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30/01/2007
-
13h54
da Folha Online
Ao menos 45 peregrinos xiitas morreram e outros 96 ficaram feridos em ataques a bomba e a tiros ocorridos no Iraque nesta terça-feira, o último dia da celebração da Ashura --festa que relembra o martírio do imã Hussain, personagem da tradição xiita e neto do profeta Maomé.
Ao menos 13 pessoas morreram e outras 39 ficaram feridas quando uma bomba deixada na beira de uma estrada atingiu uma procissão xiita em Khanaqin, 160 km ao nordeste de Bagdá
Pouco depois, um suicida se explodiu em meio a uma multidão em frente a uma mesquita em Balad Ruz, 80 km ao sul de Khanaqin, matando mais 23 pessoas e ferindo outras 57.
Homens armados cercaram dois microônibus que transportavam peregrinos que voltavam de mesquitas em Najaf, matando quatro fiéis xiitas e ferindo outros nove.
Anteriormente, um morteiro atingiu uma mesquita xiita ao norte de Bagdá, matando uma pessoa e ferindo outras duas, de acordo com a polícia. Em outro ataque com morteiro, nove pessoas ficaram feridas em Kadhimiya, no noroeste de Bagdá, segundo a polícia.
Temendo uma represália de insurgentes sunitas, autoridades iraquianas destacaram 11 mil policiais e soldados na cidade sagrada de Kerbala, local onde o imã Hussein morreu e que é o foco das comemorações da Ashura.
O festival vem sendo alvo de ataques de extremistas sunitas, que vêem os xiitas --que são maioria no mundo muçulmano-- como hereges. Ações suicidas e outros ataques ocorridos contra peregrinos em Kerbala e Bagdá mataram 171 pessoas em 2004.
Líbano
Tanto no Iraque quanto no Líbano, na Arábia Saudita e no Irã, as festividades da Ashura ocorreram em uma atmosfera de tensão entre xiitas e sunitas, que ganharam força após o crescimento da violência sectária, principalmente em Bagdá e em Beirute.
Na capital libanesa, o líder do grupo xiita Hizbollah, o xeque Hassan Nasrallah, aproveitou a ocasião para atacar o presidente americano, George W. Bush.
"Aqueles que fomentaram o caos no Líbano, que destruíram o Líbano, que mataram mulheres se crianças no Líbano são George Bush e [a secretária de Estado] Condoleezza Rice, que ordenaram que os sionistas lançassem a guerra no Líbano", disse Nasrallah, em referência ao conflito que teve início em julho e matou mais de 1.200 [na maioria libaneses].
Em Nabatiyeh, no sul do Líbano, milhares de xiitas andavam em círculos na praça da cidade, ferindo suas próprias cabeças com espadas, vestidos em lençóis usados para absorver o sangue.
Paquistão
No Paquistão, uma explosão perto de uma procissão causou um tiroteio que terminou com dois sunitas mortos na cidade de Hangu, oeste do país, segundo a polícia.
Nove policiais e quatro civis também ficaram feridos na troca de tiros que seguiu o ataque.
Na Arábia Saudita, homens, mulheres e crianças marcharam pelas ruas da cidade de Awwamiya, batendo sobre os próprios ombros.
Em Bahrein --que, ao lado do Iraque, é um dos países árabes de maioria xiita-- cerca de 15 mil pessoas marcharam pelas ruas da capital Manama antes de orar pelo imã Hussain.
Segundo um porta-voz da cerimônia, Nader bin Salloom, centenas de xiitas vindos do Kuait, da Arábia Saudita, de Omã e dos Emirados Árabes Unidos participaram da celebração.
Com agências internacionais
Especial
Veja galeria de fotos da festa xiita de Ashura no Iraque
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Ataques matam ao menos 45 em último dia de festa xiita no Iraque
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Ao menos 45 peregrinos xiitas morreram e outros 96 ficaram feridos em ataques a bomba e a tiros ocorridos no Iraque nesta terça-feira, o último dia da celebração da Ashura --festa que relembra o martírio do imã Hussain, personagem da tradição xiita e neto do profeta Maomé.
Ao menos 13 pessoas morreram e outras 39 ficaram feridas quando uma bomba deixada na beira de uma estrada atingiu uma procissão xiita em Khanaqin, 160 km ao nordeste de Bagdá
Pouco depois, um suicida se explodiu em meio a uma multidão em frente a uma mesquita em Balad Ruz, 80 km ao sul de Khanaqin, matando mais 23 pessoas e ferindo outras 57.
Homens armados cercaram dois microônibus que transportavam peregrinos que voltavam de mesquitas em Najaf, matando quatro fiéis xiitas e ferindo outros nove.
Anteriormente, um morteiro atingiu uma mesquita xiita ao norte de Bagdá, matando uma pessoa e ferindo outras duas, de acordo com a polícia. Em outro ataque com morteiro, nove pessoas ficaram feridas em Kadhimiya, no noroeste de Bagdá, segundo a polícia.
Temendo uma represália de insurgentes sunitas, autoridades iraquianas destacaram 11 mil policiais e soldados na cidade sagrada de Kerbala, local onde o imã Hussein morreu e que é o foco das comemorações da Ashura.
O festival vem sendo alvo de ataques de extremistas sunitas, que vêem os xiitas --que são maioria no mundo muçulmano-- como hereges. Ações suicidas e outros ataques ocorridos contra peregrinos em Kerbala e Bagdá mataram 171 pessoas em 2004.
Líbano
Tanto no Iraque quanto no Líbano, na Arábia Saudita e no Irã, as festividades da Ashura ocorreram em uma atmosfera de tensão entre xiitas e sunitas, que ganharam força após o crescimento da violência sectária, principalmente em Bagdá e em Beirute.
Na capital libanesa, o líder do grupo xiita Hizbollah, o xeque Hassan Nasrallah, aproveitou a ocasião para atacar o presidente americano, George W. Bush.
"Aqueles que fomentaram o caos no Líbano, que destruíram o Líbano, que mataram mulheres se crianças no Líbano são George Bush e [a secretária de Estado] Condoleezza Rice, que ordenaram que os sionistas lançassem a guerra no Líbano", disse Nasrallah, em referência ao conflito que teve início em julho e matou mais de 1.200 [na maioria libaneses].
Em Nabatiyeh, no sul do Líbano, milhares de xiitas andavam em círculos na praça da cidade, ferindo suas próprias cabeças com espadas, vestidos em lençóis usados para absorver o sangue.
Paquistão
No Paquistão, uma explosão perto de uma procissão causou um tiroteio que terminou com dois sunitas mortos na cidade de Hangu, oeste do país, segundo a polícia.
Nove policiais e quatro civis também ficaram feridos na troca de tiros que seguiu o ataque.
Na Arábia Saudita, homens, mulheres e crianças marcharam pelas ruas da cidade de Awwamiya, batendo sobre os próprios ombros.
Em Bahrein --que, ao lado do Iraque, é um dos países árabes de maioria xiita-- cerca de 15 mil pessoas marcharam pelas ruas da capital Manama antes de orar pelo imã Hussain.
Segundo um porta-voz da cerimônia, Nader bin Salloom, centenas de xiitas vindos do Kuait, da Arábia Saudita, de Omã e dos Emirados Árabes Unidos participaram da celebração.
Com agências internacionais
Especial
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