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29/01/2007
-
17h05
da Folha Online
O Ministro da Defesa de Israel, Amir Peretz, ordenou nesta segunda-feira o aumento das operações de contraterrorismo do país em resposta ao atentado suicida que matou três pessoas na cidade de Eilat hoje. A informação é da rádio pública israelense, segundo a qual Peretz deu a ordem após se reunir com oficiais da Defesa e com o líder das Forças Armadas do país, Dan Halutz.
O jornal israelense "Haaretz" informou que, segundo um alto oficial do Ministério da Defesa de Israel, o autor do atentado entrou em Eilat através da fronteira com o Egito. O oficial afirmou ainda que suicida --identificado como Mohammed al Saqsaq, 21-- chegou a Israel há vários dias e teria cruzado a fronteira a pé.
Já o Jihad Islâmico, um dos grupos terroristas que reivindicou a autoria do atentado, disse que Saqsaq saiu da Cisjordânia e chegou a Eilat através da Jordânia, após meses de preparação. A Jordânia nega. Eilat, que fica a 350 km de Jerusalém, tem fronteiras próximas ao Egito e à Jordânia.
Amir Peretz afirmou que, apesar de intensificar suas ações de contraterrorismo, fará todo o possível para preservar o cessar-fogo com a faixa de Gaza declarado há meses. Ele afirmou, no entanto, que não permitirá ataques contra israelenses. "Falei com o premiê [Ehud Olmert] e decidimos agir imediatamente", disse o ministro.
Eilat continua em alerta máximo após o atentado, e os serviços de emergência locais temem que outros terroristas ainda estejam no território preparando mais ações.
Ataque
O atentado em Eilat foi perpetrado com a explosão de bombas em uma padaria. Foi a primeira ação suicida contra Israel desde abril do ano passado, quando um terrorista se explodiu na antiga estação central de ônibus de Tel Aviv, matando oito pessoas.
O "Haaretz" informou que Saqsaq pegou uma carona até Eilat após entrar em Israel. O motorista que o levou até o local disse que não sabia que levava um terrorista.
Aparentemente, Saqsaq não tinha a intenção de se explodir junto com suas vítimas, mas um civil que o considerou suspeito chamou a polícia e ele acabou detonando a bomba quando os oficiais chegaram.
Olmert afirmou que os três civis mortos no atentado eram israelenses. Ele expressou a preocupação de que o atentado espantasse os cerca de 180 mil turistas que visitam anualmente Eilat --um resort próximo ao mar Vermelho.
Além do Jihad Islâmica, o grupo extremista Brigadas dos Mártires de al Aqsa --grupo armado ligado ao partido Fatah, do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas-- e um terceiro grupo auto-intitulado Exército dos Fiéis, previamente desconhecido, reivindicaram a autoria do atentado suicida.
"A ação foi uma clara mensagem aos inimigos dos palestinos. É preciso dar fim à ocupação e à violência que machuca o povo palestino", disse o Jihad Islâmico em um site na internet.
O grupo disse que Saqsaq vivia na Cidade de Gaza. Segundo o site palestino Ramattan, a família de Saqsaq disse que ele saiu de casa há três dias e não retornou.
Reações
Após o atentado, Fawzi Barhoum, um porta-voz do Hamas --grupo extremista que controla o Parlamento palestino-- afirmou que a ação é uma 'resposta natural' às políticas de Israel na faixa de Gaza e na Cisjordânia. 'Enquanto houver ocupação, a resistência é legítima', afirmou.
O porta-voz do Fatah, Ahmad Abdul Rahman, condenou o ataque. Somos contra qualquer operação que alveje civis, sejam eles israelenses ou palestinos'.
Nos Estados Unidos, a Casa Branca emitiu um comunicado condenando "grupos terroristas palestinos, incluindo o Hamas, que aceitam estes atos bárbaros". O grupo islâmico Hamas lidera o Parlamento palestino.
O comunicado informou ainda que "o fracasso da ANP em agir contra o terror vai inevitavelmente afetar as relações entre o governo e a comunidade internacional, dificultando o desejo dos palestinos de constituírem um Estado próprio".
Explosão
Segundo a polícia, a bomba utilizada no atentado pesava entre 4 quilos e 8 quilos. "Foi um ataque suicida, aparentemente o agressor entrou com uma sacola ou um cinto de explosivos, e os detonou dentro da loja", disse um policial de Eilat à rádio militar israelense.
Pedaços de vidro e pães cobriram o chão da padaria enquanto ambulâncias chegavam ao local para socorrer os feridos. Testemunhas relataram ter visto pedaços de corpos sobre o solo.
De acordo com testemunhas, o suicida trajava um longo casaco de inverno em um dia ensolarado no momento do ataque. "Estava muito quente, ele usava um casaco e não me olhou diretamente nos olhos. Eu estranhei que ele estivesse com roupas de inverno. Poucos instantes depois, ouvi uma forte explosão", relatou Benny Mazgini, 45, à rádio de Israel.
