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08/03/2007 - 16h36

Guerra contra o terrorismo é marca do governo Bush

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da Folha Online

O republicano George Walker Bush , 60, filho do ex-presidente e também republicano George Bush (1989-1992), governa os Estados Unidos desde 2001, quando foi eleito após uma disputa controversa com o democrata Al Gore. Reeleito em 2004, Bush é o 43º presidente a dirigir o país, e na segunda corrida presidencial, que aconteceu em meio à guerra no Iraque, venceu sem grandes dificuldades o adversário democrata John Kerry.

Com um governo marcado na opinião pública pela guerra contra o terrorismo, Bush nasceu em 6 de julho de 1946 na cidade de Midland, Texas. Passou grande parte de sua infância e juventude em sua cidade natal e em Houston, também no mesmo Estado. Tem quatro irmãos: Jeb --que é governador do Estado da Flórida--, Neil, Marvin, e Dorothy. Outra irmã, Robin, morreu de leucemia em 1953, aos três anos de idade.

Jason Reed/Reuters
Bush deixa evento em Washington; sua Presidência é marcada por guerras
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Casado com Laura Bush e pai de duas gêmeas de 25 anos, Barbara e Jenna, o republicano foi governador do Estado do Texas antes de se tornar presidente.

Sua carreira política teve início em 1978, quando tentou eleger-se deputado pelo Texas, mas foi derrotado. Quando, depois de estudar em Yale e na Harvard Business School, decidiu entrar no mundo dos negócios, seguiu os caminhos do pai e escolheu a indústria petrolífera.

Em 1986, pressionado por sua mulher, Laura, uma educadora pragmática, Bush abandonou o álcool --do qual foi acusado de ser dependente-- e as festas, se convertendo à religião metodista. No ano seguinte, seu pai, que se preparava para a eleição de 1988, chamou-o para trabalhar em Washington. No mesmo ano, Bush comprou o time de beisebol Texas Rangers e foi diretor-executivo da equipe até 1994.

Com isso, Bush obteve o sucesso que procurava: fez seu nome e criou raízes no Estado do Texas para, em 1994, ser eleito governador, derrotando a popular candidata do partido democrata Ann Richards.

Quando conseguiu a reeleição, em 1998, com 65% dos votos, os políticos dos EUA passaram a notá-lo. As coisas começaram a mudar em sua carreira.

Primeira eleição

Sua primeira campanha para a Presidência dos EUA foi disputada voto a voto com o candidato democrata e então vice-presidente de Bill Clinton (1993-2000), Al Gore.

Os pontos mais marcantes da campanha de Bush, durante as eleições, foram aqueles em que os candidatos divergiram entre si, como o aborto (questão sobre a qual ele é radicalmente contra), os impostos e a política de defesa nacional.

Depois de ser anunciada sua vitória pela Suprema Corte da Flórida e de receber os 25 votos do Colégio Eleitoral do Estado, Bush ainda teve de aguardar a votação dos 538 delegados do país, no dia 18 de dezembro, confirmando a vitória para, apenas no dia 20 de janeiro de 2001, participar da cerimônia oficial de posse da Presidência dos Estados Unidos e assumir a liderança do país.

Terrorismo

Durante o primeiro mandato, Bush enfrentou o maior atentado terrorista já cometido em solo americano, o ataque às torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, pela rede terrorista Al Qaeda (em 11 de setembro de 2001). Logo após o atentado, a popularidade de Bush subiu, o que ajudou o governo a ter apoio suficiente para invadir o Afeganistão e derrubar o regime radical islâmica Taleban, acusado de cumplicidade com os terroristas.

Em março de 2003, Bush tomou a decisão de invadir o Iraque, apesar da oposição da ONU (Organizações das Nações Unidas), em busca de supostas armas de destruição em massa produzidas pelo então ditador Saddam Hussein. As armas nunca foram encontradas, mas a ação derrubou Saddam.

A presença americana no Iraque ainda é realidade hoje e um dos pontos de maior oposição a Bush dentro e fora dos EUA. Mais de 3.000 soldados americanos já morreram na luta contra a insurgência no país árabe. A guerra no Iraque é apontada como um dos principais motivos da derrota republicana nas eleições para o Congresso americano em 2006, após 12 anos ininterruptos de liderança do partido do presidente.

Segundo mandato

Para muitos analistas, Bush se reelegeu em 2004 porque conseguiu persuadir americanos em número suficiente de que, em meio a uma guerra (no Iraque), não é a hora de trocar de líder.

A continuidade da guerra, porém, está causado sérios danos a Bush. Além de provocar crises políticas internas nos Estados Unidos, a guerra americana contra o terrorismo está gerando também uma crescente oposição em todo o globo, segundo pesquisa realizada em janeiro pelo instituto GlobeScan. Apenas 29% dos entrevistados disseram que os EUA influenciam positivamente o mundo, uma queda de sete pontos percentuais com relação ao ano anterior.

A política americana no Oriente Médio foi uma das mais contestadas pelos entrevistados: 73% desaprovam a ação dos EUA na região.

A derrota dos republicanos no Congresso promete ser problemática para o presidente americano nos próximos dois anos, os últimos de seu mandato. A maioria democrata já apresentou medidas de repúdio à estratégia de Bush no Iraque que, apesar de não terem poder para impedir o envio de mais de 20 mil novos soldados americanos ao país árabe, desgastam os republicanos politicamente e ameaçam interesses do partido nas próximas eleições presidenciais, marcadas para o final de 2008.

Ficha

Idade: 60 anos

Estado civil: Casado com Laura Bush, professora e bibliotecária

Filhos: Duas filhas gêmeas, Bárbara e Jenna

Religião: metodista

Local de nascimento: New Haven, Connecticut. Passou a infância e a adolescência em Midland e Houston, no Estado do Texas

Formação: História pela Universidade de Yale, em 1968, e mestrado em Administração pela Universidade de Harvard, em 1975

Funções no setor privado: Entre 1975 e 1986, foi executivo e acionista de companhias do setor petrolífero. Depois de trabalhar na campanha presidencial do pai, em 1988, comprou o Texas Ranges, time de beisebol. Foi diretor executivo da equipe até 1994.

Funções no setor público: Eleito governador do Texas em 1994 e reeleito em 1998. Venceu as eleições presidenciais de 2000 e em 2004.

Com agências internacionais

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