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10/02/2007 - 22h28

Presidente do Equador estuda criação de Universidade da Amazônia

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da Folha Online
da Efe

O presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou neste sábado que irá acabar com o atraso na região amazônica de seu país e anunciou a criação de uma universidade internacional na Amazônia.

"Aqui temos o maior e melhor laboratório do mundo, tanto em biodiversidade quanto em relação a etnografia e antropologia", disse Correa. Ele anunciou a criação da Universidade Amazonas durante seu programa de rádio semanal, emitido da cidade de Tena (capital da Província amazônica de Napo).

A idéia, segundo o presidente, é criar uma "universidade pública e internacional com Brasil, Venezuela, Colômbia, Peru e Equador" para receber "cientistas de todo o mundo para estudar e, talvez, preparar nossos jovens".

Dívida externa

Em Tena, o presidente reuniu seu gabinete pela primeira vez fora de Quito desde que assumiu a Presidência, em 15 de janeiro último. O governante esquerdista aproveitou a ocasião para dizer que atenderá às demandas das populações amazônicas "esquecidas por governos anteriores".

Ao falar sobre investimentos, Correa afirmou que pretende usar recursos públicos para fazer obras sociais. "Nada vai me impedir de usar os recursos do erário nacional para fazer obras sociais", disse, depois de ser lembrado que há leis vinculando o uso dos recursos ao pagamento da dívida externa.

O presidente afirmou ainda que seu governo estuda uma estratégia para exigir que a comunidade internacional, especialmente os países mais desenvolvidos, compensem os esforços do Equador para proteger o ambiente da Amazônia.

Segundo ele, os países desenvolvidos têm uma moral dupla. "Por um lado nos pedem que paremos com o desmatamento, e por outro nos exigem o pagamento da dívida. Mas para pagar a dívida teremos que usar os bosques, e aí nos acusam de atacar a biodiversidade. Essa moral dupla tem que acabar."

A Amazônia equatoriana está constituída por seis Províncias, onde vivem 600 mil habitantes --menos de 5% da população equatoriana. O território da floresta, porém, representa 47,2% da superfície total do país.

Cerca de 41,8% da população local é desnutrida, enquanto 77,6% vivem em condições de pobreza.

Especial
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