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02/02/2007
-
10h12
da Folha Online
Treze extremistas palestinos morreram em violentos confrontos entre o Hamas e o Fatah desde que o acordo de cessar-fogo entre as duas facções fracassou, nesta quinta-feira.
Outras 170 pessoas ficaram feridas na violência, segundo fontes palestinas.
Dos 13 mortos, sete morreram nesta sexta-feira, entre eles, Abu Awed Salim, comandantes do Serviço Geral de Inteligência, ligado ao Fatah, que atua no norte da faixa de Gaza.
Outras seis pessoas morreram ontem, marcando o fim do frágil cessar-fogo em vigor desde a última terça-feira (30).
Membros do Hamas atacaram a sede de uma rádio pró-Fatah em Gaza nesta sexta-feira.
Ambulâncias foram atingidas na troca de tiros, e homens armados se confrontaram nas ruas.
Cerca de 50 homens da guarda presidencial ligada ao Fatah, partido do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, cercaram o prédio do ministério do Interior nesta manhã, trocando tiros com membros armados do Hamas.
Ao redor da Cidade de Gaza, integrantes do Hamas lançaram morteiros contra uma base de treinamento do Fatah. As ruas de Gaza ficaram vazias, cercadas por escombros de ataques.
Apenas homens das forças de segurança, com granadas de mão e roupas pretas, eram vistos nas ruas.
A onda de violência forçou milhares de moradores a se esconderem em casa para fugir do fogo cruzado.
Ataque a comboio
Os atos de violência começaram ontem em vários lugares da faixa de Gaza, depois que militantes do Hamas atacaram um comboio de três veículos que transportavam materiais para a guarda ligada ao presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.
Segundo o Fatah, dois caminhões da comitiva foram confiscados por membros do Hamas. Um pouco antes, o Hamas afirmou que um país árabe não-identificado havia enviado na véspera uma "grande carga" de armas destinadas à guarda presidencial de Abbas.
O Fatah negou ter recebido as armas. "Esta acusação é falsa e só joga mais lenha na fogueira", declarou o porta-voz Abdelhakim Awad.
Este episódios de violência ocorreram um dia antes de uma reunião em Washington entre chanceleres do chamado Quarteto para o Oriente Médio --formado por Estados Unidos, União Européia (UE), Rússia e ONU-- para acertar posições sobre a chance de reavivar o processo de paz entre israelenses e palestinos.
Cessar-fogo
Apesar da ausência de uma interrupção oficial, as mortes ocorridas entre ontem e hoje acabam na prática com o cessar-fogo acordado há três dias, que havia colocado uma pausa na última onda de violência que deixou ao menos 34 palestinos mortos.
O Hamas venceu o Fatah nas últimas eleições parlamentares palestinas, há cerca de um ano. Desde que tomou posse em março, o partido luta para governar em meio a uma crise internacional. Os Estados Unidos, Israel e outros países impuseram um boicote financeiro ao governo palestino para forçar o Hamas a formar uma coalizão com o Fatah, considerado mais moderado, reconhecer o Estado de Israel e renunciar à violência.
Até hoje, a pressão não obteve resultados. O presidente dos EUA, George W. Bush, se comprometeu a enviar US$ 86 milhões para fornecer equipamento não-letal e treinamento para as forças leais a Abbas. Oficiais israelenses afirmam que as armas estão sendo fornecidas por aliados americanos na região (Jordânia e Egito), com a aprovação de Israel.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Hamas
Leia o que já foi publicado sobre o Fatah
Leia o que já foi publicado sobre Mahmoud Abbas
Apesar de cessar-fogo, 13 extremistas palestinos morrem em Gaza
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Treze extremistas palestinos morreram em violentos confrontos entre o Hamas e o Fatah desde que o acordo de cessar-fogo entre as duas facções fracassou, nesta quinta-feira.
Outras 170 pessoas ficaram feridas na violência, segundo fontes palestinas.
Dos 13 mortos, sete morreram nesta sexta-feira, entre eles, Abu Awed Salim, comandantes do Serviço Geral de Inteligência, ligado ao Fatah, que atua no norte da faixa de Gaza.
Outras seis pessoas morreram ontem, marcando o fim do frágil cessar-fogo em vigor desde a última terça-feira (30).
Membros do Hamas atacaram a sede de uma rádio pró-Fatah em Gaza nesta sexta-feira.
Hatem Moussa/AP |
Garoto palestino olha de janela de centro de treinamento do Fatah atacado em Gaza |
Cerca de 50 homens da guarda presidencial ligada ao Fatah, partido do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, cercaram o prédio do ministério do Interior nesta manhã, trocando tiros com membros armados do Hamas.
Ao redor da Cidade de Gaza, integrantes do Hamas lançaram morteiros contra uma base de treinamento do Fatah. As ruas de Gaza ficaram vazias, cercadas por escombros de ataques.
Apenas homens das forças de segurança, com granadas de mão e roupas pretas, eram vistos nas ruas.
A onda de violência forçou milhares de moradores a se esconderem em casa para fugir do fogo cruzado.
Ataque a comboio
Os atos de violência começaram ontem em vários lugares da faixa de Gaza, depois que militantes do Hamas atacaram um comboio de três veículos que transportavam materiais para a guarda ligada ao presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.
Segundo o Fatah, dois caminhões da comitiva foram confiscados por membros do Hamas. Um pouco antes, o Hamas afirmou que um país árabe não-identificado havia enviado na véspera uma "grande carga" de armas destinadas à guarda presidencial de Abbas.
O Fatah negou ter recebido as armas. "Esta acusação é falsa e só joga mais lenha na fogueira", declarou o porta-voz Abdelhakim Awad.
Este episódios de violência ocorreram um dia antes de uma reunião em Washington entre chanceleres do chamado Quarteto para o Oriente Médio --formado por Estados Unidos, União Européia (UE), Rússia e ONU-- para acertar posições sobre a chance de reavivar o processo de paz entre israelenses e palestinos.
Cessar-fogo
Apesar da ausência de uma interrupção oficial, as mortes ocorridas entre ontem e hoje acabam na prática com o cessar-fogo acordado há três dias, que havia colocado uma pausa na última onda de violência que deixou ao menos 34 palestinos mortos.
O Hamas venceu o Fatah nas últimas eleições parlamentares palestinas, há cerca de um ano. Desde que tomou posse em março, o partido luta para governar em meio a uma crise internacional. Os Estados Unidos, Israel e outros países impuseram um boicote financeiro ao governo palestino para forçar o Hamas a formar uma coalizão com o Fatah, considerado mais moderado, reconhecer o Estado de Israel e renunciar à violência.
Até hoje, a pressão não obteve resultados. O presidente dos EUA, George W. Bush, se comprometeu a enviar US$ 86 milhões para fornecer equipamento não-letal e treinamento para as forças leais a Abbas. Oficiais israelenses afirmam que as armas estão sendo fornecidas por aliados americanos na região (Jordânia e Egito), com a aprovação de Israel.
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