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05/02/2007 - 07h58

Grupos britânicos pedem que Blair impeça ataque dos EUA ao Irã

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da Efe, em Londres

Várias organizações do Reino Unido pediram nesta segunda-feira ao primeiro-ministro do britânico, Tony Blair, que faça o possível para evitar uma ação militar dos Estados Unidos contra o Irã, já que as conseqüências de uma guerra seriam "desastrosas".

Em um relatório divulgado hoje, entidades de beneficência, sindicatos e grupos religiosos solicitam a Blair que pressione o governo do presidente americano, George W. Bush, para que converse com o regime de Teerã.

Os EUA se negam por enquanto a descartar uma ação militar em função do programa nuclear iraniano.

O documento, intitulado "Momento para dialogar: o caso de uma solução diplomática sobre o Irã", é assinado pela organização Oxfam; os sindicatos britânicos Unison, GMB e Amicus; o Parlamento Muçulmano e o Christian Solidarity Worldwide.

As organizações advertem que uma intervenção poderia desestabilizar ainda mais a região e provocar mais ataques contra as forças britânicas no Iraque e no Afeganistão.

"É improvável que uma ação militar seja curta e poderia ter um efeito profundo na região", destacam.

Por ocasião da divulgação deste texto, o ex-deputado trabalhista e atual diretor do Centro de Política Externa, Stephen Twigg, advertiu das sérias conseqüências de uma intervenção e especificou que ainda há tempo para o diálogo.

Além disso, Richard Dalton, embaixador britânico no Irã até o ano passado, apoiou hoje os pedidos de um respaldo da diplomacia, porque uma guerra "não só é improvável que funcione, mas seria desastrosa para o Irã, a região e muito possivelmente para o mundo".

O relatório foi divulgado depois de três destacados ex-militares americanos pedirem ontem a Blair que utilize sua influência sobre os EUA para evitar uma ação militar contra o Irã.

Em carta enviada e publicada no jornal britânico "The Sunday Times", os militares afirmaram que uma guerra contra o Irã por suas ambições nucleares seria "desastrosa".

A carta era assinada pelo tenente-general Robert Gard, ex-assistente militar do Departamento de Defesa dos EUA; o general Joseph Hoar, ex-comandante-em-chefe, e o vice-almirante Jack Shanahan, ex-diretor do Centro para a Informação de Defesa.

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