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29/01/2007 - 14h42

Israel pode ter violado acordo de armas com os EUA no Líbano

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da Folha Online

Os EUA suspeitam que Israel tenha violado acordos de exportação de armas americanas por ter utilizado bombas de fragmentação fornecidas pelos EUA no ano passado no conflito com o grupo xiita Hizbollah sul do Líbano, informou nesta segunda-feira o Departamento de Estado.

De acordo com o porta-voz Sean McCormack, um relatório preliminar foi enviado ao Congresso dos EUA para ser analisado. Cabe ao Congresso decidir se a denúncia será ou não investigada a fundo. McCormack não forneceu detalhes da investigação.

De acordo com a ONU, tropas israelenses utilizaram armas de fragmentação no conflito no Líbano, que durou 34 dias, deixou mais de 1.200 mortos [a maioria civis libaneses], cidades libanesas inteiras destruídas, sem água, luz e telefone.

Quando Israel adquire armas e explosivos dos EUA, precisa se comprometer a usar os equipamentos letais de forma restrita.

De acordo com a ONU, não é ilegal utilizar armas de fragmentação contra soldados ou combatentes inimigos, mas a Convenção de Genebra bane o uso de tais bombas.

Segundo o porta-voz do Departamento de Estado, o relatório não é um "julgamento final" e autoridades israelenses vêm cooperando em fornecer informações sobre as denúncias.

A ONU, ao lado de organizações de direitos humanos, diz ter evidências de que Israel utilizou três tipos de bombas de fragmentação durante o conflito com o Hizbollah. Segundo a ONU, centenas de vestígios de explosivos deste tipo foram encontrados em 250 locais do Líbano.

Além de importar dos EUA, Israel também fabrica suas próprias bombas de fragmentação.

Proibição

Em 1982, durante o governo de Ronald Reagan (1981-89), a venda de armas americanas de fragmentação para Israel foi banida após uma investigação do Congresso que apontou o mau uso das bombas durante a guerra entre Israel e o Líbano, que durou um ano.

O Exército israelense alega que o uso de tais armas é "permitido pelas leis internacionais".

Bombas de fragmentação são usadas, em geral, contra tanques de guerra. Durante o conflito no Líbano, as armas foram lançadas contra áreas urbanas ou rurais onde membros do Hizbollah supostamente se escondiam. Muitas delas não chegaram a explodir ao cair no solo.

Israel alega ter sido forçado a atingir alvos civis no Líbano porque membros o Hizbollah utilizavam vilas como base de lançamento de foguetes que alvejavam Israel.

A administração de Bush alertou Israel contra as mortes de civis na fronteira com o Líbano, mas evitou tecer críticas diretas às táticas utilizadas pelo Exército israelense.

Especial
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