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30/01/2007
-
14h31
da Folha Online
O líder do grupo xiita Hizbollah, o xeque Hassan Nasrallah, atacou o presidente americano, George W. Bush, em discurso durante a festividade de Ashura --festa que relembra o martírio do imã Hussain, personagem da tradição xiita e neto do profeta Maomé.
No discurso, Nasrallah acusou a administração do presidente Bush de fomentar a guerra civil no Líbano.
As declarações ocorrem um dia depois que Bush acusou o Hizbollah-- que é apoiado pelo Irã e pelos xiitas-- de "criar caos" no Líbano. Protestos organizados pelo grupo, que exige a renúncia do premiê Fuad Siniora, causaram violência em Beirute na semana passada.
"Aqueles que fomentaram o caos no Líbano, que destruíram o Líbano, que mataram mulheres e crianças no país, são George Bush e [a secretária de Estado] Condoleezza Rice, que ordenaram que os sionistas lançassem a guerra no Líbano', disse Nasrallah, em referência ao conflito entre Israel e o Hizbollah, que teve início em julho de 2006 e matou 1.200 pessoas [na maioria libaneses] em 34 dias.
Segundo Nasrallah, o "plano" preparado pelos EUA visa fomentar a guerra civil no Líbano para "empurrar a resistência para disputas internas", seja qual for a motivação. "Esta é a nova conspiração contra o Líbano", afirmou o líder xiita.
No discurso, ele disse ainda que Bush quer "punir" o Hizbollah devido à sua "resistência e vitória" na guerra. "Quando o Grande Satã [EUA] declara sua inimizade e sua guerra contra nós, é algo que nos honra e nos deixa orgulhosos", afirmou Nasrallah.
Protestos
O Hizbollah e seus aliados de oposição organizaram dois meses de protestos que visavam derrubar o governo de Siniora, apoiado pelos EUA, e obter mais participação no governo.
Na semana passada, uma greve geral convocada pelo Hizbollah resultou em confrontos entre partidários da oposição e ativistas do governo em todo o país, em uma onda de violência que durou três dias e matou seis pessoas.
Bush acirrou as críticas ao Hizbollah nas últimas semanas, dizendo que o grupo é formado por "extremistas xiitas", e dizendo que apenas a Al Qaeda matou mais americanos que o Hizbollah --em referência aos ataques contra marines no Líbano na década de 80.
Segundo Bush, os EUA trabalharão para deter o apoio do Irã ao Hizbollah e a extremistas xiitas no Iraque, como parte de uma estratégia para minar a influência de Teerã na região.
Com agências internacionais
Especial
Veja galeria de fotos da festa xiita de Ashura no Iraque
Leia o que já foi publicado sobre a Ashura
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Em festa xiita, Hizbollah acusa EUA de fomentar guerra no Líbano
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O líder do grupo xiita Hizbollah, o xeque Hassan Nasrallah, atacou o presidente americano, George W. Bush, em discurso durante a festividade de Ashura --festa que relembra o martírio do imã Hussain, personagem da tradição xiita e neto do profeta Maomé.
No discurso, Nasrallah acusou a administração do presidente Bush de fomentar a guerra civil no Líbano.
Hussein Malla/AP |
Hassan Nasrallah (esq.) discursa durante festa religiosa para multidão em Beirute |
"Aqueles que fomentaram o caos no Líbano, que destruíram o Líbano, que mataram mulheres e crianças no país, são George Bush e [a secretária de Estado] Condoleezza Rice, que ordenaram que os sionistas lançassem a guerra no Líbano', disse Nasrallah, em referência ao conflito entre Israel e o Hizbollah, que teve início em julho de 2006 e matou 1.200 pessoas [na maioria libaneses] em 34 dias.
Segundo Nasrallah, o "plano" preparado pelos EUA visa fomentar a guerra civil no Líbano para "empurrar a resistência para disputas internas", seja qual for a motivação. "Esta é a nova conspiração contra o Líbano", afirmou o líder xiita.
No discurso, ele disse ainda que Bush quer "punir" o Hizbollah devido à sua "resistência e vitória" na guerra. "Quando o Grande Satã [EUA] declara sua inimizade e sua guerra contra nós, é algo que nos honra e nos deixa orgulhosos", afirmou Nasrallah.
Protestos
O Hizbollah e seus aliados de oposição organizaram dois meses de protestos que visavam derrubar o governo de Siniora, apoiado pelos EUA, e obter mais participação no governo.
Na semana passada, uma greve geral convocada pelo Hizbollah resultou em confrontos entre partidários da oposição e ativistas do governo em todo o país, em uma onda de violência que durou três dias e matou seis pessoas.
Bush acirrou as críticas ao Hizbollah nas últimas semanas, dizendo que o grupo é formado por "extremistas xiitas", e dizendo que apenas a Al Qaeda matou mais americanos que o Hizbollah --em referência aos ataques contra marines no Líbano na década de 80.
Segundo Bush, os EUA trabalharão para deter o apoio do Irã ao Hizbollah e a extremistas xiitas no Iraque, como parte de uma estratégia para minar a influência de Teerã na região.
Com agências internacionais
Especial
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