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28/02/2007
-
10h18
da Efe, em Jerusalém
O governo de Israel planeja há algumas semanas a construção em Jerusalém Oriental do que seria o maior assentamento judaico em território palestino. A informação é do jornal israelense "Haaretz".
O assentamento, que teria cerca de 11 mil casas para famílias ultra-ortodoxas, deverá ser construído na altura do posto de controle de Kalandia, que separa o norte de Jerusalém da cidade de Ramallah, na Cisjordânia, e perto do "muro de proteção" --barreira que Israel constrói sob a alegação de barrar a passagem, de terroristas palestinos para o lado israelense. Palestinos e a comunidade internacional condenam a construção.
O plano prevê ainda a escavação de um túnel ligando a nova colônia com a de Kokhav Yaakov, situada ao leste de Ramallah e fora do traçado previsto do muro de separação israelense.
O túnel permitiria aos habitantes de ambas as localidades evitar o "muro de proteção" e o contato com o povoado palestino de Kafr Aqab.
O deputado israelense Otniel Schneller, do partido Kadima [no governo], afirmou que o plano é desenvolvido pelo Ministério de Construção e Habitação, e que a Prefeitura de Jerusalém está "feliz com a idéia". No entanto, o ministro de Construção e Habitação, Meir Sheetrit, negou estar no comando desse plano.
Schneller disse ainda que, efetivamente, "o ministro [Sheetrit] não tem consciência do plano", pois "apenas o distrito de Jerusalém do ministério o conhecia', e que o projeto "está apenas na fase de 'estudos de viabilidade'".
Segundo o jornal, o plano foi apresentado em várias ocasiões a diversos órgãos governamentais, e ao menos em uma delas esteve presente o diretor do Ministério da Habitação no distrito de Jerusalém, Moshe Merhavia.
Schneller, ligação entre os colonos e o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, confirmou também que ainda não falou com ele [Olmert] sobre o assunto. "Mas, pelo que sei da posição do governo, existe um interesse israelense em estabelecer um 'bairro' na área.
Aparentemente, o bairro seria construído em terras públicas ou adquiridas há décadas pelo Fundo Nacional Judaico (JNF, sigla em inglês).
A empresa de arquitetura que planeja o projeto se negou a revelar qual órgão governamental foi responsável pela contratação da firma.
A proposta de um novo assentamento entre Jerusalém e Ramallah gerou críticas no campo israelense.
"É uma verdadeira loucura colocar milhares de judeus ultra-ortodoxos no coração de uma zona árabe densamente povoada. Ninguém pode imaginar como viveriam ali. É como viver no meio de Ramallah, disse o ex-vice-prefeito de Jerusalém Meron Benvenisti.
O advogado Danny Zindman, da associação Ir Amim considera que este plano levaria à fragmentação de Jerusalém.
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Israel planeja criar maior assentamento judaico na Cisjordânia
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O governo de Israel planeja há algumas semanas a construção em Jerusalém Oriental do que seria o maior assentamento judaico em território palestino. A informação é do jornal israelense "Haaretz".
O assentamento, que teria cerca de 11 mil casas para famílias ultra-ortodoxas, deverá ser construído na altura do posto de controle de Kalandia, que separa o norte de Jerusalém da cidade de Ramallah, na Cisjordânia, e perto do "muro de proteção" --barreira que Israel constrói sob a alegação de barrar a passagem, de terroristas palestinos para o lado israelense. Palestinos e a comunidade internacional condenam a construção.
O plano prevê ainda a escavação de um túnel ligando a nova colônia com a de Kokhav Yaakov, situada ao leste de Ramallah e fora do traçado previsto do muro de separação israelense.
O túnel permitiria aos habitantes de ambas as localidades evitar o "muro de proteção" e o contato com o povoado palestino de Kafr Aqab.
O deputado israelense Otniel Schneller, do partido Kadima [no governo], afirmou que o plano é desenvolvido pelo Ministério de Construção e Habitação, e que a Prefeitura de Jerusalém está "feliz com a idéia". No entanto, o ministro de Construção e Habitação, Meir Sheetrit, negou estar no comando desse plano.
Schneller disse ainda que, efetivamente, "o ministro [Sheetrit] não tem consciência do plano", pois "apenas o distrito de Jerusalém do ministério o conhecia', e que o projeto "está apenas na fase de 'estudos de viabilidade'".
Segundo o jornal, o plano foi apresentado em várias ocasiões a diversos órgãos governamentais, e ao menos em uma delas esteve presente o diretor do Ministério da Habitação no distrito de Jerusalém, Moshe Merhavia.
Schneller, ligação entre os colonos e o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, confirmou também que ainda não falou com ele [Olmert] sobre o assunto. "Mas, pelo que sei da posição do governo, existe um interesse israelense em estabelecer um 'bairro' na área.
Aparentemente, o bairro seria construído em terras públicas ou adquiridas há décadas pelo Fundo Nacional Judaico (JNF, sigla em inglês).
A empresa de arquitetura que planeja o projeto se negou a revelar qual órgão governamental foi responsável pela contratação da firma.
A proposta de um novo assentamento entre Jerusalém e Ramallah gerou críticas no campo israelense.
"É uma verdadeira loucura colocar milhares de judeus ultra-ortodoxos no coração de uma zona árabe densamente povoada. Ninguém pode imaginar como viveriam ali. É como viver no meio de Ramallah, disse o ex-vice-prefeito de Jerusalém Meron Benvenisti.
O advogado Danny Zindman, da associação Ir Amim considera que este plano levaria à fragmentação de Jerusalém.
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