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14/03/2007
-
03h33
da Folha Online
Uma bomba de alta potência explodiu nesta quarta feira na região central de Cabul, capital do Afeganistão. A explosão ocorreu em uma loja de armas antigas e de munições da capital afegã e formou uma grossa coluna de fumaça que podia ser vista em vários pontos da cidade.
Segundo informações da polícia local, a forte explosão matou quatro pessoas e deixou nove feridos. A bomba danificou casas e edifícios em Cabul.
O chefe de polícia da capital afegã, Abdul Rahman Rahimi, acredita que a explosão foi provocada por pólvora de canhão e não descartou que o incidente seja de "origem criminosa".
O incidente ocorreu após uma série de atentados suicidas no sul do Afeganistão. A polícia local investiga as reais causas da explosão.
O Afeganistão, seis anos após a queda dos talebans, derrocados por uma coalizão internacional liderada pelos EUA em 2001, apresenta fragilidades éticas no relatório dos direitos humanos.
De acordo com o informe divulgado pelo Departamento de Estado americano e enviado ao Congresso, o Afeganistão é um dos países onde existe a maior incidência de violação dos direitos humanos.
O documento aponta que os critérios para sustentar os direitos humanos são violados em razão da "insegurança decorrente dos conflitos internos e transfronteiriços".
Terrorismo
Como denúncia às fraquezas das instituições centrais afegãs, o documento observa que a rede terrorista "Al Qaeda, os talebans e outros grupos extremistas multiplicaram os atentados contra o governo, os serviços de segurança, ONGs e os civis afegãos".
"O número de ataques suicidas aumentou consideravelmente durante o ano, assim como os atentados às escolas e professores", frisa o documento, que também aponta casos de "prisões arbitrárias, tortura, assassinatos cometidos pelas forças da ordem e más condições de detenção".
A violência não aparece apenas pelas mãos dos grupos terroristas. No dia 6 deste mês um ataque aéreo de tropas da coalizão liderada pelos EUA matou nove civis --entre eles, cinco mulheres e três crianças-- em Cabul, informaram fontes afegãs.
Dois episódios de violência das forças ocidentais com mortes de civis foram registrados em apenas dois dias. No último dia 4, membros da corporação dos marines atiraram contra veículos e pedestres logo após escaparem de um ataque suicida. Mais de dez civis morreram na ação.
Em um comunicado, o Exército dos EUA admitiu a ofensiva, dizendo que as tropas de coalizão lançaram bombas de 900 kg contra o local depois que foguetes foram lançados contra uma base militar e rebeldes armados foram vistos se abrigando na casa.
Com France Presse e agências internacionais
Especial
EUA admitem ataque aéreo que matou nove no Afeganistão
Leia o que já foi publicado sobre o Afeganistão
Explosão no centro de Cabul deixa quatro mortos e nove feridos
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Uma bomba de alta potência explodiu nesta quarta feira na região central de Cabul, capital do Afeganistão. A explosão ocorreu em uma loja de armas antigas e de munições da capital afegã e formou uma grossa coluna de fumaça que podia ser vista em vários pontos da cidade.
Segundo informações da polícia local, a forte explosão matou quatro pessoas e deixou nove feridos. A bomba danificou casas e edifícios em Cabul.
O chefe de polícia da capital afegã, Abdul Rahman Rahimi, acredita que a explosão foi provocada por pólvora de canhão e não descartou que o incidente seja de "origem criminosa".
O incidente ocorreu após uma série de atentados suicidas no sul do Afeganistão. A polícia local investiga as reais causas da explosão.
O Afeganistão, seis anos após a queda dos talebans, derrocados por uma coalizão internacional liderada pelos EUA em 2001, apresenta fragilidades éticas no relatório dos direitos humanos.
De acordo com o informe divulgado pelo Departamento de Estado americano e enviado ao Congresso, o Afeganistão é um dos países onde existe a maior incidência de violação dos direitos humanos.
O documento aponta que os critérios para sustentar os direitos humanos são violados em razão da "insegurança decorrente dos conflitos internos e transfronteiriços".
Terrorismo
Como denúncia às fraquezas das instituições centrais afegãs, o documento observa que a rede terrorista "Al Qaeda, os talebans e outros grupos extremistas multiplicaram os atentados contra o governo, os serviços de segurança, ONGs e os civis afegãos".
"O número de ataques suicidas aumentou consideravelmente durante o ano, assim como os atentados às escolas e professores", frisa o documento, que também aponta casos de "prisões arbitrárias, tortura, assassinatos cometidos pelas forças da ordem e más condições de detenção".
A violência não aparece apenas pelas mãos dos grupos terroristas. No dia 6 deste mês um ataque aéreo de tropas da coalizão liderada pelos EUA matou nove civis --entre eles, cinco mulheres e três crianças-- em Cabul, informaram fontes afegãs.
Dois episódios de violência das forças ocidentais com mortes de civis foram registrados em apenas dois dias. No último dia 4, membros da corporação dos marines atiraram contra veículos e pedestres logo após escaparem de um ataque suicida. Mais de dez civis morreram na ação.
Em um comunicado, o Exército dos EUA admitiu a ofensiva, dizendo que as tropas de coalizão lançaram bombas de 900 kg contra o local depois que foguetes foram lançados contra uma base militar e rebeldes armados foram vistos se abrigando na casa.
Com France Presse e agências internacionais
Especial
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