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06/02/2007
-
18h44
da Folha Online
Palestinos e muçulmanos em todo o mundo árabe protestaram nesta terça-feira contra a reforma iniciada por Israel em um dos acessos à Esplanada das Mesquitas, obra que os líderes islâmicos consideram uma ameaça à mesquita de Al Aqsa. A mesquita é considerada a terceira na hierarquia do islã.
Na tarde de hoje, o embaixador da Jordânia em Tel Aviv, Maaruf al Bakhit, apresentou uma carta de protesto ao governo israelense.
Pouco antes, o rei Abdullah 2º, da Jordânia, advertiu que as obras causarão um "perigoso aumento da tensão no Oriente Médio" que pode chegar a desestabilizar o já complicado processo de paz entre árabes e israelenses.
Os meios de comunicação israelenses divulgaram a reação "indignada" dos países árabes, nos quais, segundo a TV pública de Israel, alertaram contra uma terceira Intifada (revolta popular palestina contra a ocupação israelense) em caso de danos à mesquita.
Movimentos islâmicos em Israel anunciaram para a próxima sexta-feira (dia sagrado dos muçulmanos) uma jornada de protestos contra as escavações na Esplanada das Mesquitas, que estão sendo feitas junto à porta que conduz à mesquita de Al Aqsa.
Obras
Arqueólogos e operários da Autoridade de Antiguidades israelense começaram os trabalhos protegidos por tropas policiais não apenas no local das obras, mas em toda a cidade murada, para prevenir tumultos por parte da população muçulmana, informaram fontes policiais.
"Trata-se do mesmo posicionamento preventivo que adotamos em dias festivos, tanto muçulmanos quanto judeus, ou em algumas ocasiões especiais e que incluem certas restrições de acesso e uma maior presença de patrulhas policiais pela cidade velha", disse um porta-voz da polícia israelense, Miki Rosenfeld.
Uma das restrições proíbe o acesso de palestinos do sexo masculino maiores de 45 anos à Esplanada das Mesquitas nos próximos dias, além de turistas e visitantes não-autorizados.
Rampa de acesso
O Monte do Templo é o nome dado pelos judeus ao local onde se encontram as mesquitas de Al Aqsa e Domo da Rocha. O Haram al Sharif, ou Santuário Nobre, como é chamada a área pelos muçulmanos, é o terceiro local mais sagrado para o islamismo [depois de Meca e Medina].
Trata-se do mesmo lugar no qual os arqueólogos situam os restos do Segundo Templo de Jerusalém, o Muro das Lamentações [último vestígio do Templo de Herodes, destruído pelos romanos no ano 70 d.C.]. O local é considerado santo, e, portanto, um dos principais empecilhos para a resolução do conflito israelo-palestino. Nessa esplanada aconteceu a segunda Intifada [revolta palestina contra a ocupação israelense iniciada em 28 de setembro de 2000], após uma polêmica visita do então líder da oposição e mais tarde primeiro-ministro israelense Ariel Sharon.
O objetivo das obras atuais, segundo a Autoridade de Antiguidades, é substituir uma rampa de madeira construída há três anos, depois que um terremoto destruiu a rampa anterior de pedra e cimento, para levantar outra, também fixa.
Nesta segunda-feira, após a violenta reação de alguns líderes palestinos locais, o chefe político do Hamas no exílio, Khaled Mashaal, advertiu em Damasco que "Israel está brincando com fogo e conhece as conseqüências de tocar em Al Aqsa".
Mashaal pediu aos palestinos que deixem de lado as disputas internas e protejam o santuário muçulmano.
A nova rampa, construída sobre oito pilares de concreto e três vezes mais longa que o planejado, passará por cima de um dos pontos arqueológicos mais importantes do mundo, o que também desperta o receio de arqueólogos israelenses.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Esplanada das Mesquitas
Leia o que já foi publicado sobre o Muro das Lamentações
Leia cobertura completa sobre o conflito no Oriente Médio
Reforma em Jerusalém gera protestos de muçulmanos contra Israel
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Palestinos e muçulmanos em todo o mundo árabe protestaram nesta terça-feira contra a reforma iniciada por Israel em um dos acessos à Esplanada das Mesquitas, obra que os líderes islâmicos consideram uma ameaça à mesquita de Al Aqsa. A mesquita é considerada a terceira na hierarquia do islã.
Na tarde de hoje, o embaixador da Jordânia em Tel Aviv, Maaruf al Bakhit, apresentou uma carta de protesto ao governo israelense.
Sebastian Scheiner/AP |
Trabalhadores começam reforma em rampa de acesso próxima ao Domo da Rocha(fundo) |
Os meios de comunicação israelenses divulgaram a reação "indignada" dos países árabes, nos quais, segundo a TV pública de Israel, alertaram contra uma terceira Intifada (revolta popular palestina contra a ocupação israelense) em caso de danos à mesquita.
Movimentos islâmicos em Israel anunciaram para a próxima sexta-feira (dia sagrado dos muçulmanos) uma jornada de protestos contra as escavações na Esplanada das Mesquitas, que estão sendo feitas junto à porta que conduz à mesquita de Al Aqsa.
Obras
Arqueólogos e operários da Autoridade de Antiguidades israelense começaram os trabalhos protegidos por tropas policiais não apenas no local das obras, mas em toda a cidade murada, para prevenir tumultos por parte da população muçulmana, informaram fontes policiais.
"Trata-se do mesmo posicionamento preventivo que adotamos em dias festivos, tanto muçulmanos quanto judeus, ou em algumas ocasiões especiais e que incluem certas restrições de acesso e uma maior presença de patrulhas policiais pela cidade velha", disse um porta-voz da polícia israelense, Miki Rosenfeld.
Uma das restrições proíbe o acesso de palestinos do sexo masculino maiores de 45 anos à Esplanada das Mesquitas nos próximos dias, além de turistas e visitantes não-autorizados.
Rampa de acesso
O Monte do Templo é o nome dado pelos judeus ao local onde se encontram as mesquitas de Al Aqsa e Domo da Rocha. O Haram al Sharif, ou Santuário Nobre, como é chamada a área pelos muçulmanos, é o terceiro local mais sagrado para o islamismo [depois de Meca e Medina].
Emilio Morenatti/AP |
Vista aérea da região onde será feita a polêmica reforma da rampa por Israel |
O objetivo das obras atuais, segundo a Autoridade de Antiguidades, é substituir uma rampa de madeira construída há três anos, depois que um terremoto destruiu a rampa anterior de pedra e cimento, para levantar outra, também fixa.
Nesta segunda-feira, após a violenta reação de alguns líderes palestinos locais, o chefe político do Hamas no exílio, Khaled Mashaal, advertiu em Damasco que "Israel está brincando com fogo e conhece as conseqüências de tocar em Al Aqsa".
Mashaal pediu aos palestinos que deixem de lado as disputas internas e protejam o santuário muçulmano.
A nova rampa, construída sobre oito pilares de concreto e três vezes mais longa que o planejado, passará por cima de um dos pontos arqueológicos mais importantes do mundo, o que também desperta o receio de arqueólogos israelenses.
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