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21/01/2007 - 22h08

Ultranacionalistas reconhecem derrota na disputa pelo governo da Sérvia

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da Efe, em Belgrado

O líder do Partido Radical Sérvio (SRS), Tomislav Nikolic, reconheceu que seu partido ultranacionalista não conseguirá formar o futuro governo da Sérvia, apesar da vantagem obtida nos primeiros resultados e projeções após o fim da votação nas eleições parlamentares de hoje.

"Nós não teremos a oportunidade de formar o governo", disse Nikolic na sede de seu partido, pouco depois da divulgação dos primeiros resultados, que dão ao SRS quase 29% dos votos.

"Não temos parceiros para uma coalizão, não apoiaremos nenhum governo nem pediremos apoio para um governo minoritário", disse o líder do SRS, que também venceu nas legislativas de 2003, mas não conseguiu formar o Executivo por falta de aliados.

Considerou que nestas eleições "os cidadãos disseram que desejam mudanças", e pediu que a população tenha "um pouco mais de paciência" porque "falta pouco para que o SRS forme o governo, e isso, seguramente, acontecerá nas próximas eleições".

Nikolic afirmou que os partidos reformistas pró-europeus agora sentem "pânico" --porque o partido ultranacionalista deu a eles "a difícil tarefa de tentar enganar novamente os cidadãos e formar alguma espécie de governo".

Segundo as projeções, os reformistas Partido Democrático (DS), do presidente Boris Tadic, e o Partido Democrático da Sérvia (DSS), do primeiro-ministro em fim de mandato, Vojislav Kostunica, obtiveram 23% e 17% dos votos, respectivamente --e poderiam formar o governo com a pequena formação G-17 Adicional (6,8%).

Estes partidos eram os três pilares de uma ampla coalizão pró-européia que, em 2000, desbancou o regime autoritário de Slobodan Milosevic. No entanto, após a derrocada de Milosevic, o DS e o DSS se tornaram adversários.

O G17 Adicional, um partido de economistas, participou dos dois governos dirigidos, respectivamente, pelo DS e o DSS nos últimos seis anos de transição democrática.

Analistas locais esperam que o DS, o DSS e o G17 Adicional consigam formar o novo Executivo, talvez junto com os partidos das minorias, embora acreditem que as negociações sobre essa possível coalizão serão "difíceis".

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