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05/02/2007 - 14h44

Bush quer US$ 245 bi para ação militar no Iraque e no Afeganistão

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da Folha Online

O presidente George W. Bush apresentou nesta segunda-feira um Orçamento de US$ 2,9 trilhões ao Congresso liderado pelos democratas. A proposta inclui significativo aumento em gastos militares e bilhões de dólares extras para Iraque e Afeganistão.

Amplamente baseada na guerra ao terrorismo, a proposta prevê a destinação de US$ 245 bilhões para os dois conflitos nos próximos dois anos --US$ 100 bilhões em 2007 e US$ 145 bilhões em 2008.

Se o Congresso, de maioria democrata, aprovar esse Orçamento, os gastos dos Estados Unidos no financiamento de ações bélicas desde os atentados de 11 de setembro de 2001 contra as torres gêmeas, em Nova York, somarão US$ 745 bilhões.

"Estamos em guerra, e nossa primeira prioridade é assegurar que nossas tropas tenham os recursos necessários", diz o documento.

No plano de Orçamento, Bush propõe equilibrar as contas até 2012, limitando drasticamente o aumento de gastos --excluindo os da Defesa-- e aumentando as reduções de impostos depois de 2010 --questão muito criticadas pelos democratas.

A proposta prevê ainda a redução de gastos em programas de saúde pública e previdência social, para economizar US$ 96 milhões em cinco anos. Em 2007, o déficit será de US$ 244 bilhões [contra US$ 248 bilhões em 2006], antes de baixar para US$ 239 bilhões em 2008.

O objetivo seria deixar para 2012 um excedente de US$ 61 milhões no Orçamento.

Situação delicada

Os democratas, que são maioria no Congresso desde janeiro, opõem-se ao aumento de gastos no conflito do Iraque. Mas, se não aprovarem os gastos das tropas de ocupação, ficarão expostos às críticas dos republicanos e a reações negativas da opinião pública.

O líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, disse na última sexta-feira (2) que seu partido "aspira a que os soldados americanos obtenham tudo o que precisam para sua missão". Mas também advertiu que sua bancada "submeterá esse coletivo ao controle severo e exaustivo que deveria ter sido aplicado durante quatro anos", período no qual os republicanos foram a maioria do Congresso.

Ofensiva

A proposta de novo Orçamento foi apresentada por Bush no momento em que as forças de segurança iraquianas se preparam para lançar uma ampla ofensiva em Bagdá.

A operação de segurança é a terceira tentativa de pacificar a capital desde que o premiê iraquiano, Nouri al Maliki, assumiu o cargo, em maio de 2006.

Cerca de mil pessoas morreram no Iraque em atentados com bombas, ataques a tiros e confrontos ocorridos durante a semana passada (de domingo a sábado), informou o Ministério iraquiano do Interior. Ontem, segundo outro comunicado, 22 pessoas morreram em ataques em bairros sunitas de Bagdá.

As mil vítimas estimadas incluem civis e membros das forças de segurança iraquianas, além de integrantes de milícias e grupos terroristas. Os dados foram recolhidos em um trabalho conjunto feito pelos Ministérios do Interior, da Saúde e da Defesa.

Caminhão-bomba

A estimativa foi divulgada um dia após a pior ação desde o início do conflito, em 2003. Neste sábado, a explosão de um caminhão-bomba em um mercado lotado de Bagdá matou 135 pessoas e feriu mais de 300.

O atentado suicida, que destruiu lojas e carros, ocorreu em Sedriya, região onde vivem sunitas, xiitas e curdos. Al Maliki culpou partidários do ex-ditador Saddam Hussein e insurgentes sunitas pela ação.

A comunidade internacional reagiu com indignação ao novo massacre ocorrido no sábado. A presidência da União Européia (UE), ocupada atualmente pela Alemanha, declarou-se "profundamente comovida", enquanto os EUA enfatizaram que "uma nova atrocidade teve como alvo gente inocente do Iraque".

Violência sem fim

Nesta segunda-feira, ao menos 27 pessoas morreram em explosões e ataques com morteiros no Iraque.

Uma bomba deixada em uma lata de lixo matou oito pessoas a feriu outras 18 em uma região do centro de Bagdá, pouco depois do meio-dia (7h de Brasília), segundo a polícia. Dois carros-bomba explodiram no sul da cidade, matando ao menos 15 pessoas e ferindo 60.

Duas pessoas morreram na capital quando um morteiro atingiu uma área do centro de Bagdá. Uma explosão em uma região cristã matou outros dois e feriu dez, segundo a polícia.

Supostos membros da milícia xiita também queimaram três casas no distrito sunita de Al Amil, a sudoeste de Bagdá. Não houve registro de vítimas.

O Exército dos EUA relatou duas mortes de soldados americanos, ambas no domingo.

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