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13/02/2007
-
22h41
da Folha Online
A Chancelaria argentina enviou à Espanha nesta terça-feira um pedido de extradição para a ex-presidente Maria Estela Martínez Perón, que está atualmente em liberdade condicional em Madri. Também conhecida como Isabelita Perón, 75, a ex-presidente argentina teve sua prisão decretada por seu suposto envolvimento em crimes contra membros da oposição quando ela estava no poder.
Segundo um oficial da chancelaria, o pedido de extradição chegará em até 48 horas à embaixada argentina em Madri. Ele será então enviado ao Ministério das Relações Exteriores da Espanha, que deverá remeter o pedido à Justiça do país.
O juiz Raul Acosta, responsável pelo pedido de prisão, acusa Perón pelo desaparecimento de um militante político, Hector Fagetti, e pela detenção de um menor em fevereiro de 1976, um mês antes de ser derrubada por um golpe militar.
Há ainda um segundo pedido de prisão, emitido em janeiro deste ano pelo juiz Norberto Oyarbide, contra Perón. Oyarbide, que investiga oito homicídios cometidos pela Alianza Anticomunista Argentina --o grupo Triple A-- durante o governo da ex-presidente (1974-1976), quer interrogar Isabelita por sua responsabilidade nos incidentes.
Isabelita
A ex-presidente está atualmente em liberdade provisória, após ser presa durante três horas em Madri em janeiro. Como ela se negou a ser voluntariamente extraditada da Espanha para a Argentina, Isabelita deve aguardar os trâmites de sua extradição pela Justiça.
O juiz espanhol Juan del Olmo ordenou sua liberação após um acordo que prevê o comparecimento quinzenal da ex-presidente a uma estação de polícia, segundo fontes judiciais.
Isabelita Perón assumiu o poder na Argentina depois da morte de seu marido, Juan Perón. Apesar da entrada acidental, ela lutou para continuar no poder em meio à violência entre guerrilhas esquerdistas e esquadrões da morte que tomou a Argentina antes do golpe.
Em 1981, Isabelita foi condenada por corrução, mas obteve liberdade condicional no verão do mesmo ano e foi para o exílio na Espanha.
Ela foi perdoada em 1983, e em 1985 submeteu sua renúncia como líder do Partido Justicialista (peronista) de sua casa em Madri.
Duas pessoas que supostamente foram membros de esquadrões da morte na Argentina foram presas neste ano em ligação com outros casos de mortes e desaparecimentos. Um deles era assistente direto de Isabelita.
Com France Presse
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Maria Estela Martínez de Perón
Leia o que já foi publicado sobre a Argentina
Argentina pede à Espanha extradição de Isabelita Perón
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A Chancelaria argentina enviou à Espanha nesta terça-feira um pedido de extradição para a ex-presidente Maria Estela Martínez Perón, que está atualmente em liberdade condicional em Madri. Também conhecida como Isabelita Perón, 75, a ex-presidente argentina teve sua prisão decretada por seu suposto envolvimento em crimes contra membros da oposição quando ela estava no poder.
Segundo um oficial da chancelaria, o pedido de extradição chegará em até 48 horas à embaixada argentina em Madri. Ele será então enviado ao Ministério das Relações Exteriores da Espanha, que deverá remeter o pedido à Justiça do país.
O juiz Raul Acosta, responsável pelo pedido de prisão, acusa Perón pelo desaparecimento de um militante político, Hector Fagetti, e pela detenção de um menor em fevereiro de 1976, um mês antes de ser derrubada por um golpe militar.
Há ainda um segundo pedido de prisão, emitido em janeiro deste ano pelo juiz Norberto Oyarbide, contra Perón. Oyarbide, que investiga oito homicídios cometidos pela Alianza Anticomunista Argentina --o grupo Triple A-- durante o governo da ex-presidente (1974-1976), quer interrogar Isabelita por sua responsabilidade nos incidentes.
Isabelita
A ex-presidente está atualmente em liberdade provisória, após ser presa durante três horas em Madri em janeiro. Como ela se negou a ser voluntariamente extraditada da Espanha para a Argentina, Isabelita deve aguardar os trâmites de sua extradição pela Justiça.
O juiz espanhol Juan del Olmo ordenou sua liberação após um acordo que prevê o comparecimento quinzenal da ex-presidente a uma estação de polícia, segundo fontes judiciais.
Isabelita Perón assumiu o poder na Argentina depois da morte de seu marido, Juan Perón. Apesar da entrada acidental, ela lutou para continuar no poder em meio à violência entre guerrilhas esquerdistas e esquadrões da morte que tomou a Argentina antes do golpe.
Em 1981, Isabelita foi condenada por corrução, mas obteve liberdade condicional no verão do mesmo ano e foi para o exílio na Espanha.
Ela foi perdoada em 1983, e em 1985 submeteu sua renúncia como líder do Partido Justicialista (peronista) de sua casa em Madri.
Duas pessoas que supostamente foram membros de esquadrões da morte na Argentina foram presas neste ano em ligação com outros casos de mortes e desaparecimentos. Um deles era assistente direto de Isabelita.
Com France Presse
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