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19/01/2007 - 09h45

Milhões de fiéis hindus realizam ritual sagrado no rio Ganges

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da Folha Online

Milhões de hindus se reuniram na região do rio Ganges nesta sexta-feira para a festa de Kumbh Mela [Festa do Grande Jarro], um dos principais eventos religiosos da Índia.

Na celebração, que ocorre a cada 12 anos, milhões de devotos hindus se banham nas águas dos rios sagrados Ganges, Yamuna e Sarasvati , em uma tradição ancestral para se libertar do ciclo das reencarnações e se purificar de seus pecados.

Perto de 70 milhões de hindus devem comparecer durante toda a festa, realizada na cidade de Allahabad, no norte da Índia, onde os rios Yamuna e Ganges se encontram com o rio Sarasvati.

Rajesh Kumar Singh/AP
Fiéis hindus se banham nas águas rio Ganges durante cerimônia sagrada do Kumbh Mela
Fiéis hindus se banham nas águas rio Ganges durante cerimônia sagrada do Kumbh Mela
De acordo com a mitologia hindu, deuses e demônios travaram um combate na região para se apropriar do "kumbh" [jarro] que contém o néctar da imortalidade.

O deus hindu Vishnu se apoderou do recipiente, mas, em sua fuga, quatro gotas do ambicionado líquido, caíram sobre a Terra: em Prayag (Allahabad), Haridwar, Nasik e Ujjain, transformadas em cidades santas.

O triunfo dos deuses no combate, que lhes permitiu beber do néctar, é uma das cenas mais ilustradas na mitologia hindu.

Segundo os organizadores do festival, que dura 45 dias, mais de 10 milhões de pessoas já se banharam nas águas dos rios na festividade. "Cerca de 10 milhões de fiéis já mergulharam", disse o organizador P. N. Mishra. "Mais pessoas ainda virão", afirmou.

A maior parte dos peregrinos deve vir de várias partes da Índia, mas deve haver também a presença de hindus estrangeiros e de turistas.

Para muitos devotos, a experiência é um evento místico e único. "É algo eterno, tive uma visão do sagrado e agora posso morrer em paz", disse Kusumlata Tomar, do Estado vizinho de Bihar.

Uma multidão de peregrinos seguiu em fila para as águas para purificar suas almas.

Muitos carregavam pequenos jarros para levarem um pouco das águas sagradas para casa.

"É uma benção. Os pecados do meu corpo foram lavados", disse Manish Chandel, que estava apenas de calção e tremia de frio devido às baixas temperaturas do inverno indiano.

Especial
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