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17/02/2007
-
18h23
da Folha Online
Um protesto contra a expansão de uma base militar dos EUA na cidade de Vicenza (nordeste na Itália) reuniu milhares de manifestantes neste sábado.
Segundo os organizadores, a passeata chegou a reunir 120 mil pessoas. Já a polícia estimou o número de manifestantes entre 50 mil e 80 mil.
A manifestação foi pacífica, mas seguiu acompanhada de perto pela polícia. O premiê italiano, Romano Prodi, enfatizou o caráter pacífico da passeata. "A maioria no governo --concorde com o protesto ou, como eu, discorde-- parabeniza o movimento por ter encerrado de modo ordeiro", disse Prodi.
A manifestação terminou no local de onde partiu --a principal estação de trem da cidade-- depois de circular por algumas das ruas de Vicenza. A manifestação não passou diante do local onde a base americana poderá se expandir.
A moradora de Vicenza Simone Pasin, que carregava uma bandeira com um símbolo de paz, disse que construir uma base militar "não é um gesto de um governo pacífico". "É tempo de desativar bases militares e erigir estruturas de paz."
A preocupação dos moradores é que a expansão da base possa causar problemas de tráfego, excesso de barulho e poluição, causar escassez de recursos como água potável e gás devido ao aumento excessivo do consumo e aumentar os riscos de atentados terroristas.
O premiê italiano, Romano Prodi, causou irritação a seus aliados de esquerda em janeiro, quando disse que o governo italiano não se oporia à expansão da base americana. O Partido Comunista e o Partido Verde --que fazem parte da coalizão governista-- apoiaram o protesto de hoje, mas o premiê vetou a participação de ministros e subsecretários no protesto.
Prodi disse que o governo não tem nenhuma razão para se opor à expansão da base --que foi inclusive aprovada pelo conselho municipal de Vicenza.
O porta-voz do Consulado dos EUA em Milão, David Bustamante, disse que a expansão da base "é certa". "Não acho que há como voltar atrás. Isso é o que disse Prodi e o que disseram as autoridades locais."
A base Ederle tem cerca de 2.900 militares na ativa e a expansão de deve ocorrer no aeroporto Dal Molin, em outro ponto da cidade. Com a expansão, poderão ser removidos soldados que estão na Alemanha, o que deverá aumentar o número de soldados americanos em Vicenza para 5.000.
A expansão faz parte do plano do Exército dos EUA de reduzir o número de soldados na Europa para 88 mil até 2012 --durante a Guerra Fria, o país chegou a ter 480 mil soldados na Europa.
A construção deve começar neste ano e terminar até 2011, com um custo total de US$ 576 milhões. O governo italiano determinou que uma equipe, conduzida por italianos, consultasse a população próxima da área da expansão para que o plano pudesse ser ajustado.
O governo temia que o protesto se tornasse mais uma manifestação anti-EUA, mas Pasin disse que a preocupação da população não é com a presença de americanos, mas com a presença de militares. O problema não são americanos em Vicenza (...) O problema é haver uma base militar", disse.
Um grupo de americanos ignorou o alerta da Embaixada dos EUA na Itália para evitar a cidade de Vicenza hoje e se juntou ao protesto, carregando um cartaz em que se lia "Não em nosso nome", sendo aplaudidos por alguns dos italianos que assistiam a passeata nas ruas.
"Os EUA não deveriam construir bases militares, os EUA deveriam pensar em problemas domésticos", disse à agência de notícias Associated Press o americano John Gilbert, que vive na Itália há 25 anos.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre bases militares dos EUA
Manifestantes protestam contra expansão de base dos EUA na Itália
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Um protesto contra a expansão de uma base militar dos EUA na cidade de Vicenza (nordeste na Itália) reuniu milhares de manifestantes neste sábado.
Segundo os organizadores, a passeata chegou a reunir 120 mil pessoas. Já a polícia estimou o número de manifestantes entre 50 mil e 80 mil.
A manifestação foi pacífica, mas seguiu acompanhada de perto pela polícia. O premiê italiano, Romano Prodi, enfatizou o caráter pacífico da passeata. "A maioria no governo --concorde com o protesto ou, como eu, discorde-- parabeniza o movimento por ter encerrado de modo ordeiro", disse Prodi.
A manifestação terminou no local de onde partiu --a principal estação de trem da cidade-- depois de circular por algumas das ruas de Vicenza. A manifestação não passou diante do local onde a base americana poderá se expandir.
Dario Pignatelli/Reuters |
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Italianos protestam contra expansão de base militar dos EUA nas ruas de Vicenza |
A preocupação dos moradores é que a expansão da base possa causar problemas de tráfego, excesso de barulho e poluição, causar escassez de recursos como água potável e gás devido ao aumento excessivo do consumo e aumentar os riscos de atentados terroristas.
O premiê italiano, Romano Prodi, causou irritação a seus aliados de esquerda em janeiro, quando disse que o governo italiano não se oporia à expansão da base americana. O Partido Comunista e o Partido Verde --que fazem parte da coalizão governista-- apoiaram o protesto de hoje, mas o premiê vetou a participação de ministros e subsecretários no protesto.
Prodi disse que o governo não tem nenhuma razão para se opor à expansão da base --que foi inclusive aprovada pelo conselho municipal de Vicenza.
O porta-voz do Consulado dos EUA em Milão, David Bustamante, disse que a expansão da base "é certa". "Não acho que há como voltar atrás. Isso é o que disse Prodi e o que disseram as autoridades locais."
A base Ederle tem cerca de 2.900 militares na ativa e a expansão de deve ocorrer no aeroporto Dal Molin, em outro ponto da cidade. Com a expansão, poderão ser removidos soldados que estão na Alemanha, o que deverá aumentar o número de soldados americanos em Vicenza para 5.000.
A expansão faz parte do plano do Exército dos EUA de reduzir o número de soldados na Europa para 88 mil até 2012 --durante a Guerra Fria, o país chegou a ter 480 mil soldados na Europa.
A construção deve começar neste ano e terminar até 2011, com um custo total de US$ 576 milhões. O governo italiano determinou que uma equipe, conduzida por italianos, consultasse a população próxima da área da expansão para que o plano pudesse ser ajustado.
O governo temia que o protesto se tornasse mais uma manifestação anti-EUA, mas Pasin disse que a preocupação da população não é com a presença de americanos, mas com a presença de militares. O problema não são americanos em Vicenza (...) O problema é haver uma base militar", disse.
Um grupo de americanos ignorou o alerta da Embaixada dos EUA na Itália para evitar a cidade de Vicenza hoje e se juntou ao protesto, carregando um cartaz em que se lia "Não em nosso nome", sendo aplaudidos por alguns dos italianos que assistiam a passeata nas ruas.
"Os EUA não deveriam construir bases militares, os EUA deveriam pensar em problemas domésticos", disse à agência de notícias Associated Press o americano John Gilbert, que vive na Itália há 25 anos.
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