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03/02/2007
-
18h27
da Folha Online
A explosão de um caminhão-bomba em um mercado lotado de Bagdá matou ao menos 135 pessoas e feriu mais de 300 neste sábado, informou a polícia em novo balanço nesta tarde. O atentado suicida, que destruiu lojas e carros, ocorreu em Sedriya, região onde vivem sunitas, xiitas e curdos.
O ataque foi o que deixou mais vítimas desde o início do conflito no Iraque, em 2003, e ocorre no momento em que tropas iraquianas e dos EUA se preparam para lançar uma ofensiva para deter a violência sectária no país.
O premiê iraquiano, o xiita Nouri al Maliki, culpou os partidários do ex-ditador sunita Saddam Hussein e insurgentes sunitas pela ação. Em dezembro último, três carros-bombas foram detonados no mesmo mercado em Bagdá, matando 51 pessoas.
"Foi uma cena terrível. Muitas lojas e casas foram destruídas", afirmou um morador local identificado apenas como Jassem, 42, que contou ter saido correndo de sua casa para ajudar a tirar as pessoas dos escombros depois de ter ouvido a explosão.
De acordo com Jihad al Jaberi, do Ministério do Interior, o caminhão estava cheio com uma tonelada de explosivos. Vítimas lotaram os hospitais da capital iraquiana. Equipes de resgate retiravam corpos dos escombros e os empilhavam em caminhonetes no local.
A explosão, que deixou uma grande cratera na rua, ocorreu horas depois de o clérigo iraquiano e líder xiita, grande aiatolá Ali al Sistani, ter renovado um apelo aos iraquianos para evitar a violência.
"A nação islâmica está atravessando condições difíceis e enfrentando tremendos desafios que ameaçam seu futuro", afirmou em um documento o religioso. "Todo mundo sabe da necessidade de permanecermos unidos e rejeitar a tensão sectária para evitar que se incitem as diferenças sectárias."
Mais ataques
Em outros ataques ocorridos neste sábado, mais 16 pessoas morreram.
Em Samarra, localizada 125 quilômetros ao norte de Bagdá, dez agentes de segurança iraquianos morreram e outros nove ficaram feridos em dois ataques -- um contra um posto de controle e outro contra uma base militar.
Segundo a polícia da Província de Salahedin, homens armados atacaram um posto de controle que fica na entrada norte da cidade. Seis agentes de segurança morreram e outros seis ficaram feridos.
Ao mesmo tempo, um ataque insurgente contra uma base do exército iraquiano em uma estrada ao sul de Samarra matou quatro militares e feriu outros três.
Carros-bomba
Também neste sábado, a explosão de cinco carros-bomba em diferentes locais de Kirkuk, 250 quilômetros ao norte de Bagdá, matou ao menos três pessoas e feriu outras 21.
De acordo com Barhan Taha, chefe de polícia da cidade, um dos veículos, conduzido por um suicida, foi atirado contra a sede do Partido Democrático do Curdistão, dirigido pelo presidente da região autônoma do Curdistão iraquiano, Masud Al Barzani. O atentado matou duas pessoas e feriu ao menos outras 16.
Outro carro-bomba explodiu em um posto de gasolina, matando uma pessoa e ferindo outras quatro --entre elas, duas mulheres, segundo Taha. Um terceiro carro-bomba foi detonado perto do centro de comunicações de Dumiz, no sul de Kirkuk. Um quarto veículo explodiu na região da mesquita Sabriya, na estrada que leva a Bagdá, no sul da cidade. Uma quinta explosão de carro-bomba atingiu a região de Wahid Haziran, no sul de Kirkuk. A polícia conseguiu desativar um sexto carro-bomba deixado em um bairro residencial.
Após as ações, um toque de recolher foi imposto na cidade até as 6h deste domingo (1h de Brasília) e todas as estradas foram fechadas após as explosões.
Kirkuk é uma cidade rica em petróleo localizada na Província de Tameem, habitada por curdos, árabes e turcomenos, além de xiitas, sunitas e cristãos, o que gera tensão sectária.
Bagdá
Em outro ataque em Bagdá, uma pessoa morreu e seis ficaram feridas quando uma bomba explodiu em um distrito comercial, segundo a polícia de Bagdá.
Também na capital, uma passageiro morreu e quatro se feriram quando o microônibus em que viajavam, que seguia para cidade de Sadr, foi atingido por uma bomba deixada na beira de uma estrada.
