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19/02/2007
-
14h27
da France Presse, em Londres
A policial que dirigiu a operação em que morreu Jean Charles de Menezes, o eletricista brasileiro de 27 anos assassinado por engano pela Scotland Yard no dia seguinte aos atentados fracassados em Londres em 21 de julho de 2005, foi promovida, anunciou a polícia britânica nesta segunda-feira.
A comandante Cressida Dick, responsável pela ação em que policiais atiraram sete vezes em Jean Charles numa estação do metrô na zona sul da cidade, passou a assistente-adjunta de delegado, o quarto cargo mais alto da Polícia Metropolitana de Londres.
"Ao confirmar a promoção, mostramos claramente que a oficial é digna de nossa confiança", anunciou a polícia britânica.
Para os parentes de Jean Charles, esta notícia representa mais um revés.
Em 22 de junho de 2005, os policiais dispararam sete vezes contra o brasileiro, que o confundiram com um terrorista, no dia seguinte aos atentados fracassados e duas semanas depois das explosões provocadas por outros terroristas nos transportes públicos londrinos que mataram 56 pessoas e deixaram 700 feridas.
O anúncio da promoção policial coincidiu com uma reportagem de capa do jornal "The Guardian", destacando que oficiais da Scotland Yard não informaram ao delegado da polícia, Ian Blair, que achavam que tinham se equivocado e que a pessoa morta na estação de Stockwell era inocente.
Segundo o jornal, o relatório da Comissão Independente de Queixas da Polícia (IPCC), que ainda não foi divulgado, concluiu que os oficiais da Scotland Yard sabiam que os agentes antiterroristas não tinham baleado um terrorista, mas um inocente, e que não informaram seu chefe.
Após a ação que matou Jean Charles, o chefe da Scotland Yard afirmou, em entrevista à imprensa, que o homem morto na Stockwell estava diretamente relacionado à investigação dos quatro atentados fracassados cometidos 24 horas antes no transporte público londrino.
Blair disse nesta entrevista à imprensa que Jean Charles se recusou a obedecer as ordens dos policiais e estava vestido com uma roupa parecida com a usada pelos supostos terroristas.
O jornal lembra ainda que Ian Blair se opôs ao interrogatório da IPCC argumentando que poderia atrapalhar a investigação policial sobre os atentados fracassados.
O relatório da IPCC vai ser divulgado daqui a um mês, segundo o jornal, acrescentando que o fato de o chefe da polícia desconhecer os detalhes da morte de Jean Charles pode dar margem a seus críticos para destacar sua falta de controle sobre suas forças e exigir sua renúncia.
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Policial-chefe de operação que matou Jean Charles é promovida
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A policial que dirigiu a operação em que morreu Jean Charles de Menezes, o eletricista brasileiro de 27 anos assassinado por engano pela Scotland Yard no dia seguinte aos atentados fracassados em Londres em 21 de julho de 2005, foi promovida, anunciou a polícia britânica nesta segunda-feira.
A comandante Cressida Dick, responsável pela ação em que policiais atiraram sete vezes em Jean Charles numa estação do metrô na zona sul da cidade, passou a assistente-adjunta de delegado, o quarto cargo mais alto da Polícia Metropolitana de Londres.
"Ao confirmar a promoção, mostramos claramente que a oficial é digna de nossa confiança", anunciou a polícia britânica.
Para os parentes de Jean Charles, esta notícia representa mais um revés.
Em 22 de junho de 2005, os policiais dispararam sete vezes contra o brasileiro, que o confundiram com um terrorista, no dia seguinte aos atentados fracassados e duas semanas depois das explosões provocadas por outros terroristas nos transportes públicos londrinos que mataram 56 pessoas e deixaram 700 feridas.
O anúncio da promoção policial coincidiu com uma reportagem de capa do jornal "The Guardian", destacando que oficiais da Scotland Yard não informaram ao delegado da polícia, Ian Blair, que achavam que tinham se equivocado e que a pessoa morta na estação de Stockwell era inocente.
Segundo o jornal, o relatório da Comissão Independente de Queixas da Polícia (IPCC), que ainda não foi divulgado, concluiu que os oficiais da Scotland Yard sabiam que os agentes antiterroristas não tinham baleado um terrorista, mas um inocente, e que não informaram seu chefe.
Após a ação que matou Jean Charles, o chefe da Scotland Yard afirmou, em entrevista à imprensa, que o homem morto na Stockwell estava diretamente relacionado à investigação dos quatro atentados fracassados cometidos 24 horas antes no transporte público londrino.
Blair disse nesta entrevista à imprensa que Jean Charles se recusou a obedecer as ordens dos policiais e estava vestido com uma roupa parecida com a usada pelos supostos terroristas.
O jornal lembra ainda que Ian Blair se opôs ao interrogatório da IPCC argumentando que poderia atrapalhar a investigação policial sobre os atentados fracassados.
O relatório da IPCC vai ser divulgado daqui a um mês, segundo o jornal, acrescentando que o fato de o chefe da polícia desconhecer os detalhes da morte de Jean Charles pode dar margem a seus críticos para destacar sua falta de controle sobre suas forças e exigir sua renúncia.
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