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11/03/2007 - 16h27

Em mensagem de áudio, "braço direito" de Bin Laden critica Hamas

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da Efe, no Cairo
da Folha Online

O médico egípcio Ayman al Zawahiri, considerado o "braço direito" do líder da rede terrorista Al Qaeda, o saudita Osama bin Laden, criticou nesta segunda-feira o Acordo de Meca, assinado entre as facções palestinas, e acusou o grupo Hamas de "se vender" ao assiná-lo.

"Com a assinatura do Acordo de Meca, o Hamas não só agrediu a causa palestina, mas fez uma agressão a todo o povo muçulmano", disse uma voz identificada como a de Al Zawahiri, em uma gravação divulgada nesta segunda-feira pela rede de TV "Al Jazira".

Reuters
O "braço direito" de Osama bin Laden, Ayman al-Zawahiri, em vídeo divulgado em fevereiro
O "braço direito" de Osama bin Laden, Ayman al-Zawahiri, em vídeo divulgado em fevereiro
O Acordo de Meca foi assinado na cidade saudita em 8 de fevereiro pelo Hamas e pelo Fatah e, segundo ele, os grupos se comprometem a formar um governo de união nacional.

Al Zawahiri comparou o Hamas com o presidente egípcio assassinado Anwar el-Sadat, lembrado por ser o primeiro estadista árabe a assinar a paz com Israel, em 1978, e que foi assassinado três anos mais tarde por essa mesma razão. "Com esta ação, o Hamas vendeu a causa palestina para conservar só um terço do governo palestino", diz ele na gravação.

Com relação às escavações que Israel realiza nas imediações da Mesquita de Al Aqsa --o terceiro lugar mais sagrado no islã-- Al Zawahiri disse que Israel "prossegue com a cruzada sionista contra o islã, enquanto governos árabes conformam-se em gritar e condenar".

O acordo firmado verbalmente --e posteriormente assinado-- durante encontro a portas fechadas entre o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas (do Fatah), e o premiê palestino, Ismail Haniyeh (Hamas), tem como base discussões realizadas em 2006 entre ativistas do Hamas e do Fatah detidos em prisões israelenses, que pede a criação de um Estado palestino com território na Cisjordânia, Gaza e e leste de Jerusalém, áreas tomadas por Israel na guerra de 1967. Israel se retirou de Gaza em agosto de 2005.

Se o Hamas realmente levar a cabo um governo de coalizão que assuma essas cláusulas, isso significaria o compromisso mais concreto já fixado para a criação de dois Estados e para pôr fim ao conflito israelo-palestino.

No entanto, o Hamas já anunciou que adotar o acordo não implica em reconhecer Israel.

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