O sul do país também foi cenário de um atentado, que matou um civil e feriu outros nove após a explosão de um carro-bomba em Mahmudiya, 30 quilômetros ao sul de Bagdá.
Mahmudiya fica na região do "triângulo da morte", onde são freqüentes ataques insurgentes sunitas contra forças de segurança iraquianas e tropas de coalizão lideradas pelos EUA.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre ataques no Iraque
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Leia cobertura completa sobre o Iraque sob tutela
Atentado suicida mata 135 e fere mais de 300 no Iraque
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A explosão de um caminhão-bomba em um mercado lotado de Bagdá matou ao menos 135 pessoas e feriu mais de 300 neste sábado, informou a polícia em novo balanço nesta tarde. O atentado suicida, que destruiu lojas e carros, ocorreu em Sedriya, região onde vivem sunitas, xiitas e curdos.
O ataque foi o que deixou mais vítimas desde o início do conflito no Iraque, em 2003, e ocorre no momento em que tropas iraquianas e dos EUA se preparam para lançar uma ofensiva para deter a violência sectária no país.
O premiê iraquiano, o xiita Nouri al Maliki, culpou os partidários do ex-ditador sunita Saddam Hussein e insurgentes sunitas pela ação. Em dezembro último, três carros-bombas foram detonados no mesmo mercado em Bagdá, matando 51 pessoas.
"Foi uma cena terrível. Muitas lojas e casas foram destruídas", afirmou um morador local identificado apenas como Jassem, 42, que contou ter saido correndo de sua casa para ajudar a tirar as pessoas dos escombros depois de ter ouvido a explosão.
Karim Kadim/AP |
Iraquiano ferido em explosão é levado para hospital; 135 morrem em ataque suicida |
A explosão, que deixou uma grande cratera na rua, ocorreu horas depois de o clérigo iraquiano e líder xiita, grande aiatolá Ali al Sistani, ter renovado um apelo aos iraquianos para evitar a violência.
"A nação islâmica está atravessando condições difíceis e enfrentando tremendos desafios que ameaçam seu futuro", afirmou em um documento o religioso. "Todo mundo sabe da necessidade de permanecermos unidos e rejeitar a tensão sectária para evitar que se incitem as diferenças sectárias."
Mais ataques
Em outros ataques ocorridos neste sábado, mais 16 pessoas morreram.
AP |
Ataque contra base do exército iraquiano em uma estrada matou quatro militares |
Segundo a polícia da Província de Salahedin, homens armados atacaram um posto de controle que fica na entrada norte da cidade. Seis agentes de segurança morreram e outros seis ficaram feridos.
Ao mesmo tempo, um ataque insurgente contra uma base do exército iraquiano em uma estrada ao sul de Samarra matou quatro militares e feriu outros três.
Carros-bomba
Também neste sábado, a explosão de cinco carros-bomba em diferentes locais de Kirkuk, 250 quilômetros ao norte de Bagdá, matou ao menos três pessoas e feriu outras 21.
De acordo com Barhan Taha, chefe de polícia da cidade, um dos veículos, conduzido por um suicida, foi atirado contra a sede do Partido Democrático do Curdistão, dirigido pelo presidente da região autônoma do Curdistão iraquiano, Masud Al Barzani. O atentado matou duas pessoas e feriu ao menos outras 16.
Slahaldeen Rasheed/Reuters |
Soldados dos EUA vigiam local de explosão de bomba em Kirkuk; carros-bomba matam 14 |
Após as ações, um toque de recolher foi imposto na cidade até as 6h deste domingo (1h de Brasília) e todas as estradas foram fechadas após as explosões.
Kirkuk é uma cidade rica em petróleo localizada na Província de Tameem, habitada por curdos, árabes e turcomenos, além de xiitas, sunitas e cristãos, o que gera tensão sectária.
Bagdá
Em outro ataque em Bagdá, uma pessoa morreu e seis ficaram feridas quando uma bomba explodiu em um distrito comercial, segundo a polícia de Bagdá.
Também na capital, uma passageiro morreu e quatro se feriram quando o microônibus em que viajavam, que seguia para cidade de Sadr, foi atingido por uma bomba deixada na beira de uma estrada.
O sul do país também foi cenário de um atentado, que matou um civil e feriu outros nove após a explosão de um carro-bomba em Mahmudiya, 30 quilômetros ao sul de Bagdá.
Mahmudiya fica na região do "triângulo da morte", onde são freqüentes ataques insurgentes sunitas contra forças de segurança iraquianas e tropas de coalizão lideradas pelos EUA.
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