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07/02/2007 - 08h36

Líderes do Hamas e do Fatah se reúnem na Arábia Saudita

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da Folha Online

Líderes dos partidos rivais Hamas e Fatah se reúnem nesta quarta-feira em Meca [Arábia Saudita], como preparação para um compromisso mediado pelo rei saudita Abdullah 2º, após semanas de violentos confrontos entre as duas facções em Gaza.

Ambos os lados expressaram otimismo em relação ao encontro, que poderia levar à formação de um governo palestino de união. Na semana passada, a violência entre os grupos armados causou ao menos 28 mortes e feriu outros 260 em pouco mais de 24 horas.

As delegações viajaram a Jeddah antes do início da reunião, para encontrar o rei Abdullah.

O rei encontrou-se primeiramente com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, e com outros líderes do Fatah.

Em seguida, reuniu-se com membros do Hamas, entre eles Khaled Meshal --líder do grupo na Síria-- e o premiê palestino, Ismail Haniyeh.

"O rei Abdullah disse à nossa delegação que a violência interna prejudica a causa palestina", afirmou o porta-voz do Hamas, Ghazi Hamad, nesta terça-feira. Segundo ele, o rei afirmou que os países da região esperam que ambos os lados cheguem a um acordo.

Na faixa de Gaza, no entanto, homens armados de ambos os lados continuam a se confrontar, após cerca de 48 horas de trégua. Um integrante do Hamas morreu e três ficaram feridos na noite desta terça-feira perto da sede de segurança nacional, em Gaza.

O Hamas afirma que o Fatah seria responsável pelas vítimas, mas o partido alega que membros do clã Durmush, que recentemente se separou do Hamas, realizou os ataques.

Ahmad Durmush, porta-voz do clã, afirmou que os homens do Hamas atingidos por tiros haviam se envolvido no assassinato de dois membros do clã, há dois meses em Gaza.

Segundo ele, o Hamas recusou-se a entregar os assassinos ao clã. O porta-voz alertou que outros 16 suspeitos do crime serão também atacados de não forem entregues ao Durmush.

Seqüestro

Integrantes do Hamas seqüestraram quatro membros do Fatah nesta terça-feira, entre eles, um líder do grupo armado Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, Muaz Abu Amra, mas os libertaram em seguida. O incidente ocorreu horas depois de um acordo entre os partidos.

Falando em Gaza nesta terça-feira, antes de partir para a Arábia saudita, Haniyeh afirmou que "todos os esforços" serão feitos em Meca para chegar a um governo de união.

"Nós prometemos ao nosso povo que faremos todo o possível para chegar a um governo de união", afirmou o premiê. Ele expressou otimismo de que um acordo possa ser alcançado para "curar as feridas, dar fim às tensões e reforçar a união nacional".

Nabil Amr, assessor de Abbas, disse que após a reunião dom o rei saudita, o Fatah irá insistir para a formação de um novo governo de coalizão. "Pedimos a nossos irmãos sauditas que intervenham para que possamos concluir um acordo", afirmou Amr.

Cessar fogo

Representantes do movimento de resistência islâmica Hamas e do grupo nacionalista palestino Fatah (do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas) se reuniram no sábado (3) em Gaza, para fazer um acordo para o fim das hostilidades.

Na sexta-feira, as mesmas facções já tinham acertado outro cessar-fogo, que não foi respeitado pelas milícias, embora os confrontos de hoje tenham sido menos intensos que os de ontem, pois não houve mortes --14 pessoas ficaram feridas.

A reunião de hoje na Arábia Saudita visa estudar a "maneira de implementar o cessar-fogo e a formação de um governo de união nacional".

Líderes do Fatah e do Hamas se encontraram no final de janeiro em Damasco, mas não discutiram um acordo sobre a formação e o programa de um governo de união nacional.

O principal propósito do governo seria readquirir a confiança da comunidade internacional, para que suspenda o boicote imposto ao governo do Hamas.

O Hamas venceu o Fatah nas últimas eleições parlamentares palestinas, há cerca de um ano. Desde que tomou posse em março, o partido luta para governar em meio a uma crise internacional. Os Estados Unidos, Israel e outros países impuseram um boicote financeiro ao governo palestino para forçar o Hamas a formar uma coalizão com o Fatah, considerado mais moderado, reconhecer o Estado de Israel e renunciar à violência.

Com agências internacionais

Especial
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