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01/02/2007
-
23h07
da France Presse
O líder camponês antiglobalização francês José Bové, 53, anunciou oficialmente nesta quinta-feira sua candidatura à eleição presidencial. Ele é o quinto candidato antiliberal que declara sua disposição de disputar a Presidência da França.
Decretando "a insurreição eleitoral contra o liberalismo econômico" durante uma entrevista coletiva na cidade de Saint-Denis, ao nordeste de Paris, Bové quer ser o porta-voz "das pessoas que não têm voz".
"Decidi aceitar que meu nome simbolize, na cédula de voto, a vontade comum de derrotar a direita e a extrema-direita e de devolver aos franceses a esperança de uma alternativa de esquerda", declarou o militante antiliberal.
"Dezenas de milhares de pessoas me pediram para ser candidato", lembrou Bové, referindo-se a uma petição com mais de 30 mil.
Sarkozy
José Bové já havia anunciado sua intenção de se apresentar a esta eleição depois do "não" ao referendo sobre a Constituição européia, em maio de 2005. Ele queria então ser o único candidato, mas frente às dissensões e as brigas internas, se retirou da disputa em novembro.
Fustigando o favorito da direita, o ministro do Interior Nicolas Sarkozy, "um homem perigoso para a França", e também a candidata socialista Ségolène Royal, que encarna "uma esquerda que renunciou", Bové listou oito prioridades de campanha, entre as quais "um plano de emergência social" e "um novo modelo de desenvolvimento".
Ele também prometeu reformular a construção européia.
Disputa
Por enquanto, Bové reúne apenas 2% a 3% das intenções de voto, e o anúncio de sua candidatura não entusiasmou os franceses: 71% deles, e 68% dos simpatizantes de esquerda, se declararam contrários a esta candidatura.
A prioridade do líder camponês, reconhecível graças a seus bigodes de "gaulês" e seu cachimbo, é obter antes do dia 16 de março as 500 assinaturas de "patrocínio" de políticos locais que, conforme a lei, lhe permitirão registrar oficialmente sua candidatura.
O segundo obstáculo que Bové deverá superar é uma decisão de justiça prevista para o dia 7 de fevereiro. Neste dia, a Corte de Cassação, a mais alta instância jurídica do país, decidirá se mantém a condenação a quatro meses de prisão por destruição de transgênicos no fim de 2005.
Perfil militante
O fundador da Confederação Camponesa é um dos maiores representantes da "desobediência cívica". Ele cumpriu penas de prisão em 2002 e em 2003 por ter destruído um McDonald's e arrancado arroz transgênico.
Pecuarista no Larzac (sudeste), Bové é o porta-voz da antiglobalização na França. Ele se manifestou durante a conferência da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Seattle em 1999, e na reunião do G8 em Gênova em 2001. Ele também expressou seu apoio aos zapatistas do Chiapas (México) e aos camponeses palestinos.
A candidatura de Bové foi criticada pela candidata do Partido Comunista Marie-George Buffet, que a acusou de "uma candidatura pouco responsável e pouco séria".
Os candidatos de extrema-esquerda também lamentaram esta candidatura "suplementar".
Além de Buffet e Bové, os demais concorrentes antiliberais são Olivier Besancenot (Liga Comunista Revolucionária), Arlette Laguilliers (Luta Operária) e Gérard Schivardi (Partido dos Trabalhadores).
Com exceção de Schivardi, cujas intenções de voto são próximas de zero, os demais candidatos comunistas e de extrema-esquerda reúnem 3% a 4% cada um.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Nicolas Sarkozy
Leia o que já foi publicado sobre Ségolène Royal
Leia o que já foi publicado sobre José Bové
José Bové se candidata para resistir a Sarkozy na França
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O líder camponês antiglobalização francês José Bové, 53, anunciou oficialmente nesta quinta-feira sua candidatura à eleição presidencial. Ele é o quinto candidato antiliberal que declara sua disposição de disputar a Presidência da França.
Decretando "a insurreição eleitoral contra o liberalismo econômico" durante uma entrevista coletiva na cidade de Saint-Denis, ao nordeste de Paris, Bové quer ser o porta-voz "das pessoas que não têm voz".
"Decidi aceitar que meu nome simbolize, na cédula de voto, a vontade comum de derrotar a direita e a extrema-direita e de devolver aos franceses a esperança de uma alternativa de esquerda", declarou o militante antiliberal.
"Dezenas de milhares de pessoas me pediram para ser candidato", lembrou Bové, referindo-se a uma petição com mais de 30 mil.
Sarkozy
José Bové já havia anunciado sua intenção de se apresentar a esta eleição depois do "não" ao referendo sobre a Constituição européia, em maio de 2005. Ele queria então ser o único candidato, mas frente às dissensões e as brigas internas, se retirou da disputa em novembro.
Fustigando o favorito da direita, o ministro do Interior Nicolas Sarkozy, "um homem perigoso para a França", e também a candidata socialista Ségolène Royal, que encarna "uma esquerda que renunciou", Bové listou oito prioridades de campanha, entre as quais "um plano de emergência social" e "um novo modelo de desenvolvimento".
Ele também prometeu reformular a construção européia.
Disputa
Por enquanto, Bové reúne apenas 2% a 3% das intenções de voto, e o anúncio de sua candidatura não entusiasmou os franceses: 71% deles, e 68% dos simpatizantes de esquerda, se declararam contrários a esta candidatura.
A prioridade do líder camponês, reconhecível graças a seus bigodes de "gaulês" e seu cachimbo, é obter antes do dia 16 de março as 500 assinaturas de "patrocínio" de políticos locais que, conforme a lei, lhe permitirão registrar oficialmente sua candidatura.
O segundo obstáculo que Bové deverá superar é uma decisão de justiça prevista para o dia 7 de fevereiro. Neste dia, a Corte de Cassação, a mais alta instância jurídica do país, decidirá se mantém a condenação a quatro meses de prisão por destruição de transgênicos no fim de 2005.
Perfil militante
O fundador da Confederação Camponesa é um dos maiores representantes da "desobediência cívica". Ele cumpriu penas de prisão em 2002 e em 2003 por ter destruído um McDonald's e arrancado arroz transgênico.
Pecuarista no Larzac (sudeste), Bové é o porta-voz da antiglobalização na França. Ele se manifestou durante a conferência da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Seattle em 1999, e na reunião do G8 em Gênova em 2001. Ele também expressou seu apoio aos zapatistas do Chiapas (México) e aos camponeses palestinos.
A candidatura de Bové foi criticada pela candidata do Partido Comunista Marie-George Buffet, que a acusou de "uma candidatura pouco responsável e pouco séria".
Os candidatos de extrema-esquerda também lamentaram esta candidatura "suplementar".
Além de Buffet e Bové, os demais concorrentes antiliberais são Olivier Besancenot (Liga Comunista Revolucionária), Arlette Laguilliers (Luta Operária) e Gérard Schivardi (Partido dos Trabalhadores).
Com exceção de Schivardi, cujas intenções de voto são próximas de zero, os demais candidatos comunistas e de extrema-esquerda reúnem 3% a 4% cada um.
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