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26/02/2007 - 23h01

Cheney pede para Paquistão lutar contra a Al Qaeda na fronteira

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da France Presse, em Islamabad

O vice-presidente americano, Dick Cheney, viajou nesta segunda-feira de surpresa para o Paquistão, onde pediu ao presidente Pervez Musharraf que reforce a luta contra os militantes talebans e a rede terrorista Al Qaeda na fronteira entre seu país e o Afeganistão.

Depois de duas horas de entrevista, Cheney "manifestou os temores dos EUA diante do reagrupamento da Al Qaeda nas zonas tribais (fronteiriças com o Afeganistão) e pediu um esforço concentrado para enfrentar a ameaça", segundo um comunicado paquistanês.

Cheney viajou em seguida para Cabul, onde se reuniu hoje com o presidente Hamid Karzai. A visita deveria ocorrer na segunda-feira mas foi adiada devido à intensa neve que atingia Cabul, segundo a Presidência afegã.

Cheney também destacou em Islamabad "as graves preocupações dos EUA" depois das informações proporcionadas pelos serviços de inteligência americanos sobre uma ofensiva taleban na primavera contra as forças armadas ocidentais no Afeganistão, acrescentou o comunicado oficial paquistanês.

Mas Cheney disse "apreciar o papel do Paquistão na luta contra o terrorismo" e pediu um reforço dos vínculos entre este país e os Estados Unidos na "guerra contra o terrorismo".

O presidente paquistanês respondeu que as forças paquistanesas, afegãs, da Otan e americanas deverão ter "responsabilidade comum para que cessem as passagens ilegais" de militantes do Paquistão para o Afeganistão, que compartilham uma fronteira de 2.500 km.

A visita do vice-presidente americano coincide com a da ministra britânica das Relações Exteriores, Margaret Beckett.

Londres anunciou nesta segunda-feira o envio de 1.400 efetivos a mais para o Afeganistão, onde aumentaram os ataques dos talebans.

Alerta

Cheney chega ao Paquistão depois da advertência do presidente americano, George W. Bush, a seu colega paquistanês de que poderia cortar a ajuda dos EUA ao país asiático se este não conseguisse mais progressos na luta contra a Al Qaeda, segundo publicou no domingo (25) o jornal "The New York Times".

O site do "Times" cita altos responsáveis da administração americana, segundo os quais a Casa Branca acredita que o presidente paquistanês não está cumprindo seus compromissos nesse terreno.

Em setembro de 2006, Musharraf --aliado dos americanos na "guerra contra o terrorismo" desde 2001-- prometeu a Bush que um acordo de paz com os chefes tribais do noroeste do Paquistão não dificultaria a busca e a captura de talebans e de membros da Al Qaeda nessa área.

No entanto, os serviços secretos americanos consideram que algumas células terroristas foram reconstituídas nessa região, segundo o "Times".

As regiões tribais paquistanesas fronteiriças com o Afeganistão são utilizadas como bases pelos rebeldes talebans, que continuam com seus ataques contra as forças afegãs e da coalizão internacional presente no país.

O Paquistão é acusado regularmente de não fazer o suficiente para impedir os talebans de se instalarem nessas áreas tribais. Os ataques talebans no Afeganistão deixaram 4.000 mortos em 2006.
 

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