Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
06/03/2007 - 06h12

Israel espera "baby boom" após conflito com Hizbollah

Publicidade

da Folha Online
da Efe

Houve um crescimento de 35% de gestantes em Israel. O principal plano de saúde do país, Kupat Holim Clalit, informa que o aumento ocorreu durante julho e agosto do ano passado. Meses que foram seguidos do conflito com a milícia xiita libanesa do Hizbollah.

Entre a população israelense, as explicações para o maior número de mulheres grávidas recorrem à tradição secular que demonstra alterações na fertilidade feminina e na virilidade masculina em situações de pós-guerra. De acordo com os relatos de médicos, divulgados pela imprensa de Israel, o aumento de gestantes depois da guerra é diagnosticado como precedente de ordem física e psicológica.

Para os profissionais da saúde, o grande número de mulheres grávidas no pós-guerra ocorre porque os combatentes estiveram longo tempo na frente de batalha e não com suas parceiras. Outra causa é que algumas mulheres não têm ovulação quando se encontram sob pressão. O que dificulta a fertilidade enquanto estão com seus maridos longe de casa ou em perigo.

A ofensiva militar de Israel contra a milícia fundamentalista do Hizbollah durou 34 dias.

Calcula-se que 80% dos efetivos das Forças Armadas são reservistas, isto é, civis que continuam servindo ao Exército até os 45 anos.

Normalmente a incidência de gravidez acontece depois das guerras, e não no meio delas afirmou Tzachi Ben Tzion, vice-diretor do Centro Médico Soroka, na cidade de Beersheba. "O retorno do marido da frente de batalha acalma a ansiedade da mulher por isso é muito mais provável a gravidez", declara Ben Tzion, especializado em psiquiatria e sexologia.

No plano psicológico, Ben Tzion acrescenta que o efeito da guerra conduz o ser humano a pensar de um modo diferente no significado de sua vida e de seu destino. "Uma criança em gestação promove o sentimento da continuidade e de controle em nossa vida, o sentimento de que não ficaremos sozinhos, expressa a vontade de sobreviver", explicou.

A estatística revelou que os exames realizados com as gestantes detectaram que os fetos estão com 16 a 20 semanas. Os funcionários do plano de saúde dizem que só em junho será possível saber se o aumento do número dos exames foi realmente o anúncio de um "baby boom".

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre o Hizbollah
  • Leia o que já foi publicado sobre "baby boom"
  • Leia o que já foi publicado sobre a guerra do Líbano
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página