminhados para projetos humanitários e para o setor privado. Ele não confirmou se os fundos serão utilizados também para implementar as tropas de segurança leais a Abbas.
Israel, os Estados Unidos e a União Européia (UE) consideram o Hamas um grupo terrorista, e exigem que o grupo reconheça Israel, abandone as armas e respeite os acordos de paz.
Boicote
O Hamas obteve o controle do governo após alcançar a maioria no Parlamento nas eleições de 25 de janeiro. Desde então, a União Européia (UE) e os EUA impuseram um boicote econômico ao governo palestino, por temer que recursos fossem desviados para ações terroristas.
Com o corte de fundos vindos do Ocidente e de Israel, o governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP) ficou impossibilitado de pagar os salários de cerca de 165 mil funcionários, gerando ondas de greves e protestos.
A crise financeira veio acompanhada por uma crise interna pela disputa entre Hamas e Fatah pelo controle do governo, que resultou em freqüentes confrontos armados nas ruas de Gaza.
A violência entre os dois grupos políticos se agravou no último mês devido a um anúncio de Abbas, de que convocará eleições antecipadas se o Hamas não aceitar a formação de um governo de união nacional.
Abbas defende a paz e o diálogo com Israel, enquanto o Hamas rejeita a existência do Estado judeu. O presidente da ANP tentou unir as duas facções em um governo moderado de coalizão, mas as negociações em torno do assunto fracassaram em novembro último.
Especial
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