Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
12/03/2007 - 15h50

União Européia e Líbano fazem novo esforço para resolver crise

Publicidade

da Folha Online

Em Beirute, o chefe de política externa da União Européia (UE), Javier Solana, convocou nesta segunda-feira os líderes libaneses a encontrarem uma solução rápida para a disputa de poder que já dura quatro meses no país. Solana deixou o Líbano há pouco e se dirige agora para a Arábia Saudita. Além destes, a Síria será o terceiro país do Oriente Médio a receber o chefe europeu durante uma visita na qual ele tentará aliviar as tensões regionais.

A visita do enviado da UE foi organizada pouco mais de duas semanas antes de uma reunião de cúpula entre líderes árabes, marcada para 28 de março. "Será bom se desbloquearmos a atual situação política no Líbano antes da reunião", afirmou Solana.

Desde meados de novembro, o Líbano está imerso em uma grave crise política após a renúncia de cinco ministros da comunidade xiita, o que faz com que este grupo não tenha mais representação no governo. A ausência de representantes xiitas no governo contraria o espírito da Constituição, que se baseia em um consenso entre os grupos religiosos do país.

A oposição, liderada pelo grupo xiita Hizbollah (apoiado pela Síria e pelo Irã), exige a renúncia do premiê Fouad Siniora (considerado pró-Ocidente) e para isto realiza protestos no centro de Beirute. Os protestos detonaram vários episódios de violência que deixaram dezenas de mortos e mais de 400 feridos.

Síria

O ponto alto do tour de três países que Solana iniciou será um encontro na próxima quarta-feira (14) com o presidente da Síria, Bashar al Assad, em Damasco. O encontro marca o mais novo passo na tentativa do ocidente de se reaproximar da Síria, um país que influencia fortemente a política libanesa.

"Conversarei com o presidente Assad com franqueza", disse Solana em Beirute. "A independência do Líbano é um elemento muito importante da estabilidade na região."

Em Beirute, o chefe europeu se reuniu com o orador do parlamento Nabih Berri, da oposição, e como o premiê Fouad Siniora. Após os encontros, Solana foi para Riad para discutir a questão com oficiais da Arábia Saudita.

"Saio dos encontros mais otimista do que entrei", afirmou Solana em uma entrevista coletiva após se reunir com Berri --um aliado do Hizbollah.

A Arábia Saudita e o Irã, que apoiam facções opostas no Líbano, concordaram no começo deste mês em lutar contra a continuidade dos confrontos na região.

Impasse

Pouco depois que Solana deixou o Líbano, Berri e o líder da maioria Saad al Hariri tiveram mais um encontro --o terceiro em cinco dias-- para discutir uma possível saída para o impasse político no país.

A oposição xiita abandonou o governo depois que Siniora e seus aliados, apoiados pela Arábia Saudita, França e Estados Unidos, se recusaram a dar poder de veto para a oposição.

Uma demanda-chave da coalizão governante é a organização de um tribunal internacional para julgar os suspeitos do assassinato do premiê Rafik al Hariri, em fevereiro de 2005. O tribunal, apoiado pela ONU e pelo Ocidente, ainda precisa ganhar apoio parlamentar, mas a oposição teme que o órgão seria usado como instrumento de controle político.

Uma investigação da ONU implicou a Síria e oficiais libaneses no assassinato, mas a Síria nega as acusações.

Leia mais
  • Análise: Situação do Líbano exige ação urgente

    Especial
  • Veja imagens do ato que marca 2 anos da morte de Hariri
  • Leia o que já foi publicado sobre Rafik Hariri
  • Leia o que já foi publicado sobre o Líbano
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página