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19/02/2007 - 10h39

Cúpula tripartite para o Oriente Médio termina sem acordo

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da Efe, em Jerusalém

A reunião realizada nesta segunda-feira entre a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, o premiê de Israel, Ehud Olmert, e o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, terminou sem maiores avanços na negociação do processo de paz, apenas com o compromisso, anunciado por Rice, de que as três partes voltarão a se encontrar em breve.

Olmert e Abbas "decidiram voltar a se reunir em breve e expressaram o desejo de que continue havendo participação e a liderança americanas", afirmou Rice.

Sem dizer se participará pessoalmente da próxima reunião palestino-israelense, a secretária de Estado afirmou que voltará em pouco tempo à região.

Rice fez uma rápida declaração após o encontro, que durou cerca de duas horas e meia. Disse que as partes haviam conversado sobre o governo de união entre Fatah e Hamas que está sendo preparado na ANP e sobre o horizonte político para o processo de paz.

A secretária americana afirmou que o próximo governo da ANP precisa "estar comprometido" com os princípios do Quarteto para o Oriente Médio (grupo formado por EUA, Rússia, União Européia e ONU), ou seja: reconhecer a existência de Israel e os acordos firmados entre palestinos e o Estado israelense e renunciar à violência.

Afirmou, entretanto, que esperará sua formação para avaliar se estes critérios estão sendo cumpridos.

Rice pediu ainda que Israel e a ANP "respeitem o cessar-fogo" que acertaram em novembro.

Pressão

Após a reunião, o movimento radical islâmico Hamas reiterou sua rejeição à "pressão" dos EUA para "obstaculizar" a formação de um novo governo na ANP. O porta-voz do Hamas, Ismail Radwan, disse à agência de notícias Efe que a declaração feita por Rice após a reunião "é uma tentativa de pressionar os palestinos".

"Rejeitamos essas pressões (...), uma mostra da atitude negativa dos EUA contra o Acordo de Meca [pelo qual o Hamas e Fatah chegaram a um acordo para formar o novo governo] ao qual a maioria dos países deu as boas-vindas", acrescentou Radwan.

O representante do movimento islâmico disse ainda que este "não tem nenhuma esperança na mediação dos Estados Unidos, porque estes sempre estão do lado" de Israel.

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