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22/02/2007
-
17h29
ANDREA MURTA
da Folha Online
Apesar das relações históricas complicadas pelo nazismo e pelo Holocausto, a Alemanha é hoje para os judeus que vivem em Israel um dos países mais apreciados da Europa, segundo um estudo divulgado nesta quinta-feira pela Fundação Konrad Adenauer.
O país da Europa preferido pelos israelenses é o Reino Unido, com uma aceitação de 80%, e, em segundo lugar, aparece a Alemanha, com 67%. "Ficamos agradavelmente surpreendidos pelos resultados da pesquisa, que não era esperado", afirmou à Folha Online por telefone o representante da Fundação Konrad Adenauer no Brasil e Diretor do Centro de Estudos no Rio de Janeiro, Wilhelm Hofmeister.
Segundo o representante, devido às delicadas relações entre os alemães e os israelenses, a Fundação realiza levantamentos freqüentes para avaliar a imagem do país entre os judeus, além de outros questionamentos.
A enquete foi realizada durante a Presidência alemã da União Européia (UE) por um instituto de estudos sociais que entrevistou 511 israelenses, tanto judeus como da minoria árabe.
O estudo tem uma margem de erro de 4,5 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Hofmeister destaca que possuem uma imagem mais positiva da Alemanha os israelenses mais velhos, enquanto a juventude israelense é mais "indiferente". Segundo a pesquisa, é justamente na geração mais próxima dos períodos de tensão entre alemães e judeus que a Alemanha é mais bem vista.
"Na atualidade e na história, as relações entre a Alemanha e Israel são especiais. A Alemanha tem uma disposição para com Israel que é também diferenciada", afirma o diretor.
Segundo Hofmeister, há uma série de incentivos que a Alemanha aplica para Israel. "Agora, a pesquisa mostra que precisamos investir mais nas relações com a juventude. Isso deverá ser feito principalmente com o aumento dos intercâmbios entre os dois países."
Sonho europeu
O estudo também revelou que três quartos dos israelenses gostariam de fazer parte da União Européia (UE), e um de cada dez abandonaria Israel se tivesse passaporte europeu.
Segundo o estudo, metade dos israelenses viajou em 2006 para algum país da Europa. Os mais visitados, pela ordem, foram França, Itália, Reino Unido, Espanha e Alemanha.
Curiosamente, a França, apesar ser o país mais visitado, não é muito apreciada pelos israelenses --61% dos entrevistados afirmaram não gostar do país.
Governo alemão
A Fundação Konrad Adenauer, que tem ligações com a União Democrata-Cristã (CDU), partido da chanceler Angela Merkel, também perguntou aos israelenses como vêem a chefe do governo alemão. Cerca de 60% responderam que ela melhorou a imagem do país.
Entre a geração de israelenses que viveu o Holocausto, a percentagem de simpatia por Merkel chega aos 77%.
Israel é um dos cinco membros do chamado Processo de Barcelona --juntamente com Marrocos, a Autoridade Nacional Palestina (ANP), Tunísia e Jordânia-- que assinaram planos de ação com a UE amparados pela "Política Européia de Vizinhança" (PEV).
A PEV foi criada após a ampliação da UE para o leste, e visa a cooperação com os vizinhos da União que não têm perspectivas de se transformar em membros. Ela também se aplica agora à Associação Euromediterrânea.
A política oferece aos parceiros a possibilidade de laços políticos e econômicos mais estreitos, assim como o recebimento de ajuda para realizar reformas econômicas e sociais, em troca do compromisso de reforçar o estado de direito, a democracia e os direitos humanos.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Alemanha
Leia o que já foi publicado sobre Israel
Leia o que já foi publicado sobre a União Européia
Alemanha é apreciada por 67% dos israelenses, diz estudo
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da Folha Online
Apesar das relações históricas complicadas pelo nazismo e pelo Holocausto, a Alemanha é hoje para os judeus que vivem em Israel um dos países mais apreciados da Europa, segundo um estudo divulgado nesta quinta-feira pela Fundação Konrad Adenauer.
O país da Europa preferido pelos israelenses é o Reino Unido, com uma aceitação de 80%, e, em segundo lugar, aparece a Alemanha, com 67%. "Ficamos agradavelmente surpreendidos pelos resultados da pesquisa, que não era esperado", afirmou à Folha Online por telefone o representante da Fundação Konrad Adenauer no Brasil e Diretor do Centro de Estudos no Rio de Janeiro, Wilhelm Hofmeister.
Segundo o representante, devido às delicadas relações entre os alemães e os israelenses, a Fundação realiza levantamentos freqüentes para avaliar a imagem do país entre os judeus, além de outros questionamentos.
A enquete foi realizada durante a Presidência alemã da União Européia (UE) por um instituto de estudos sociais que entrevistou 511 israelenses, tanto judeus como da minoria árabe.
O estudo tem uma margem de erro de 4,5 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Hofmeister destaca que possuem uma imagem mais positiva da Alemanha os israelenses mais velhos, enquanto a juventude israelense é mais "indiferente". Segundo a pesquisa, é justamente na geração mais próxima dos períodos de tensão entre alemães e judeus que a Alemanha é mais bem vista.
"Na atualidade e na história, as relações entre a Alemanha e Israel são especiais. A Alemanha tem uma disposição para com Israel que é também diferenciada", afirma o diretor.
Segundo Hofmeister, há uma série de incentivos que a Alemanha aplica para Israel. "Agora, a pesquisa mostra que precisamos investir mais nas relações com a juventude. Isso deverá ser feito principalmente com o aumento dos intercâmbios entre os dois países."
Sonho europeu
O estudo também revelou que três quartos dos israelenses gostariam de fazer parte da União Européia (UE), e um de cada dez abandonaria Israel se tivesse passaporte europeu.
Segundo o estudo, metade dos israelenses viajou em 2006 para algum país da Europa. Os mais visitados, pela ordem, foram França, Itália, Reino Unido, Espanha e Alemanha.
Curiosamente, a França, apesar ser o país mais visitado, não é muito apreciada pelos israelenses --61% dos entrevistados afirmaram não gostar do país.
Governo alemão
A Fundação Konrad Adenauer, que tem ligações com a União Democrata-Cristã (CDU), partido da chanceler Angela Merkel, também perguntou aos israelenses como vêem a chefe do governo alemão. Cerca de 60% responderam que ela melhorou a imagem do país.
Entre a geração de israelenses que viveu o Holocausto, a percentagem de simpatia por Merkel chega aos 77%.
Israel é um dos cinco membros do chamado Processo de Barcelona --juntamente com Marrocos, a Autoridade Nacional Palestina (ANP), Tunísia e Jordânia-- que assinaram planos de ação com a UE amparados pela "Política Européia de Vizinhança" (PEV).
A PEV foi criada após a ampliação da UE para o leste, e visa a cooperação com os vizinhos da União que não têm perspectivas de se transformar em membros. Ela também se aplica agora à Associação Euromediterrânea.
A política oferece aos parceiros a possibilidade de laços políticos e econômicos mais estreitos, assim como o recebimento de ajuda para realizar reformas econômicas e sociais, em troca do compromisso de reforçar o estado de direito, a democracia e os direitos humanos.
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