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05/03/2007
-
07h31
da Efe, em Jerusalém
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, expressou ao ministro alemão de Relações Exteriores, Frank Walter-Steimeier, presidente rotativo do Conselho Europeu, sua indignação pela suposta discriminação da União Européia (UE) a seu povo e favorecimento a Israel.
Segundo o jornal israelense "Haaretz", a carta foi enviada por Rafik Hosseini, chefe do gabinete do presidente na Muqata de Ramallah. O documento inclui queixas ante a UE por "uma série de ações provocativas e ilegais de Israel".
A carta diz que Israel violou compromissos assumidos no passado, inclusive o "Mapa do Caminho", o plano de paz do Quarteto de Madri para solucionar o conflito palestino-israelense.
Além disso, diz que Israel se propõe a construir um bairro judaico em Jerusalém Oriental e um quartel de polícia ao sudeste desta cidade, na Cisjordânia ocupada.
Israel anexou Jerusalém Oriental após a guerra de junho de 1967 para ampliar os limites do prefeitura, declarando-a em 1980, por lei, sua capital "eterna e indivisível". Um terço de seus habitantes são palestinos, que sonham estabelecer na "Jerusalém árabe" a capital de um futuro Estado independente.
A carta de Hosseini ao chefe da diplomacia alemã coincide com uma campanha do Ministério de Assuntos Exteriores de Israel, Tzipi Livni, para persuadir a UE e os Estados Unidos a não reconhecerem o governo palestino em formação, a coalizão de unidade entre os movimentos Hamas e Fatah.
Governo de coalizão
Autoridades israelenses dizem acreditar que este novo governo palestino ficará sob a influência do Hamas, que se nega a reconhecer a legitimidade de Israel, a cumprir acordos anteriores de paz e a deixar as armas.
"Em um momento em que o povo palestino se encontra no processo de um histórico consenso nacional, essas ações de Israel só servem para atrapalhar os esforços para apoiar as forças da moderação entre as facções palestinas", afirmou.
Hosseini insinua que, apesar das "violações" israelenses e sua recusa a participar de um diálogo com os palestinos, o país possui estreitas relações e vínculos financeiros com a UE, ao contrário da ANP, que se encontra sob um embargo internacional desde que o Hamas assumiu o governo, há um ano.
Livni se reunirá hoje com membros da UE em Bruxelas, sede do bloco, e dentro de duas semanas encontrará a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, em Washington.
Há uma inquietação dentro do governo israelense diante da possibilidade de vários governos europeus confirmarem o embargo imposto ao governo do Hamas, movimento que não mudará suas posições em relação a Israel uma vez apresentada a nova coalizão palestina.
A formação do governo de unidade entre membros do Hamas e os nacionalistas do Fatah, cujo líder é o presidente Abbas, foi acertada em 8 de fevereiro, na cidade saudita de Meca.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Mahmoud Abbas
Leia o que já foi publicado sobre a União Européia
Abbas acusa UE de discriminar palestinos e favorecer Israel
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O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, expressou ao ministro alemão de Relações Exteriores, Frank Walter-Steimeier, presidente rotativo do Conselho Europeu, sua indignação pela suposta discriminação da União Européia (UE) a seu povo e favorecimento a Israel.
Segundo o jornal israelense "Haaretz", a carta foi enviada por Rafik Hosseini, chefe do gabinete do presidente na Muqata de Ramallah. O documento inclui queixas ante a UE por "uma série de ações provocativas e ilegais de Israel".
A carta diz que Israel violou compromissos assumidos no passado, inclusive o "Mapa do Caminho", o plano de paz do Quarteto de Madri para solucionar o conflito palestino-israelense.
Além disso, diz que Israel se propõe a construir um bairro judaico em Jerusalém Oriental e um quartel de polícia ao sudeste desta cidade, na Cisjordânia ocupada.
Israel anexou Jerusalém Oriental após a guerra de junho de 1967 para ampliar os limites do prefeitura, declarando-a em 1980, por lei, sua capital "eterna e indivisível". Um terço de seus habitantes são palestinos, que sonham estabelecer na "Jerusalém árabe" a capital de um futuro Estado independente.
A carta de Hosseini ao chefe da diplomacia alemã coincide com uma campanha do Ministério de Assuntos Exteriores de Israel, Tzipi Livni, para persuadir a UE e os Estados Unidos a não reconhecerem o governo palestino em formação, a coalizão de unidade entre os movimentos Hamas e Fatah.
Governo de coalizão
Autoridades israelenses dizem acreditar que este novo governo palestino ficará sob a influência do Hamas, que se nega a reconhecer a legitimidade de Israel, a cumprir acordos anteriores de paz e a deixar as armas.
"Em um momento em que o povo palestino se encontra no processo de um histórico consenso nacional, essas ações de Israel só servem para atrapalhar os esforços para apoiar as forças da moderação entre as facções palestinas", afirmou.
Hosseini insinua que, apesar das "violações" israelenses e sua recusa a participar de um diálogo com os palestinos, o país possui estreitas relações e vínculos financeiros com a UE, ao contrário da ANP, que se encontra sob um embargo internacional desde que o Hamas assumiu o governo, há um ano.
Livni se reunirá hoje com membros da UE em Bruxelas, sede do bloco, e dentro de duas semanas encontrará a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, em Washington.
Há uma inquietação dentro do governo israelense diante da possibilidade de vários governos europeus confirmarem o embargo imposto ao governo do Hamas, movimento que não mudará suas posições em relação a Israel uma vez apresentada a nova coalizão palestina.
A formação do governo de unidade entre membros do Hamas e os nacionalistas do Fatah, cujo líder é o presidente Abbas, foi acertada em 8 de fevereiro, na cidade saudita de Meca.
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