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30/01/2007
-
11h06
da Folha Online
O filho do líder da Líbia, Muammar Kadafi, negou em entrevista publicada em um jornal da Bulgária nesta segunda-feira que as cinco enfermeiras búlgaras e um médico palestino condenados à morte em 19 de dezembro serão executados por seu país.
Uma corte líbia sentenciou os seis réus por infectar intencionalmente centenas de crianças com o vírus HIV, em um caso que teve início em 1999 e causou apreensão no mundo todo.
Na entrevista, Saif al Islam, afirmou que uma outra solução será proposta para satisfazer os réus e as famílias das crianças infectadas, sem fornecer detalhes. "Não haverá execuções", afirmou ele. "Espero que haja um final feliz, meu pai é contra execuções", acrescentou.
Segundo Islam, o caso "tomou o rumo errado" desde o começo. "Houve muitas manipulações nos documentos, muitos erros", afirmou, dizendo que o caso já foi discutido com países como a França e a Alemanha. "É por isso que pretendemos assumir um compromisso".
A Bulgária e seus aliados alegam que tanto as evidências científicas quanto os relatos de testemunhas apontam que os seis réus são inocentes. No entanto, a Líbia vem desafiando a pressão internacional, dizendo que outros países não podem interferir em questões judiciais.
Em Washington, o porta-voz do Departamento de Estado, Sean McCormack, repetiu o apelo ao governo líbio para que o grupo seja liberado e possa voltar para casa.
Estudiossos do vírus HIV atestam que a epidemia se alastrou pelo país muito antes de as enfermeiras búlgaras e o médico palestino chegarem à Líbia.
Caso
A Justiça da Líbia condenou os seis réus à morte por considerá-los culpados de infectar mais de 400 crianças em um hospital de Benghazi, no leste do país, com HIV na década de 90.
As cinco enfermeiras búlgaras e o médico palestino estão presos na Líbia sem sentença final desde fevereiro de 1999, quando foram detidos. Em 2000, foram formalmente acusados.
O primeiro julgamento, que teve início em 2001 e terminou em maio de 2004, condenou os agentes à morte por fuzilamento.
No entanto, os advogados dos réus recorreram da sentença e, em dezembro de 2005, a Corte Suprema de Cassação da Líbia revogou as penas e ordenou a revisão do processo por considerar que houve erros judiciais no procedimento.
O segundo julgamento teve início em maio e terminou em dezembro último, com a divulgação da nova sentença à pena capital.
Com agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Líbia
Leia o que já foi publicado sobre a Bulgária
Filho de líder líbio nega execução de enfermeiras da Bulgária
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O filho do líder da Líbia, Muammar Kadafi, negou em entrevista publicada em um jornal da Bulgária nesta segunda-feira que as cinco enfermeiras búlgaras e um médico palestino condenados à morte em 19 de dezembro serão executados por seu país.
Uma corte líbia sentenciou os seis réus por infectar intencionalmente centenas de crianças com o vírus HIV, em um caso que teve início em 1999 e causou apreensão no mundo todo.
Na entrevista, Saif al Islam, afirmou que uma outra solução será proposta para satisfazer os réus e as famílias das crianças infectadas, sem fornecer detalhes. "Não haverá execuções", afirmou ele. "Espero que haja um final feliz, meu pai é contra execuções", acrescentou.
Segundo Islam, o caso "tomou o rumo errado" desde o começo. "Houve muitas manipulações nos documentos, muitos erros", afirmou, dizendo que o caso já foi discutido com países como a França e a Alemanha. "É por isso que pretendemos assumir um compromisso".
A Bulgária e seus aliados alegam que tanto as evidências científicas quanto os relatos de testemunhas apontam que os seis réus são inocentes. No entanto, a Líbia vem desafiando a pressão internacional, dizendo que outros países não podem interferir em questões judiciais.
Em Washington, o porta-voz do Departamento de Estado, Sean McCormack, repetiu o apelo ao governo líbio para que o grupo seja liberado e possa voltar para casa.
Estudiossos do vírus HIV atestam que a epidemia se alastrou pelo país muito antes de as enfermeiras búlgaras e o médico palestino chegarem à Líbia.
Caso
A Justiça da Líbia condenou os seis réus à morte por considerá-los culpados de infectar mais de 400 crianças em um hospital de Benghazi, no leste do país, com HIV na década de 90.
As cinco enfermeiras búlgaras e o médico palestino estão presos na Líbia sem sentença final desde fevereiro de 1999, quando foram detidos. Em 2000, foram formalmente acusados.
O primeiro julgamento, que teve início em 2001 e terminou em maio de 2004, condenou os agentes à morte por fuzilamento.
No entanto, os advogados dos réus recorreram da sentença e, em dezembro de 2005, a Corte Suprema de Cassação da Líbia revogou as penas e ordenou a revisão do processo por considerar que houve erros judiciais no procedimento.
O segundo julgamento teve início em maio e terminou em dezembro último, com a divulgação da nova sentença à pena capital.
Com agências internacionais
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