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06/02/2007
-
18h15
da Folha Online
O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, e representantes do movimento islâmico Hamas, que lidera o parlamento palestino, se reuniram nesta terça-feira na Arábia Saudita para negociar um fim para os confrontos entre facções rivais e a formação de um governo de coalizão.
O partido Fatah, ligado a Abbas, e o Hamas enfrentam atualmente uma disputa por poder que já deixou cerca de 80 palestinos mortos desde dezembro.
Também hoje, o premiê de Israel, Ehud Olmert, anunciou uma reunião marcada para o dia 19 de fevereiro com Abbas e a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice. O local não foi especificado.
Olmert fez o anúncio durante um ato público assistido por líderes judeus americanos, ao falar sobre a conferência proposta por Rice durante sua recente visita ao Oriente Médio.
Confrontos
O Hamas e o Fatah possuem braços armados e políticos. Vários esforços para pôr um fim aos confrontos fracassaram nos últimos meses, e Abbas continua a ameaçar a organização de eleições palestinas antecipadas --uma ação considerada "golpista" pelo Hamas.
O encontro de hoje representa um novo esforço para resolver a crise. "A diferença é que agora ambos os lados estão empenhados e chegam sem pré-condições ou prazos", afirmou o porta-voz do Hamas, Fawzi Barhoum, antes do encontro em Meca, que é considerada a mais sagrada cidade islâmica.
Para o embaixador palestino na Arábia Saudita, Jamal al Shobaki, um acordo é crucial neste momento. "Eles não vão sair deste lugar sagrado sem um acordo, porque a situação é catastrófica e o mundo todo vai nos dar as costas se continuarmos deste jeito", afirmou.
Fontes ligadas ao Hamas disseram que o líder do grupo, Khaled Meshaal, que vive em Damasco (Síria), se encontrou com o premiê palestino, Ismail Haniyeh, e o rei da Arábia Saudita, Abdullah. O Rei Abdullah também se encontrou anteriormente com Abbas para tentar negociar o fim dos conflitos.
Haniyeh se encontrou ainda com o ministro das Relações Exteriores saudita, Saud al Faisal.
O Hamas venceu o Fatah nas últimas eleições parlamentares palestinas, há cerca de um ano. Desde que tomou posse em março, o partido luta para governar em meio a uma crise internacional. Os Estados Unidos, Israel e outros países impuseram um boicote financeiro ao governo palestino para forçar o Hamas a formar uma coalizão com o Fatah, considerado mais moderado, reconhecer o Estado de Israel e renunciar à violência.
Até hoje, a pressão não obteve resultados. O presidente dos EUA, George W. Bush, se comprometeu a enviar US$ 86 milhões para fornecer equipamento não-letal e treinamento para as forças leais a Abbas. Oficiais israelenses afirmam que as armas estão sendo fornecidas por aliados americanos na região (Jordânia e Egito), com a aprovação de Israel.
Com agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Hamas
Leia o que já foi publicado sobre o Fatah
Leia o que já foi publicado sobre Mahmoud Abbas
Líderes palestinos se reúnem em Meca para negociar coalizão
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O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, e representantes do movimento islâmico Hamas, que lidera o parlamento palestino, se reuniram nesta terça-feira na Arábia Saudita para negociar um fim para os confrontos entre facções rivais e a formação de um governo de coalizão.
O partido Fatah, ligado a Abbas, e o Hamas enfrentam atualmente uma disputa por poder que já deixou cerca de 80 palestinos mortos desde dezembro.
Também hoje, o premiê de Israel, Ehud Olmert, anunciou uma reunião marcada para o dia 19 de fevereiro com Abbas e a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice. O local não foi especificado.
Olmert fez o anúncio durante um ato público assistido por líderes judeus americanos, ao falar sobre a conferência proposta por Rice durante sua recente visita ao Oriente Médio.
Confrontos
O Hamas e o Fatah possuem braços armados e políticos. Vários esforços para pôr um fim aos confrontos fracassaram nos últimos meses, e Abbas continua a ameaçar a organização de eleições palestinas antecipadas --uma ação considerada "golpista" pelo Hamas.
O encontro de hoje representa um novo esforço para resolver a crise. "A diferença é que agora ambos os lados estão empenhados e chegam sem pré-condições ou prazos", afirmou o porta-voz do Hamas, Fawzi Barhoum, antes do encontro em Meca, que é considerada a mais sagrada cidade islâmica.
Para o embaixador palestino na Arábia Saudita, Jamal al Shobaki, um acordo é crucial neste momento. "Eles não vão sair deste lugar sagrado sem um acordo, porque a situação é catastrófica e o mundo todo vai nos dar as costas se continuarmos deste jeito", afirmou.
Fontes ligadas ao Hamas disseram que o líder do grupo, Khaled Meshaal, que vive em Damasco (Síria), se encontrou com o premiê palestino, Ismail Haniyeh, e o rei da Arábia Saudita, Abdullah. O Rei Abdullah também se encontrou anteriormente com Abbas para tentar negociar o fim dos conflitos.
Haniyeh se encontrou ainda com o ministro das Relações Exteriores saudita, Saud al Faisal.
O Hamas venceu o Fatah nas últimas eleições parlamentares palestinas, há cerca de um ano. Desde que tomou posse em março, o partido luta para governar em meio a uma crise internacional. Os Estados Unidos, Israel e outros países impuseram um boicote financeiro ao governo palestino para forçar o Hamas a formar uma coalizão com o Fatah, considerado mais moderado, reconhecer o Estado de Israel e renunciar à violência.
Até hoje, a pressão não obteve resultados. O presidente dos EUA, George W. Bush, se comprometeu a enviar US$ 86 milhões para fornecer equipamento não-letal e treinamento para as forças leais a Abbas. Oficiais israelenses afirmam que as armas estão sendo fornecidas por aliados americanos na região (Jordânia e Egito), com a aprovação de Israel.
Com agências internacionais
Especial
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