Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
28/02/2007 - 08h59

Líder do Irã visita o Sudão para pedir apoio a programa nuclear

Publicidade

Folha Online

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, chegou nesta quarta-feira ao Sudão para se reunir com o líder sudanês, Omar al Bashir.

Os dois países enfrentam forte pressão da ONU (Organização das Nações Unidos) devido ao conflito em Darfur e ao programa nuclear do Irã.

Com a visita, o Irã tenta buscar o apoio sudanês para a polêmica nuclear com a comunidade internacional. Ahmadinejad foi recebido por Al Bashir no aeroporto internacional de Cartum.

O encontro ocorre um dia depois que a Corte Criminal Internacional acusou um membro do gabinete de Al Bashir de cometer crimes de guerra e contra a humanidade em Darfur.

Phillip Dhil/Efe
Presidente do Sudão, Omar al Bashir (à esq) recebe Ahmadinejad
Presidente do Sudão, Omar al Bashir (à esq) recebe Ahmadinejad
Durante a visita de dois dias, o presidente do Irã deverá fazer um discurso em uma instituição privada em Cartum e testemunhar a assinatura de vários acordos bilaterais, segundo o Ministério da Informação sudanês.

Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU --EUA, Rússia, China, Reino Unido e França-- mais a Alemanha discutem a possibilidade de endurecer as sanções impostas ao Irã em uma resolução divulgada em dezembro de 2006, devido à recusa do país em atender às exigências da ONU e abandonar seu programa de enriquecimento de urânio.

O urânio enriquecido é utilizado tanto para abastecer reatores nucleares quanto para produzir bombas atômicas.

Os EUA acusam o Irã de manter um segundo programa nuclear clandestino, que visaria a construção de armas nucleares.

O Irã nega as acusações, dizendo que o urânio enriquecido é usado apenas para fins pacíficos, como a produção de energia elétrica e de combustível para plataformas nucleares.

Sudão

A ONU pressiona o governo de Cartum para que aceite o envio de 22 mil soldados de paz da ONU e da União Africana (UA) para Darfur, onde cerca de 2,5 milhões de pessoas se tornaram refugiados, e mais de 200 mil morreram durante quatro anos de confrontos.

Al Bashir rejeita qualquer destacamento de tropas da ONU, afirmando que isso seria uma "violação à soberania" do país.

Nesta terça-feira, o promotor-chefe da Corte Criminal Internacional (ICC) acusou o Ministro de Questões Humanitárias do Sudão, Ahmed Muhammed Harun, de pagar e recrutar milícias responsáveis por assassinatos, estupros e torturas em Darfur.

Harun, que é amigo próximo de Al Bashir, teria cometido os crimes quando ocupava um cargo mais baixo no ministério. A ICC também acusa o líder da milícia, Ali Mohammed Ali Abd al Rahman, de crimes de guerra e contra a Humanidade.

O Sudão rejeita as acusações e diz que não entregará os suspeitos ao tribunal internacional.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre o Sudão
  • Leia o que já foi publicado sobre o Irã
  • Leia o que já foi publicado sobre Darfur
  • Leia o que já foi publicado sobre o programa nuclear iraniano
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página