Segundo o prefeito de Eilat, Meir Yitzhak Halevi, as vítimas do ataque são moradores locais, e não turistas. Segundo ele, a cidade não esperava a ocorrência de um ataque deste tipo.
Israel anuncia reforço de ações antiterror após suicida matar 3
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O Ministro da Defesa de Israel, Amir Peretz, ordenou nesta segunda-feira o aumento das operações de contraterrorismo do país em resposta ao atentado suicida que matou três pessoas na cidade de Eilat hoje. A informação é da rádio pública israelense, segundo a qual Peretz deu a ordem após se reunir com oficiais da Defesa e com o líder das Forças Armadas do país, Dan Halutz.
O jornal israelense "Haaretz" informou que, segundo um alto oficial do Ministério da Defesa de Israel, o autor do atentado entrou em Eilat através da fronteira com o Egito. O oficial afirmou ainda que suicida --identificado como Mohammed al Saqsaq, 21-- chegou a Israel há vários dias e teria cruzado a fronteira a pé.
Reuters |
Siksik, 21, identificado como o suicida que matou três em Eilat |
Amir Peretz afirmou que, apesar de intensificar suas ações de contraterrorismo, fará todo o possível para preservar o cessar-fogo com a faixa de Gaza declarado há meses. Ele afirmou, no entanto, que não permitirá ataques contra israelenses. "Falei com o premiê [Ehud Olmert] e decidimos agir imediatamente", disse o ministro.
Eilat continua em alerta máximo após o atentado, e os serviços de emergência locais temem que outros terroristas ainda estejam no território preparando mais ações.
Ataque
O atentado em Eilat foi perpetrado com a explosão de bombas em uma padaria. Foi a primeira ação suicida contra Israel desde abril do ano passado, quando um terrorista se explodiu na antiga estação central de ônibus de Tel Aviv, matando oito pessoas.
O "Haaretz" informou que Saqsaq pegou uma carona até Eilat após entrar em Israel. O motorista que o levou até o local disse que não sabia que levava um terrorista.
Aparentemente, Saqsaq não tinha a intenção de se explodir junto com suas vítimas, mas um civil que o considerou suspeito chamou a polícia e ele acabou detonando a bomba quando os oficiais chegaram.
Olmert afirmou que os três civis mortos no atentado eram israelenses. Ele expressou a preocupação de que o atentado espantasse os cerca de 180 mil turistas que visitam anualmente Eilat --um resort próximo ao mar Vermelho.
Além do Jihad Islâmica, o grupo extremista Brigadas dos Mártires de al Aqsa --grupo armado ligado ao partido Fatah, do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas-- e um terceiro grupo auto-intitulado Exército dos Fiéis, previamente desconhecido, reivindicaram a autoria do atentado suicida.
"A ação foi uma clara mensagem aos inimigos dos palestinos. É preciso dar fim à ocupação e à violência que machuca o povo palestino", disse o Jihad Islâmico em um site na internet.
O grupo disse que Saqsaq vivia na Cidade de Gaza. Segundo o site palestino Ramattan, a família de Saqsaq disse que ele saiu de casa há três dias e não retornou.
Reações
Após o atentado, Fawzi Barhoum, um porta-voz do Hamas --grupo extremista que controla o Parlamento palestino-- afirmou que a ação é uma 'resposta natural' às políticas de Israel na faixa de Gaza e na Cisjordânia. 'Enquanto houver ocupação, a resistência é legítima', afirmou.
O porta-voz do Fatah, Ahmad Abdul Rahman, condenou o ataque. Somos contra qualquer operação que alveje civis, sejam eles israelenses ou palestinos'.
Nos Estados Unidos, a Casa Branca emitiu um comunicado condenando "grupos terroristas palestinos, incluindo o Hamas, que aceitam estes atos bárbaros". O grupo islâmico Hamas lidera o Parlamento palestino.
O comunicado informou ainda que "o fracasso da ANP em agir contra o terror vai inevitavelmente afetar as relações entre o governo e a comunidade internacional, dificultando o desejo dos palestinos de constituírem um Estado próprio".
Explosão
Segundo a polícia, a bomba utilizada no atentado pesava entre 4 quilos e 8 quilos. "Foi um ataque suicida, aparentemente o agressor entrou com uma sacola ou um cinto de explosivos, e os detonou dentro da loja", disse um policial de Eilat à rádio militar israelense.
Pedaços de vidro e pães cobriram o chão da padaria enquanto ambulâncias chegavam ao local para socorrer os feridos. Testemunhas relataram ter visto pedaços de corpos sobre o solo.
De acordo com testemunhas, o suicida trajava um longo casaco de inverno em um dia ensolarado no momento do ataque. "Estava muito quente, ele usava um casaco e não me olhou diretamente nos olhos. Eu estranhei que ele estivesse com roupas de inverno. Poucos instantes depois, ouvi uma forte explosão", relatou Benny Mazgini, 45, à rádio de Israel.
Segundo o prefeito de Eilat, Meir Yitzhak Halevi, as vítimas do ataque são moradores locais, e não turistas. Segundo ele, a cidade não esperava a ocorrência de um ataque deste tipo.
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